10. Posso continuar tentando?

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|AMAURY POV

Eu seguia numa rotina frenética de dormir pouco, gravar 6 dias por semana e viajar nas madrugadas de sábado para fazer a peça aos domingos pelo Brasil.

Depois daquela conversa com Diego, as coisas entre a gente voltaram a ser mais leves. Ele tinha baixado a guarda e percebido que eu não ficaria tentando nada além de amizade, que era o que ele tinha pra me oferecer.

Claro que eu me segurava muito em diversos momentos, mas nada que umas indiretas não pudessem fazer seu papel de demonstrar a ele, que mesmo como amigo, eu seguia disponível a ser algo mais, era só ele querer.

|DIEGO POV

Eu gravaria até sexta, porque tinha conseguido folga no sábado para estar em SP para o show do RBD que eu iria com minha irmã.

Estava extremamente animado para finalmente realizar esse sonho de infância que compartilhamos por tantos anos, em paralelo ao show, eu iria aproveitar para encontrar as meninas que eu não via desde o último show da Diego.

Eu chegaria em SP na sexta a noite e já iria direto pra casa da Lari, para uma noite de bebidinhas e fofoquinhas com nosso grupo de amigos.

Estava animado para recarregar as energias com esse encontrinho, mesmo cansado, eu precisava abstrair a mente, me desconectar um pouco de tudo que eu vivo no RJ e relembrar quem são minhas outras versões.

Cheguei na casa de Lari quando todo mundo já estava por lá, ela pulou no meu colo, matando as saudades mútuas entre nós dois.

- Que saudades, Di! - apertou os braços no meu pescoço

- Também amiga - retribui o abraço e depois fui entrando na sala

- Até que enfim, viado - Bruno levantou vindo em minha direção - já estava dando meu horário de jovem senhora dormir - gargalhamos de seu leve drama

- Dramático e mentiroso - afirmei constatando que dormir cedo não era seu forte - Como se você dormisse cedo, né?!

- Hoje sim, estou cansado! - me estendeu uma taça de gin

- Opa, já cheguei bem! - fui andando pra falar com Lennon, Vicenthe, Biancca e o resto do grupo.

- Senta aqui, amigo! - Lennon apontou o lugar ao lado dele, enquanto eu ia até a cozinha

- Já vou! - peguei mais gelo e voltei ao assento vago - Podemos falar de trabalho amanhã? Preciso desligar!

- Claro, não quero falar de trabalho - ele riu sacana - quero fofocas! - me encarou extremamente animado

- Ihhh, to mortinho, sem nenhuma novidade! - seu olhar ficou incrédulo

- Como assim, nada novo sobre você e o maumau? - me arrancou uma risada com esse apelido

- Não, migo! - torci os lábios

- Eu to chocada, você já foi mais atacante Diego - ele levou a mão a boca encenando seu choque

- Atacante de quem? - Bruno chegou na conversa

- Amaury! - Lennon falou alto, dando de ombros

O que tinha de ser | DimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora