Herdeiro das Trevas

Hogwarts

Controlar emoções era uma tarefa difícil para um ser humano e uma tarefa ainda mais árdua para um jovem bruxo, ainda mais um novato como eu. Há algumas semanas atrás eu recebi minha carta para regressar em Hogwarts e, acreditem, eu nunca fiquei tão emocionado e ansioso em toda minha vida. Por que tudo isso? Porque o meu pai simplesmente foi e é um dos maiores bruxos de todos os tempos. Ele derrotou Lord Voldemort. Ele foi o "menino que sobreviveu" por mais de uma vez. Ele foi o último detentor da varinha das varinhas e agora ele era Chefe de Departamento da Execução das Leis Mágicas, simplesmente o cargo mais importante do Ministério da Magia depois do Ministro. O meu pai utilizava o seu cargo para combater leis de segregação bruxa, para fazer leis de proteção a criaturas e seres mágicos junto com a Tia Hermione que trabalhava junto com Kingsley Shacklebolt, o atual Ministro da Magia. Além disso, meu pai utilizava os aurores para investigar os utilizadores das artes das trevas, impedindo assim que surgisse outro Tom Marvolo Gaunt Riddle na história da magia. Futuramente eu pretendo trabalhar na mesma seção que meu pai, mas na divisão de aurores investigativos, assim como Ted pretendia fazer.

Aliás, deixa eu me apresentar a vocês. Me chamo Alvo Severo Weasley Potter, tenho onze anos, sou filho de Harry James Evans Potter e Ginnevra Molly Weasley Potter, irmão de James Sirius Weasley Potter e Lilian Luna Weasley Potter. Atualmente sou primeiranista de Hogwarts.

Eu estava muito animado para frequentar a escola de magia e bruxaria, mas desde o princípio eu sabia que eu tinha um sobrenome a zelar quando fosse para o castelo ou qualquer outra coisa, o que me da uma ponta de nervosismo extra. Todos esperam que eu seja um excelente bruxo, assim como o meu pai foi, e que eu obtenha êxito na minha vida acadêmica. O meu maior medo e não conseguir responder as expectativas, uma vez que James já entrou em Hogwarts com os dois pés na porta, causando todo tipo de confusão. Mas o meu pai me disse que não era para eu ficar nervoso, pois o que tiver que ser será.

- Filho? - O meu pai estava em pé na porta da cozinha espantado com minha presença. Ele aproximou-se dando um beijo no topo da minha cabeça. - O que faz acordado a essa hora? - O encarei e era incrível como o tempo passava e a cicatriz na testa do meu pai parecia nunca se curar, entretanto ele dizia que já não doía mais como antigamente. Nenhuma poção conseguia curá-la, e ele preferia mantê-la de qualquer forma. Ele disse que era para se lembrar do passado de forma vívida, para nunca esquecer de não permitir que a história se repita.

- Estou tomando café, hoje que eu vou para Hogwarts, lembra? - Eu acordei umas quatro horas antes do combinado, estava explodindo de ansiedade e não aguentava mais esperar.

- Sim, claro. - O meu pai parecia feliz com a minha excitação em relação a minha nova vida. Mas sério, quem não iria querer estudar em uma escola de magia? É demais. - Como poderia me esquecer disso, você me lembra desde o dia em que eu contei sobre a existência de Hogwarts.

- É que eu estou animado.

- Já arrumou as malas? - Nossa, eu me esqueci do mais importante, as malas. Eu me levantei e corri em direção ao meu quarto, porém parei assim que vi a minha mãe. Ela veio até mim com seu olhar bondoso e de braços abertos.

- Ele não, mas eu já. - Ela disse me abraçando e eu retribuí, apertando-a firmemente.

- Obrigado, mãe.

- Os livros, a varinha, a coruja e a mala. Tudo ok.

- Que confusão é essa já de manhã? - Meu irmão James estava em pé na porta da cozinha espreguiçando-se com os cabelos castanhos totalmente desgrenhados e de pijama. Ele nos encarava com desdém. Meu pai dizia que James se parecia muito com o vovô, não só em aparência, mas também em comportamento. Por mais que meu pai não tivesse tido a oportunidade de conviver com o vovô, ele ouvia muitas histórias sobre como ele agia e James parecia ser igual, não à toa se chama James também.