Eu e Leah estávamos correndo a três minutos mas parecia três horas, oque eu mais queria agora era minha cama, eu estou aqui fazendo educação física as dez da manhã sem ter comido quase nada em tempo de desmaiar e Leah estava feliz e agitada do meu lado.
— o que você fez ontem a noite? — Leah tentava puxar fôlego para falar e eu tentava puxar fôlego pra responder ela. — eu terminei outro livro, ele era maravilhoso e assisti gatinhas e gatões com a Daia. — outro livro de pervertidos? — eu gosto por causa do romance — sei — Leah ria de leve enquanto corria, ela tentava não tropeçar mas não conseguia. — não que eu esteja julgando. — dessa vez rimos juntas mas paramos quando ouvimos uma voz que tirou nossa atenção.
— ei — olhamos para trás para tentar ver quem era, Aryan Simhadri estava atrás de nós tentando correr no nosso ritmo fazendo com que a gente pare para ouvir oque ele tinha para falar — posso falar com você? — comigo? — ele se abaixa e põe as mãos nos joelhos enquanto eu apontava para mim mesma.
— sim — hey Aryan, é verdade que minha prima te largou por um cara da faculdade? — Leah ria enquanto falava com o garoto atrás de nós. — e eu soube que você gosta de porcos — principalmente aqueles rosinhas — ela tentou imitar um porco e Aryan apenas deu um empurrãozinho nela.
— Leah eu quero falar com a Ayla, a sós — Leah se abaixou e colocou as mãos nos joelhos igual ele fez a minutos atrás. — se precisar de mim eu vou estar na enfermaria com uma dor de cabeça, provavelmente stalkeando todo mundo que estuda aqui — ela se afastou e foi correndo até a porta da enfermaria, não sei se eles vão acreditar nela já que todo dia é uma dor diferente.
— então eu só queria te falar que eu agradeço mas isso não tem nenhuma chance de acontecer — Ele falava com as mãos no bolso e com uma cara de “me desculpa” enquanto eu arqueava a sombrancelha, como assim não vai acontecer? Não vai acontecer o quê?
— me desculpa, o quê? — eu não me lembro muito bem mas aquele beijo foi até bom pra um beijo de alguém com 12 anos, eu acho muito interessante você achar que eu tenho um brilho nos olhos mas sabe, eu e a Shay estamos passando por uma fase muito sensível do nosso relacionamento — enquanto ele estava falando reparei na carta que estava em suas mãos, ERA A MINHA CARTA, minha letra, meus carimbos, beijos e adesivos. Após ver aquilo não ouvi nem mas uma palavra de Aryan, só consigo ouvir o barulho de uma garrafa girando em um carpete branco com sete crianças ao redor, ele com os lábios no meu, a Shay apenas observando com uma cara nada boa.
— ACORDA AYLA JEN — sinto alguém me sacudir forte, quando abro meus olhos minha visão não se adapta tão rápido com a luz solar, estava tudo branco e eu continuava sendo chacoalhada. Aryan estava me remexendo como uma vitamina no liquidificador.
— o que aconteceu? — ainda deitada no chão eu tento arrancar forças do meu corpo para perguntar a ele. — você desmaiou — legal — me dá a mão — ele tenta fazer a maior força do mundo para me puxar, ele apenas conseguiu fazer com que eu me sentasse no chão.
— você quer uma água? Você tá muito pálida — eu tô bem — apenas sorrio e olho para trás do Aryan e vejo Javon segurando uma carta, deduzi que é a carta que eu escrevi pra ele, puta merda, e agora? O que ele vai falar de mim pra Yesenia? O que minha família vai achar de mim? E se ele começar a me odiar? Minha única reação foi me virar e deitar com o Aryan no chão e começar a beija-ló, não era muito bem um beijo e sim um selinho mas mesmo assim podia resultar um grandes coisas.
— EI PARA COM ISSO VALERIS, MAS DUAS VOLTAS — o meu professor de educação física grita em nossa direção me fazendo tirar os meus lábios que ainda estavam juntos com o do Aryan. Saio de cima dele e apenas faço um joinha, logo saio correndo para ir em direção ao banheiro, Javon tentou me parar mas eu consegui correr mais rápido. Mas que merda.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
