Capítulo 3

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Notas iniciais:

Vocês podem estranhar um pouco a rapidez de alguns eventos daqui em diante, mas acreditem faz todo sentido.

Apenas apreciem.

Fiquem a vontade para xingar o verme do Nicholas.  Eu autorizo.

Boa leitura!!

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Conforme seus passos aumentavam, o coração batia ainda mais acelerado e a respiração saía em arcos pesados

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Conforme seus passos aumentavam, o coração batia ainda mais acelerado e a respiração saía em arcos pesados. 

Bonnie estava amedrontada, mas acima de tudo, enfurecida. Era a primeira vez que um cavalheiro rouba-lhe um beijo. Um beijo primitivo e indelicado. Um beijo quente e obsceno. Ela mal via a hora de chegar em casa e contar para o pai todos os impropérios cometidos pelo barão durante o passeio, desde sua depravação ao abrir os botões da camisa na presença dela até o beijo forçado.

 Rudy não o perdoaria. Ele o expulsaria da sua casa e consequentemente da sua vida, para sempre. Bonnie ansiava pelo término de um noivado que nem sequer tinha começado. 

-Damn Prydeinig. Lecher diegwyddor-  ela praguejava em galês. 

Quanto mais rapido chegasse em casa, mais rápido se livrava do lorde libertino. Bonnie segurou com mais força a borda das saias e pisou mais firme, contudo, de repente seus passos foram interrompidos quando avistou o garoto de recados. Sekani era um menino negro de impressionantes dentes brancos. Filho de uma negra que trabalhava como cozinheira para a família dos Woods. Ele era o responsável por trazer notícias  do amado quando necessário. Naquela ocasião, em especial, a presença do garoto alegrou seu coração. Ele trazia informações de Nic. Era tudo que ela precisava.

E a notícia não poderia ser melhor.

Sekani lhe contara que Nicholas havia chegado e esperava por ela nas ruínas abandonadas da paróquia de SãoTisílio. Um dos principais pontos de encontro deles quando precisavam conversar. Bonnie agradeceu ao garoto lhe dando um xelim pois era a única moeda que tinha no momento.

Em seguida, tratou de andar ainda mais rápido para  encontrar-se com seu amado. Mal via a hora de estar em seus braços, de beija-lhe os lábios e acima de tudo, dele salvá-la daquele crápula maldito. 

Quando chegou diante da antiga paróquia de paredes corroídas pela passagem do tempo,  ela checou seu entorno para certificar-se de que não havia ninguém os vigiando e entrou arrumando os cabelos e desamassando as saias dos vestido, não queria que sua fisionomia desagradasse o jovem nobre. 

Nicholas estava sentado sobre o único e velho banco de madeira  que restara. A postura de um legítimo aristocrata, as roupas e cabelos impecáveis como de costume. O coração de Bonnie retumbou no peito, misto de alegria e ansiedade. 

A perdição do Barão  (Bonenzo)Onde histórias criam vida. Descubra agora