Fazia meses desde a última vez em que Rebeca fora até aquele apartamento. No elevador, se olhava no espelho e ajeitava a saia vermelha, comprida até os joelhos e a camisa social, se perguntando porque escolheu estar tão bem arrumada. Enquanto subia, pensou em todas as mudanças drásticas em sua vida recente. Houve algumas surpresas que evoluíram para momentos maravilhosos que em algum tempo ruíram. Quando decidiu dar um passo à frente, parecia ter dado tudo certo, embora tenha exigido sacrifícios. Mesmo assim, seguiu convicta até tudo ruir mais uma vez. Estar aí lhe trazia lembranças demais, algumas maravilhosas, mas outas muito desagradáveis. Algumas dessas lembranças lhe causavam agonia, uma agonia que ela preferiria esquecer. Não queria estar ali, mas era necessário. Um infinito de pensamentos invadia sua cabeça no curto espaço de tempo até o elevador chegar ao andar correto. Quando a porta se abriu, estavam todos lá. Queria ir embora, mas entrou.
Na porta, Amanda vestia um short preto, curto e uma camisa branca, comprida, cobrindo-a até o quadril. Enquanto ela exibia um sorriso discreto (não o bastante para esconder suas covinhas) a convidado para entrar, Rebeca observava todos ali dentro. Roberto permanecia de pé, encostado na parede, com os braços cruzados e uma expressão séria. Vestia uma camiseta azul e uma bermuda marrom. Sandra se sentava na ponta do sofá, com as pernas cruzadas e uma expressão aflita no rosto. Usava um vestido azul, dado pela por Rebeca . Em uma cadeira, mais afastada, Larissa se sentava, olhando para o chão. Vestia uma camiseta preta e uma saia jeans. A ruiva caminhou devagar e se sentou na ponta oposta a de Sandra no sofá, evitando olhar para ela. Amanda ficou entre as duas. Um silêncio torturante se fez naquela sala, onde todos pareciam ter medo de falar. Coube a Amanda iniciar a conversa
— Gente, eu chamei vocês aqui porque gosto muito de vocês duas e não estou aguentando ver como vocês estão agora. Acho que agora, dias depois e com a cabeça mais fria, vocês podem se entender.
— Me desculpa, Amanda, mas não tenho nada para me entender com ela. — disse Rebeca, ríspida.
— Você pode pelo menos ouvir o que a Sandra tem a dizer? — perguntou Amanda.
Rebeca nada responde, se limitando a virar o rosto para o lado. Aquele silêncio de faz na sala por alguns segundos até Sandra tomar coragem para falar.
— Queria pedir perdão mais uma vez, Rebeca. Errei com você e sei que não mereço ter você de volta, mas não pode pelo menos parar de me olhar assim? Me faz muito mal ser tratada com essa indiferença toda.
— Me desculpa, Sandra, mas não sei reagir de outra forma. Já fiz muito vindo aqui, e olhando você tenho a mesma sensação de antes. Sinto que comecei um relacionamento entre nós duas e você não. Continuou saindo com outras pessoas. Apareceu uma funcionária nova e já foi correndo atrás dela.
— Não foi ela que correu atrás de mim. — disse Larissa em um tom quase inaudível, mas que atraiu a atenção de todos.
— Isso não importa. — Retrucou Rebeca.
— Deixe-a continuar. — respondeu Amanda, para depois voltar sua atenção a loira sentada na cadeira. — diga tudo que me contou.
— A Natasha tem uma história antiga com a Denise, de outra época em que trabalharam juntas. Assim que a Natasha veio para cá, tentou ficar com a Denise, que de início resistiu. Só que a Natasha é insistente e muito dominadora. Quando finalmente teve Denise para si, começou a dominá-la e assim ficou sabendo do caso de vocês. Natasha não queria que isso continuasse e fez a Denise demitir o Roberto e me contratar no lugar dele. Eu era dela, assim como Denise e comecei a fazer as coias que ela mandava. Primeiro ela me mandou seduzir a Sandra, depois a Amanda. Rebeca seria a última. — confessou Larissa, enquanto olhava para Amanda, como se buscasse nela apoio para dizer aquilo tudo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Departamento das Fantasias Secretas II
Cerita PendekPROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. Após finalmente superar os problemas que atrapalhavam sua vida sexual, Roberto é demitido. Um sentimento de frustração tira dele a vontade de procurar um novo emprego, assim como voltar a escrever. Enquanto Roberto...