capítulo 9

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Vegas

Quando convidei Pete para ficar em casa, não pensei que seria tão difícil ficar sob o mesmo teto que ele, mas, porra, o homem me atrai feito ímã.Tenho utilizado todo meu autocontrole para me manter o mais indiferente possível, afinal, ele acabou de passar por um grande trauma, mas meu pau está rebelde, e a simples visão dele num pijama , já me deixou duro.

Decido tomar um banho frio, antes de ganhar uma cicatriz permanente no meu cacete.Bato uma punheta imaginando a boca dele engolindo todo meu comprimento, enquanto seus olhos escuros ficam travados nos meus.

Porra!

O orgasmo vem rápido e forte, mas em nada aplaca minha fome.Eu o quero.Balanço a cabeça, decidido a tirar esta merda da cabeça e vou até à sala.Encontro Pete dormindo sentado no sofá.

A cabeça levemente apoiada para trás, desmaiado.Nem penso duas vezes, me aproximo e, com cuidado, pego-o em meus braços.
Leve e perfeito.Coloco-o no centro da cama e o cubro.

— Durma bem, moreno — sussurro próximo do seu ouvido antes de sair do quarto.

Com zero sono, aproveito o momento para adiantar algumas coisas da TSC e anotar tudo que preciso falar com ele amanhã.Mando uma mensagem para Samuel, e já adianto que precisarei de seu suporte em Campinas. O cara é de confiança e nos ajudou com toda merda alguns meses atrás. Ele será meus olhos lá.

Saio do escritório e vou para a varanda.

Já passam das duas da manhã e a rua está completamente vazia.Apenas silêncio e uma brisa gostosa.Sinto sua presença antes mesmo de vê-lo, o cheiro de xampu de morango chega até mim e respiro fundo antes de me virar.

— Moreno - digo quando o vejo dando meia-volta.
— Oi, eu...
— Está tudo bem?
— Sim, eu... estava com sede.
— Gelada ou fresca? - indago, já caminhando em direção à cozinha.
— Ah?
— A água.
— Ah, sim. Fresca, por favor.

Observo-o beber e sei que está agitado, ainda que não diga nada.

— Obrigado por me levar para o quarto - diz, me surpreendendo.

—Não por isso, saí do banho e você estava dormindo pesado. Não quis te acordar.

— Eu estava dormindo bem, até...

— Pesadelo?

Acena que sim e sou tomado por raiva, ao pensar nos filhos da puta que fizeram isso com ele.

— Ninguém vai te machucar, Pete - garanto, tentando tranquilizá-lo.

— No sonho, eles sempre me encontram e me mat...

— Nem diga isso - retruco, seco.

Ele fecha os olhos e respira fundo.

— Sei que não adianta dizer para esquecer, mas lembre-se de que estou aqui para você.

— Obrigado, Vegas, eu realmente não sei o que seria de mim sem a sua ajuda- agradece, me fitando.

— Queria ter estado lá por você - confesso, desejando ter impedido toda esta merda.

— Você está aqui agora - sussurra, apoiando a mão sobre o meu peito.

Seus dedos sobre meu corpo são como brasa.
Porra.Controle, cara!Mal consigo aproveitar o momento, ele se afasta.

— Eu...vou tentar dormir - balbucia. - Boa noite!

— Boa noite, moreno! - digo e sigo para meu próprio quarto, desejando conseguir algumas horas de sono, sem pesadelo.

Destemido: VegasPete (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora