Herdeiro

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Corremos pelos corredores, o que não foi uma tarefa fácil, pois eles são praticamente idênticos, fora que os quadros gritavam mostrando a nossa localização a todo momento. Quanto mais pedíamos silêncio, mais alto eles falavam. No meio de tanta confusão, acabamos correndo sem rumo certo e entramos em um beco. Nesse beco havia uma única porta, nem iluminação direito tinha o que denunciava que aquele corredor estava inativo há eras.

- Abre logo, Jack! - Disse Septimus desesperado. Tenho certeza que ele está ouvindo o mesmo que eu: os passos que vinham em nossa direção.

- Está trancada! - Ele tentou forçar, mas acabou não conseguindo abrir. Septimus jogou todo o seu peso sobre a porta, empurrando-a com o ombro e ela continuou intacta.

- Me da licença. - Adonis se pôs na frente de todos. - "Alohomora" - A porta se abriu e nós passamos todos correndo. Fui o último a passar e a bati com força. Respirei aliviado ao tentar abri-la e ver que ela havia se trancado novamente.

- Ah, finalmente. - Olhei e vi um espaço retangular sem teto, com algumas cadeiras em volta e com grama muito verde e bem cortada idêntica a do treino de quadribol. Haviam pássaros voando por todos os lados eu deduzi que aqui era um lugar de lazer. Nós andamos até ver uma fantasma flutuando por ali. Ela parecia triste e cabisbaixa.

- O que alunos tão pequenos fazem nessa parte do castelo desacompanhados? - Era uma mulher com cabelos longos, olhar vazio e um vestido branco que esvoaçava quando ela se movia. Ela era bonita, mas mesmo envolta em tanta tristeza ainda parecia nos olhar com o nariz em pé, como se fôssemos inferiores a ela.

- Nós estamos fugindo do zelador. - Disse Jack. - Não nos dedure como os quadros. - Ele praticamente implorou e ela o fitou de forma desdenhosa.

- Eu não sou esse tipo de pessoa. - Ela disse sentindo-se ofendida.

- Nos desculpe - Eu me desculpei pelo Diamond, porque eu sei que ele não ia pedir desculpa para ela. - Qual é o seu nome?

- Helena, Helena Ravenclaw. - Ela disse e o Malfoy quase caiu para trás. Ele aproximou-se da fantasma e sorriu super animado, como se estivesse conhecendo uma celebridade. Ela afastou-se um pouco dele, talvez assustada com sua reação. Nem nós estávamos entendendo, que dirá ela.

- Você é Helena Ravenclaw, a filha de Rowena Ravenclaw, fundadora da Corvinal? - Após Scorpius dizer isso foi que nós nos tocamos que de fato aquela era a descendente de uma das fundadoras do castelo.

- Sim, a própria.

- Mais conhecida como Dama Cinzenta. - Disse Michael inocentemente. Helena o encarou com censura.

- Eu não gosto que se refiram a mim dessa maneira. - A fantasma virou-se e, atravessando a parede, saiu do recinto, nos abandonando ao léu.

- Olha o que você fez Michael, eu ia perguntar a ela como nós saímos daqui. - Eu disse desanimado.

- Que tal irmos para lá? - Disse Septimus apontando para uma estufa.

Seguimos furtivamente para a estufa e quando a alcançamos, havia uma moça regando algumas plantas. Passamos silenciosamente. De repente o John começou a rir.

- Para, Armstrong! - Adonis o repreendeu.

- Não dá... essa planta... - Havia uma planta fazendo cócegas no John. A mulher olhou para trás e veio caminhando em nossa direção. Ficamos desesperados e a cada passo a tensão só aumentava. Eu olhei para frente e vi uma porta, nós caminhamos agachados por baixo das mesas e despistamos a mulher. Levantamos sem ela nos ver e abrimos a porta. Essa porta dava para o lado de fora do castelo.

- E agora? - O Michael estava morrendo de medo e com as pernas tremendo.

- Vamos continuar caminhando. - Nós continuamos andando por aquele campo verde e aberto, a floresta proibida estava bem na nossa frente, a uma distância bem segura. Fomos andando até encontrar uma árvore enorme e paramos debaixo dela para descansar um pouco depois de tanto sufoco.

Herdeiro das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora