Capítulo 15

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Vegas

Estou na varanda, observando o movimento, enquanto espero Pete se arrumar.Ontem dormimos novamente juntos.Não sei o que pensar a respeito disso.Eu não durmo junto.Não faço coisas de casal.Mas também nunca tive um submisso em casa comigo.Eu nunca quis, mas ele, eu quero.

Foda, preciso colocar minhas ideias no lugar, mas quanto mais eu o tenho, mais ele entra sob a minha pele.

Se Allan estivesse aqui, ele saberia o que me dizer, ou não. O puto provavelmente iria me zoar pra caralho, falando que virei gado igual o Kinn.Ele que não nos escute, mas ele come na mão de Porsche.

Não é o meu caso.

Pete é meu amigo, apenas isso.Você está fodido. Reconheça.

O caralho que estou!

Amanhã vou ligar para o A, ver como anda o caso dos federais e trocar uma ideia sobre o fodido número, que não sai da minha cabeça.
Preciso pensar em algo que não seja o moreno de olhos cor de ônix.A porta do quarto se abre, atraindo minha atenção.

— Porra!

— O que acha? — pergunta, caminhando ao meu encontro, absolutamente deslumbrante. — Guardei o colete para o clube — diz, inseguro.

— Estou pensando em cancelar esta merda, te amarrar aqui mesmo e foder a noite inteira, Pete

Ele sorri e meu pau ganha vida.

— Você está maravilhoso — elogio, puxando-o para perto de mim e beijando seu pescoço.

— Não sei quanto tempo vou conseguir manter minhas mãos longe de você.— Não mantenha.

— Não me provoque, Pete ... Você não sabe do que sou capaz — digo, colocando minha mão por dentro da sua calça, apenas para encontrá-lo sem cueca, tal como pedi.

— Vejo que se lembrou do que eu disse... — sopro no seu ouvido, passando meu indicador pela dobra de sua bunda.

— Sim, senhor... — retruca, fechando os olhos.

Morde os lábios ligeiramente corado e me seguro para não o beijar e arruinar nossa saída.

Foda.

Não entendo nada de moda, mas Pete tem bom gosto, a calça azul-marinho ficou perfeita e a vontade de foder com ele é forte pra caralho.Meu pau pressiona contra o zíper da calça.

A noite promete.

— Senhor?

— Pode me chamar de Vegas agora, moreno.

— Vegas, o seu amigo...

— James  — digo, lembrando seu nome.

— Ele é casado?

— Ele e Corina estão juntos há mais de quinze anos. Não sei dizer se chegaram a casar no civil. Alguns casais, fazem uma cerimônia de“encoleiramento”, em que a submissa ou submisso recebe a coleira do seu dono.

— Igual aquelas que vimos na loja?

— Sim, como aquelas, mas há muitos modelos. Na verdade, isto depende muito do relacionamento entre amo e submisso, alguns não usam nada, para outros é importante demonstrar que o submisso lhe pertence. Você deve entender, moreno, que para o submisso usar a coleira ou um sinal distintivo do seu amo, é motivo de felicidade, de pertencer. Dizem que um amo só entrega seu coração uma vez.

— Entendo.

— Lá haverá outros casais de amigos, vai ser bom para interagirmos com outras pessoas da comunidade BDSM. Você se lembra dos protocolos?

Destemido: VegasPete (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora