Ela me dizia que eu fui uma criança sempre ativa, disposta a qualquer coisa.
Uma pessoa cheia de energia, ela dizia que o mundo não estava preparado para o furacão que eu era.Ela me chama de sua pequena Hurricane.
Hoje é o quarto dia sem ela e não estou nem de longe preparada para uma vida inteira assim.Hoje faz quatro dias que encontrei minha mãe caída no pé da escada.
Eu não chorei ainda, eu me lembro de gritar, gritar e gritar.
Mais chorar? Nenhuma lágrima.
Papai diz que estou em uma espécie de torpor, sei que ela se foi, e que não vai voltar mais ainda não estou pronta para acreditar nisso.
Me pergunta se tudo isso não é só um pesadelo ruim.
Nos mudamos para um novo estado e para uma casa que ela nunca esteve e ainda não acredito.Meus sonhos são cheios de pesadelos, então evito dormir e procuro me ocupar com as coisas.
Quando chegamos pela manhã a música dos vizinhos me incomodava, más agora? Estou até apreciando.
Gasto meu tempo com uma faxina que início nos fundos da casa, passo um rodo com detergente em todo o pátio traseiro de madera.
Limpo a mesa e todas as dez caseiras.
Aspiro todas as folhas secas da grama e da areia ao redor do Déque de madeira.
Seco a pequena sauna, limpo e coloco para encher novamente.Quando termino eu contínuo dos dois lados da casa e passo o Jardim da frente.
Começo aspirando todo o pó e folhas da calçada e do gramado, depois passo o rodo na calçada e aciono os irrigadores para molhar toda a grama.
Seco a piscina gigante e desço dentro para esfregar as margens e o chão.
Eu devo levar uma hora nesse processo e quando termino, enxaguo o sabão e ponho a piscina para encher.Eu trago as espreguiçadeiras do depósito, limpo uma por uma e organizada no Déque direito da piscina.
Arrumo as mesinhas e os guarda sóis, até pego algumas flores do canteiro no lado da casa e ponho em vasos sobre as mesinhas.Arrumo também a mesa da cozinha e enfeite com plantas assim como a mesa dos fundos.
Quando termino a faxina na cozinha e nos banheiros está tudo com cheiro de detergente e pinho de sol, é bom.— Nossa, quanto tempo você passou nisso? — papai pergunta quando entra na cozinha.
— Algumas horas, você está bem?
— Depois desse sono me sinto acordado, você tem visita.
— Aqui?
— Eu meio que liguei para o Ian ontem e falei que estávamos chegando.
— Ele tá aqui? — meus olhos lacrimejam.
— Você não admite mais precisa de amigos.
Não enxugo minhas lágrimas, elas secam sozinhas.
— Obrigada, vou receber eles.
Saio correndo para a sala e abro a porta da frente.
Tem um Tesla vermelho e três motos estacionadas na rua de casa.
Desço a escada devagar e atravesso o gramado até parar a alguns metros do carro.Ruby é a primeira a descer mais quem chega em mim na frente é ele que me puxa para um abraço apertado que demora uma eternidade. Mais retribuo com todo o meu ser.
Ian não fala nada, e eu fico contente assim mesmo.
Quando nos afastamos ele sorri.— Você precisa extravasar.
— Existem outras formas além de chorar. — sorrio também e dou um passo para o lado dele para abraçar Ruby.
— Ei ruiva gostosa.
— Você parece bem. — ganho um beijo no meu pescoço.
— Vou ficar.

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Learning To Walk
RomancePrice tinha uma vida perfeita, filha única jovem universitária e bem sucedida, com um futuro brilhante pela frente tinha todos os planos de sua vida traçados. Até perder a mãe. Ela se vê destruída, perdida e sozinha. Seus planos para uma vida inteir...