𝐆𝐀𝐑𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐎𝐒 𝐒𝐎𝐍𝐇𝐎𝐒 𝐌𝐀𝐋𝐈𝐆𝐍𝐀 ━━ eles entendem não apenas o mal, parecia, mas também a extravagância de truques pelos quais o mal se apresenta como bom.
Ela, um pesadelo disfarçado de sonho...
Andromache fascinou e despertou suspei...
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CAPÍTULO 5 ─────────────────
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As palavras de Beatrix mexeram com algo dentro de Andromache. Não sabia se era o fato de estar se tornando cada vez mais evidente o desdém que Barty Crouch Jr. nutria por ela, ou se era a possibilidade de que ele nutrisse algo além de ódio.
― McLaird ainda mantinha-se abaixo do padrão para uma bruxa da Corvinal ― Andromache rompeu o silêncio com sua voz carregada de desprezo. ― Se o que ela tentou tivesse funcionado de alguma forma, Barty não teria feito o que fez...
― É por isso que estou feliz que ela morreu. ― Beatrix riu com malícia, esmagando o cigarro contra a parede. ― Está a fim de ir até as docas? Apenas para espairecer, não aguento mais fingir que me importo com quem morreu.
― Deveria ter cuidado com suas palavras. ― Andromache olhou em volta alguns alunos antes de observar Beatrix. ― Há ouvidos por todo lado.
― Vai querer ir ou não? ― insistiu friamente.
Andromache hesitou por um momento, havia aurores pelas florestas e em volta do lago; por um lado, queria escapar do ar moribundo que pairava no ar, mas por outro, não era uma boa ideia. Contudo, a proposta de Beatrix parecia uma fuga tentadora.
Com um aceno breve, Andromache concordou, seguindo a Bishop sob as docas do castelo, descendo uma infinidade de escadas enquanto o vento brincava com os fios negros de seus cabelos. O céu acima delas estava coberto por nuvens pesadas, cinzentas como o esperado em uma tarde de outono. A doca se estendia para a água da casa dos barcos, onde uma coleção de ferramentas velhas e inúteis desmoronava e enferrujava. Nos anos anteriores eles haviam passado muitas noites quentes e algumas frias fumando e bebendo no cais, balançando os pés sobre a água ou nadando.
Uma coruja piou suavemente em algum lugar, seguido pelo sussurro das ondas acariciando os cascos dos barcos ancorados à margem. Pela primeira vez, Andromache percebeu como, apesar do castelo na colina estar repleto de alunos, o ambiente estava de luto também, mergulhado num silêncio ensurdecedor.
― O que acha de nadarmos? ― Beatrix perguntou, desapertando o vestido enquanto segurava o maço de cigarro na boca. ― A água deve estar congelando ― sua voz soou abafada enquanto exibia sua roupa íntima. ―, mas vai servir um pouco para despertarmos desse tédio.
― Eu não farei isso ― murmurou Andromache, lançando um olhar cauteloso em direção à amiga. ― Acho que não é apropriado neste momento.
― Por que você é tão regrada? Vocês, Averys, devem ter sido criados com muitas lições de etiqueta ― brincou a outra, ajustando o vestido no lugar novamente, frustrada. ― É só nadar, já fizemos isso com os rapazes antes.
