₊ ⊹ . 𝗚𝗛𝗢𝗦𝗧𝗙𝗔𝗖𝗘 - 𝘛𝘩𝘦𝘰𝘥𝘰𝘳𝘦 𝘕𝘰𝘵𝘵 ⁺¹⁸

27

O fim do dia chegou mais rápido do que Sn esperava. Enquanto os raios dourados do sol poente se despediam do horizonte, os corredores de Hogwarts começavam a ecoar com o barulho dos alunos rumo ao Salão Principal para o jantar. No entanto, naquela noite, Sn não sentia o menor apetite. Preferiu se refugiar em seu dormitório, buscando conforto nas páginas de um livro, enquanto o mundo ao seu redor seguia seu ritmo acelerado.

Sua tranquilidade foi interrompida por batidas na porta. Por um momento, esperou ver Pansy entrando com alguma novidade ou fofoca do dia, mas, para sua surpresa, quem apareceu foi Theodore Nott. Sem dizer uma palavra, ele entrou e se jogou na cama ao lado dela, quebrando a solenidade do momento com a leveza de sua presença.

"Só queria deixar bem claro que, se você também foi expulso do seu quarto, não vai dormir aqui," disse Sn, sem desviar os olhos do livro, esperando dissuadir qualquer ideia que ele pudesse ter.

Theo riu sarcasticamente, brincando com um isqueiro que retirou do bolso. "Não preciso ser expulso do meu quarto para decidir dormir aqui," respondeu, um brilho travesso em seus olhos.

"Ah é?" Sn respondeu, claramente indignada, mas com um sorriso escondido nos lábios.

O silêncio se instalou por alguns minutos, apenas o som das páginas sendo viradas preenchia o espaço entre eles. Finalmente, Theo quebrou o silêncio. "Vai na festa?" perguntou, casualmente.

"Claro que vou, dá pra imaginar uma festa nesta escola sem mim?" Sn respondeu, fechando o livro com um estalo, já decidida a mudar o curso da noite.

Cerca de uma hora mais tarde, Pansy também chegou ao dormitório, e os preparativos para a festa começaram.

Theodore fazia o papel de plateia, observando enquanto as duas garotas se arrumavam. Ele tentava, entre uma conversa e outra, resistir à tentação de acender um cigarro dentro do dormitório.

"Não ouse acender isso aqui, Theo," Pansy advertiu, com um tom sério, mas seus olhos brilhavam com a excitação da noite que estava por começar.

Theodore apenas revirou os olhos e guardou o cigarro de volta no bolso, resignado. Sn observava a interação dos dois, sentindo uma estranha mistura de gratidão e apreensão.

Pansy, com sua atenção meticulosa aos detalhes, ajustava cada centímetro de seu vestido diante do espelho, enquanto Sn revisava sua própria aparência, certificando-se de que cada elemento estivesse perfeito para a festa que se aproximava.

Theodore, por outro lado, ocupava uma posição confortavelmente desleixada na cama de Sn, seus olhos passando criticamente sobre as duas amigas enquanto elas se preparavam. "Daqui a pouco vocês tão indo sem roupa," brincou ele.

"Cale a boca," Sn respondeu sem perder o ritmo, lançando uma almofada em direção a ele. A almofada voou pelo ar com uma precisão impressionante, mas Theodore a pegou no último segundo, rindo.

Pansy ria junto, seu reflexo no espelho capturando a diversão do momento. "Eu vejo como os outros caras ficam olhando pra vocês," Theodore continuou, ainda provocando, mas com um tom ligeiramente mais sério por baixo da brincadeira.

"Você é nosso pai por acaso?" Pansy retrucou, virando-se para enfrentá-lo com um olhar desafiador. Ela sabia como lidar com os comentários de Theo; anos de amizade os haviam treinado para esse tipo de interação fraterna.

Sn, terminando de ajustar seu cabelo, olhou para Theodore com uma expressão de exasperação divertida. "Theo, se você vai começar com seus sermões, pode sair agora e nos encontrar lá mais tarde," ela brincou, sabendo que, no fundo, os comentários dele vinham de um lugar de preocupação, ainda que ele jamais admitisse isso tão abertamente.

Theodore levantou as mãos em sinal de rendição, ainda com um sorriso travesso. "Só estou dizendo, preparem-se para afastar os abutres. Eu não vou estar lá para ajudar vocês o tempo todo."

"Como se precisássemos de sua ajuda para isso," Pansy respondeu, dando um último retoque em seu batom antes de se virar para Sn. "Estamos prontas?"

Sn deu uma olhada final em ambas, sentindo uma onda de camaradagem e cumplicidade. "Prontíssimas," confirmou, pegando sua bolsa e liderando o caminho para fora do dormitório.

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Havia uma energia eletrizante no ar; uma mistura de excitação e um pouco de rebeldia, temperada com o sentimento de segurança proporcionado pelas recentes afirmações de Dumbledore de que o castelo estava mais seguro do que nunca.

Ao entrarem, Theodore e Pansy foram imediatamente absorvidos pelo turbilhão de Sonserinos, cumprimentando amigos e se juntando à dança e conversas animadas. SN, contudo, moveu-se com menos pressa, os olhos varrendo a sala - claramente à procura de alguém. A menção de uma festa sempre trazia a promessa de encontros inesperados e, talvez, SN esperasse que algum colega da Lufa-Lufa tivesse atravessado as barreiras das casas para se juntar à celebração.

O volume da música aumentou, e o burburinho das conversas se intensificou quando Draco Malfoy e Blaise Zabini irromperam pelo centro da sala, cada um com uma garrafa de álcool na mão. A dupla, com seus passos um tanto incertos e sorrisos largos, parecia já estar sob o efeito de alguma substância intoxicante, fosse ela líquida ou fumegante.

Draco, ao notar SN em sua busca solitária, dirigiu-se para ela com um sorriso travesso. "Procurando alguém em particular, ou apenas o bom senso para não se juntar a esta loucura?", perguntou ele, oferecendo-lhe uma das garrafas.

SN aceitou o gesto, mas sua resposta foi desviada por um novo tumulto à entrada. Entre a multidão, uma figura familiar de cachecol amarelo e preto - cores da Lufa-Lufa - fez seu caminho inesperadamente até a festa da Sonserina. Era quem SN esperava, mas talvez não nas circunstâncias que imaginava.

"Acho que encontrei o que procurava," disse SN, seus olhos iluminados por um misto de surpresa e entusiasmo. Ela passou a garrafa de volta para Draco e fez seu caminho através da multidão, na direção do novo visitante.

Draco olhou para Zabini, que ergueu uma sobrancelha, divertido. "Parece que a noite vai ser interessante," comentou Zabini, antes de ambos se voltarem para observar SN, curiosos para ver como essa inusitada interação entre Sonserina e Lufa-Lufa se desenrolaria na sala comunal, agora transformada em um caldeirão efervescente de festividades e encontros inesperados.

Só queria dizer que ela vai pegar alguém nessa festa tá lkkkkk (NÃO É O CEDRIC OKAY)