Capítulo 6:   Sexto Ano: Dissensão

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CAPÍTULO 6─────────────────Quarta, 18 de outubro, 1978

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CAPÍTULO 6
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Quarta, 18 de outubro, 1978

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Os pesadelos não terminavam em um grito. Terminavam num suspiro. Uma única expiração de sobressalto. E depois... Nada, senão o silêncio.

Fechando e abrindo os olhos ― letárgica, cada piscada um esforço enorme ―, Andromache tentou se sentar. Seu corpo novamente tombou para trás, inútil, sem força para se levantar. Pensava ter visto silhuetas ao seu redor, lábios se movendo, o som de correntes, uma voz soar e então fechou os olhos novamente.

― Amarrem-na! ― a voz de Bartemius Sr. cortou o ar, e Andromache a reconheceu imediatamente. ― Façam-na falar, nem que para isso tenham que apodrecer nesta sala por cem anos. ― Ele deu de ombros, e tudo o que ela conseguiu ver foi a aba do chapéu do juiz antes que ele se afastasse. ― Ela é a mais jovem que conseguimos capturar até agora. Não terá a resistência dos irmãos. Voltem à minha sala apenas quando tiverem algo que realmente valha a pena.

Bartemius Sr. nunca poderia ter imaginado que naquela época, Andromache viu nitidamente as mentes doentias dos aurores, atormentadas por uma obsessão insaciável por Voldemort, dando a ela tudo o que precisava para poder acabar com eles um por um sem que notassem.

Presenciou o pior de cada homem que escondia-se por trás do cargo de auror, caminhou pelo parapeito da morte, não era a primeira e nem a última vítima da obsessão de Bartemius de fazer o "certo". E naquela altura, Andromache também descobriu algo terrível sobre si mesma. Algo que a assustou, mas que depois a confortou. Ela havia se tornado algo pior do que cada um deles, algo que não podiam simplesmente evitar.

Presa no pesadelo de seu passado, ela viu, pela última vez, um dos olhos inquietantemente familiares dos aurores antes que mãos fortes agarrassem seus ombros. E então, num piscar de olhos, quando a agonia do feitiço cruciatus percorreu cada fibra do seu ser, ela despertou.

Os cabelos de Andromache, longos e ondulados, espalharam-se como serpentes pelo travesseiro, enquanto seus olhos piscavam contra a luz que inundava o quarto pelas cortinas escancaradas. Mas antes que pudesse se orientar completamente, seu olhar foi capturado por Beatrix e Miquella, sentadas ao seu lado.

― O que houve? ― perguntou, confusa, enquanto se esforçava para se sentar na cama. Havia um peso nos seus movimentos, e a mente ainda parecia embaçada pelos resquícios do pesadelo. Mas o que realmente a fez endurecer a expressão foi o semblante abatido de Nott. Algo estava terrivelmente errado. ― Por que estão aqui?

Miquella hesitou, a dor evidente em seus olhos antes de sussurrar:

― Bax foi morto nesta madrugada ― murmurou Miquella, a voz quebrada pela tristeza. ― Mulciber está devastado... todos estamos.

DREAM GIRL EVIL   |   BARTY CROUCH JR.Onde histórias criam vida. Descubra agora