capítulo 24

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— Tia maise?

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— Tia maise?...— Uma das crianças me chamou, me fazendo olhar para ela — por que, você não tá de laço?

Meus olhos arregalaram de forma sutil e eu acariciei o seu rostinho.

— A tia...quis vim diferente — murmuro

— Oh! Você parece mais séria...a mamãe sempre diz, que quando uma mulher fica assim, é tpm — ele sorriu — Você tá com dorzinha na barriga? Eu posso fazer massagem.

Isso me quebrou, ele colocou a mãozinha na minha barriga e começou a fazer massagem, enquanto cantava uma música, que prevalecente era o que sua mãe fazia.

Fechei os olhos com a pureza dessas crianças, em seguida senti as meninas pegarem as escovas de brinquedo e começarem a escovar meu cabelo, colocando acessórios aleatórios nele.

— vamos deixar a tia maise linda — elas falaram juntas.

[...]

As ruas estavam bem movimentadas, eu estava andando devagar, contando o barulho que meus saltos faziam sobre o chão. Passei em frente a uma loja com grandes vidros refletidos, e isso me fez olhar para a minha própria aparência.

O vestido na altura das minhas coxas, ele era preto com degrade rosa na barra, um cinto estilo corset feito propriamente pro vestido, minha bolsa de trabalho e os saltos. Meu cabelo batia na cintura, tão negro quanto a noite, mas não tinha nenhum acessório.

Algo sofisticado.

Mas faltava o laço...

Respirei fundo e tornei a andar seguindo meu caminho — Durante doze anos me pergunto todos os dias, o que Haru deve estar fazendo.

Se ele casou

Se ele tem filhos.

Se tem uma namorada.

Se ele está bem.

Ou se ele está vivo.

Nem Senju sabia aonde o irmão estava.

Assim que eu fui atravessar a rua, acabei esbarrando novamente em alguém no meio da linha de cruzamento,  o impacto me fez recuar pra trás, mostrando que a pessoa era bem forte e firme. Mas ele segurou na minha cintura, antes que qualquer acidente pudesse acontecer.

— me desculpa...senhor — sussurrei

— Não se preocupe, você não se machucou, é só um pouco desatenta — respondeu o homem, com uma voz forte e profunda, mas com  tom de suavidade nas palavras. Mesmo sendo bem maior do que eu, fiquei me sentindo um pouco segura nessa presença.

Seus olhos eram azuis e profundos, pareciam olhar diretamente para o fundo da minha alma e isso me fez ficar um pouco nervosa.

Por alguma razão senti uma sensação de familiaridade, olhei em seus olhos azuis sentindo um arrepio por todo meu corpo.

— a gente...se conhece?

— Não, não acho que a gente já se conheça, mas é que você parece alguém muito familiar... — respondeu ele dando um sorriso um pouco envergonhado.

Ele realmente parecia alguém que eu conhecia, mas não conseguia identificar quem. O mais estranho é que eu também senti uma familiaridade vindo dele.

Ele estava usando uma mascara que cobria parte do seu rosto, o cabelo rosa e aqueles olhos...O mais intrigante eram seus olhos.

Me afastei de forma sutil de seu corpo, e agradeci por ter me segurado. Virei o rosto um pouco e ele pode ver que não havia nenhum laço em meu cabelo.

— me desculpe mais uma vez, com licença — voltei a olhar para ele, com calma e tranquilidade, curvei minha cabeça e passei por ele seguindo meu caminho

Ele apenas concordou, e também seguiu seu caminho. Pouco menos de algumas ruas eu estava em frente ao trabalho do meu noivo, esperando por ele.

Angry! — sorrio assim que ele apareceu.

— Veio fazer o que aqui, Maise!? — ele diz com uma expressão fria, me deixando nervosa.

— vim ver você, vamos juntos? Podemos andar pelo parque, conversar um pouco. A noite está tão bonita — sorrio e ele continua me olhando sem emoção alguma.

— Maise, não fode! Já vamos casar em algumas semanas, poderia por favor me deixar livre da sua vibe Namaste, onde tudo está calmo e bem?  Você me irrita!

Angry passou por mim, e eu mordi os lábios.

— Então vamos terminar — me virei no mesmo instante e ele parou de costas pra mim — Vamos cancelar o casamento!

Ele me olhou mais uma vez, com uma expressão ainda mais irritada e furiosa.

— Não! Não vamos cancelar a porra do casamento que você me fez gastar uma fortuna pra fazer! Você vai casar comigo sim, nem que seja amarrada. Agora vamos logo.

Ele me puxou pela mão me deixando com uma expressão extremamente triste.

Mas por alguma razão eu me sentia observada.

Cold Beauty - Sanzu Haruchiyo Onde histórias criam vida. Descubra agora