capítulo 23

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12 anos depois

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12 anos depois.

Não usamos palavras, nossas almas se ligaram. A minha alma e a dele. — Murmuro para a pequena garotinha em meus braços, seu sorriso Benguela me fez sorrir também, assim que passei a pontinha do meu dedo sobre seu nariz.

— Tia Maise, essa frase é muito linda — uma das crianças do primário disse.

— Sério? Então você pode usar — sorrio ao aninhar a bebê em meus braços e me levantar.

— posso mesmo? A senhora deixa? — ela sorriu

— claro que deixo querida.

Ser professora de berçário da nisso, crianças de meses até quatro anos, fazendo sua alegria dia após dia,deixando os pais trabalharem. A bebê em meus braços é a mais nova aluninha do berçário, a mãe é solteira e tinha medo da neném não acostumar.

Mas nada que um pouco de magia não funcione.

Em segundos a neném dormiu em meus braços, e as outras crianças estavam brincando animadas.

— a tia maise, sempre tem um laço bonito no cabelo — um dos meninos disse — será que minha mamãe vai gostar se eu fizer um pra ela?

— quer aprender a fazer laços? — sorrio após deixar a neném na caminha dormindo.

— quero sim! Me ensina titia.

Me sentei de lado no chão, puxando meu vestido para cobrir minhas pernas, coloquei alguns materiais a nossa frente e ensinei passo a passo para que ele fizesse um laço bonito. E quando me dei conta, todas as crianças estavam fazendo pequenos laços para presentear a mãe deles.

— Tia maise, eu não tenho uma mamãe....— uma das crianças sussurrou.

— podemos fazer outra coisa, que tal uma gravata pro seu papai? — sorrio

— tá bom!

Ficamos assim até o momento que os pais vieram busca-los. A mãe da bebê estava aliviada por ver que a sua filhinha estava tão bem cuidada e gostava de estar comigo.

Depois de arrumar a sala, eu respirei fundo e me encostei na minha mesa, atendendo meu celular e me lembrando do compromisso que eu tinha. Era o meu jantar de noivado, em duas semanas eu iria casar e hoje iríamos fazer um jantar.

Iríamos até um restaurante da cidade, e eu espero que seja um jantar romântico.

[...]

Já estava escurecendo, e as pessoas se mostravam agitadas, algumas indo trabalhar outras saindo do trabalho. Caminhei mais alguns passos, e por conta da multidão acabei esbarrando em alguém.

Me virei se forma sutil apenas para ver três homens altos, e um deles foi o qual eu esbarrei.

— me desculpe...— digo com calma e gentileza

— não se preocupe — ele diz e eu o olho melhor, o cabelo estilo mullet, que me trazia uma vaga sensação de parecer uma água viva.

Lhe dei um sorriso gentil, quando meu braço foi puxado.

— achei você! — meu noivo diz ao segurar minha mão com força — além de parecer infantil para uma mulher adulta,  você está usando essas porcaria de laços de novo?! Vamos em um jantar e não em uma creche — ele diz completamente raivoso.

Meu noivo odiava a forma como eu me vestia, e o que mais deixava ele irritado era o fato de eu sempre usar laços, e as vezes outros adornos de cabelo.

Dei um sorriso sutil para os três homens, dois deles pareciam claramente irmãos, e tinham um olhar sério, o rapaz a qual eu esbarrei e um outro. E o terceiro homem usava uma máscara, e tinha os cabelos rosa e um olhar azul extremamente frio.

Olhei para meu noivo e sorri.

— eu trabalho num berçário, as crianças gostam da forma que eu me visto — digo de forma tranquila — podemos ir agora?

— Você já é uma mulher adulta, não gaste meu dinheiro com essas coisas infantis — ele diz de forma ríspida.

Quando ele me puxou para andar, o rapaz com cabelo de água viva me segurou de forma sutil.

— Pela aliança, vou te dar um conselho. troque de marido.

— ele é o meu noivo...— Murmurei para ele — não somos casados ainda.

E assim conforme eu falava com esse rapaz educado, meu noivo puxou o laço do meu cabelo e o jogou numa lata de lixo próxima, me deixando completamente incrédula quando os fios negros do meu cabelo caíram, desfazendo o penteado.

— vamos logo! — ele me puxou com força, para que eu andasse ao lado dele.

Minha noite acabou ali, depois do meu noivo jogar aquele laço na lata de lixo, não demorou duas ruas e eu voltei pra trás correndo, não ligo se tinham pessoas olhando. Comecei a vasculhar a lata de lixo procurando pelo laço.

Era o laço que o Haru me deu, ele mesmo fez aquele laço com suas mãos...

Fiquei em torno de dez minutos procurando o laço e eu já estava entrando em desespero.

sumiu...— sussurrei baixo ao apertar minhas mãos na borda da lata de lixo e em seguida me ajoelhar baixando a cabeça — sumiu....desculpa Haru....me desculpa...

Eu devo parar de usar esses laços...já é o terceiro que eu vejo ele jogando fora....não posso perdes essas coisas preciosas, foram feitos com muito amor pelas mãos do Haru...

Cold Beauty - Sanzu Haruchiyo Onde histórias criam vida. Descubra agora