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GRÉCIA ANTIGAeras atrás

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GRÉCIA ANTIGA
eras atrás.

AS PALAVRAS CRUÉIS E SEVERAS de seu melhor amigo perturbavam os pensamentos de Aurora enquanto ela mantinha os olhos vidrados no teto da caverna que estava sendo seu lar há três dias.

Ao lado dela estava seu grande amor, Perseu, dormindo como pedra pela primeira vez em dias. A jovem imortal olhou-o com ternura e gentileza, admirando sua beleza e serenidade. Nenhum homem, nem mortal, nunca ousou lhe chamar atenção como aquele. Perseu era um bom homem.

Seu herói.

Os olhos doces de Aurora começaram a inundar-se, mas ela suprimiu aquele sinal evidente de fraqueza. Fraqueza era algo do qual ela menos precisava demonstrar no momento.

O que seu pai diria se a visse naquele momento? Fraca.

"Ele irá morrer, Aurora. Perseu não resistirá a tal castigo, e como há de conseguir? Ele é apenas um homem, não poderá ir contra o destino. Não há nada que podeis fazer."

Seu amado estava condenado à morrer de forma cruel e dolorosa por sua causa. Que sentido havia em continuar fugindo? Seu pai sempre os acharia de novo e de novo, não importasse qual fosse seus esconderijos, o casal nunca estaria a salvo. O deus sempre os seguiria, como uma maldição.

Era quase pôr do sol quando Hermes, o deus mensageiro, se fez presente para o jovem casal, que os esperava. Apenas uma vez a cada semana, o deus os visitava e trazia notícias importantes. Não precisa de instruções, o deus sempre sabia seu paradeiro.

Hermes era um dos únicos em quem Aurora ainda depositava sua confiança, e no entanto, ele viera sozinho naquele dia.

Aquilo preocupou Aurora, temia que fosse abandonada por seu melhor amigo, seu irmão.

O deus se aproximou dos dois, e a jovem sentiu-se feliz, por míseros segundos, pois ver o deus era um dos únicos resquícios de sua vida anterior, uma parte do que já fora sua vida, repleta de glória. Mas Hermes não estava muito contente.

— Onde está...

— Não vos trago boas notícias. — ele a interrompeu.

— Então não façai rodeios, por favor.

Hermes olhou de Aurora para Perseu, agora ainda mais pálido do que no dia anterior, seus olhos verdes não haviam brilho e seu corpo parecia mais fraco, e embora Hermes notasse isso, ele era o único a pensar que o jovem bravo já não era mais tão gracioso quanto costumava ser, já que para Aurora, Perseu continuava o mesmo homem forte e charmoso de sempre.

— Seu pai não está contente com os Olimpianos. — ele suspirou, pensando em como continuar. — Ele diz que estamos acobertando vossa traição para com ele, e que isso é um insulto aos deuses. Ele ordena que vóis sejai punida eternamente por tamanha desonra.

Aurora resistiu a vontade de cair sobre o chão de pedras da caverna, mas ela cerrou seus punho fortemente. Já imaginava que aquilo poderia acontecer, mas tinha a falsa esperança que não acontecesse.

Ela respirou fundo.

— O que Lorde Zeus pensa à respeito disso?

— Ele concorda.

Perseu enfureceu-se e deu um passo à frente.

— Que justiça olimpiana há de ser essa? O que Aurora e eu fizemos de tão monstruoso para que esse seja o nosso destino? — ele gritou, seus cabelos escuros caiam sobre seus olhos, devido ao tempo em que ele não os cortava. — Não passam de... — ele parou, sentindo sua cabeça latejar fortemente.

Aurora entrelaçou sua mão na do rapaz, e então olhou para Hermes com pesar.

— O que hei de fazer agora, meu Lorde? — lágrimas começavam a brotar dos olhos da jovem heroína.

— Tu sempre foi muito orgulhosa, esse é teu defeito fatal, Aurora, sabes disso. — o homem suspirou. — Eu poderia te aconselhar a implorar o perdão dele, mas tu não farias isso.

— Não mesmo.

— Mas também sabéis que não podes lutar contra ele. Mais cedo, ou mais tarde, ele vai te encontrar, e as consequências do que fizeste vai te corroer.

Perseu apertou firmemente a mão da garota, e seus olhos verdes cintilaram de ódio e determinação para com Hermes.

— Se queres tomar teu lado para com os Olimpianos, vá. Não vamos te impedir ou suplicar que fiques do nosso lado, mas saibai que no momento em que virar as costas, será apenas mais um ao qual estaremos contra. E eu pretendo lutar contra quem se opôe à Aurora e eu.

Hermes passou alguns segundos absorvendo as palavras duras de Perseu, sem reação alguma.

— És petulante de mais para um mortal. — e então ele sorriu. — Sorte a tua, que eu sou quem eu sou. Adoro petulância!

— Então tu estais conosco? — Aurora perguntou, diretamente. — E ele, também está?

— Com certeza, estamos contigo, minha doce amiga.

PRÓLOGO.

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⏰ Última atualização: Mar 29 ⏰

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𝗗𝗘𝗦𝗧𝗜𝗡𝗬 ✓ percy jacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora