Learning To Walk

7

Eu enchi o único carro que tinha na garagem da casa com as coisas dela, tudo o que ela tinha a amava ali.

O resto?

Estou assistindo virar brasa agora.
Dois andares inteiros iluminados de fogo puro e aquecendo a noite fria de início de outubro.
As lágrimas de ódio e decepção continuavam nublando minha visão.

Uma coisa ela fez bem.

Eu jamais ouviria a razão.

A razão fez minha mãe escolher o certo ao invés do errado, o mais seguro ao invés do perigoso, Mark ao invés de Gabriel.
Eu sentia tanto por Gabriel, eu estava sentindo mais por ele do que por mim, ele perdeu a mulher que amou a vida toda, se em algum momento ele teve esperanças elas se foram agora.

Quando o último resquícios de madeira é tomada pelo fogo eu dou partida e acelero para longe de Bolívar pegando o caminho mais longo que tinha, porquê a essa hora já não tinham mais balsas para atravessar.

Eu tinha um longo caminho de volta até a costa oeste.
Gabe precisava ficar só para digerir o suicídio da mulher que amava, eu também.
Ela vez tudo o que eu nunca esperei.
Foi imprevisível e se jogou no desconhecido, eu respeitava sua coragem.

Eu não iria bater minha cabeça me perguntando sobre os porquês. Tentando encontrar respostas para as perguntas que jamais teria, eu nem as faria. Minha mãe se matou. Ela se desculpou. Ela está morta. Eu estou viva.

Recebi uma segunda chance depois do acidente na Isle of Man Tourist Trophy e iria aproveitar.
Eu iria seguir em frente e agir como fiz nos últimos meses, foi só um acidente para todos os efeitos. Eu sabia a verdade e só importava para mim.

E pensar que eu ainda encorajei ele a seguir em frente porque ela o amava e era o iria querer para ele. Que ele fosse feliz, mesmo não sendo com ele.

Como fui estúpida.
Aposto que ele aproveitou o conselho bem demais.

Eu iria curtir meus últimos meses em Stanford e tentar me aproximar da menina.  Quanto a marck? Ele nem saberia de onde foi antigo.

............

Eu levei mais tempo do que o normal para atravessar o país com o braço direito quebrado e enfaixado por uma tipóia, mais cheguei. Totalmente esgotada.

— Price. — a recepcionista com quem fiz amizade sorriu alegre ao me ver — eu assisti a corrida, eu sinto muito pelo acidente e meus parabéns pela vitória.

Uso de todo meu esforço para sorri de volta.

— Obrigada, alguns ossos quebrados valeram a pena.

Eu havia usado o braço para amortecedor a queda, e por isso ele está deste jeito.

— Sinto muito pela sua moto.

— É, foi perda total, o prêmio deve dá para para comprar outra mais avançada e mais veloz.

Ela estende um bolo de envelopes.

— Suas respostas.

— Vai um conselho?

— Nenhuma teria coragem de te rejeitar. E não é pelo seu dinheiro, você é incrível e muito inteligente, o que quer que você escolha será bom, confie no seu julgamento.

Nunca ir pela razão.

A razão me levaria a escolher a líder, a mais popular Harvard.
Mais não era onde eu iria.

Acordei no início da noite com o alarme programado e me produzi para me jogar no mundo.
Sou jovem, preciso me divertir, e mais do que tudo, preciso esquecer.