Revelações - 2

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"O quê?!" , pensei. Esses pensamentos pareciam estar vindo só para me confundir mais ainda. Mas eu percebi que eles sempre vêm como um enigma para decifrar. Como se alguém mandasse-os para que eu soubesse o que estava acontecendo. Eram como uma chave para eu desvendar e saber o que estava realmente ocorrendo – ou pelo menos era isso que minha cabeça me dizia...

Continuei perdida nos meus pensamentos. Se essas "mensagens" realmente estivessem vindo, deveriam estar sendo mandadas por alguma pessoa... Fechei os olhos. Eles estavam sendo enviados por um anjo. Como eu não descobri isso antes? Ou eu estou completamente louca, ou tem algo muito estranho acontecendo.

– Amor? Fale, Camila! – Helena continuava mostrando seu lindo sorriso, mal se passava em sua cabeça o que devia estar acontecendo dentro da minha.

– Ahh... Sim, sim... – dava para perceber facilmente que eu não estava mais no clima para aquele assunto.

Peguei um copo d'água e bebi-a. Eu estava com a cara pálida pela expressão que Helena me fazia.

– Bom... Acho melhor você tomar um banho e colocar, infelizmente, a roupa que você veio para o hospital, já que os paramédicos não pegaram nenhuma roupa sua quando foram a sua casa. Daqui a pouco vai anoitecer e Elisa virá te pegar... Vou sentir sua falta, por menor que seja o tempo que passamos juntas.

– Ai, Helena! Em relação à roupa, não tem problema. E eu também vou sentir sua falta, bastante para ser sincera! Você foi uma pessoa muito especial para mim, saiba disso.

– Eu sei, querida. E acho que já falei isso, mas mais uma vez não fará problema: foi um prazer em ajudá-la.

– Que isso, o prazer foi todo meu.

– Ah, aliás, tome cuidado com aquela mulher.

Eu ri.

– Acho que é ela quem tem que tomar cuidado.

&&&

Turbilhões de pensamentos estavam indo e vindo com muita força na minha cabeça, batendo nela assim como a água morna do chuveiro. Eu estava mesmo precisando de um bom banho quente.

Depois que desliguei a água, fiquei tonta por alguns segundos e tive que apoiar minhas costas na parede fria. Eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser em entrar na casa de Lira e ter uma conversinha com ela. Estava louca para saber a verdade...

Enquanto terminava de vestir minha roupa, ouvi alguém me chamar.

Camila... Camila... – era uma voz familiar e eu não sabia de onde estava vindo. – Você precisa entrar naquela casa... – eu olhei para os lados, procurando-a.

Depois de alguns segundos, o medo passou e não me senti mais assustada, lembrei que eu já sabia quem falava comigo.

– Eu sei. – descobri de quem era aquela voz masculina. – Eu vou.

&&&

Finalmente em meu lar. Eu estava com saudades de meu quarto. A viagem do hospital até minha casa foi silenciosa, nem Elisa, nem eu conseguimos achar um assunto. A despedida entre mim e Helena foi bastante triste - chorei e consegui tirar umas lágrimas dos olhos dela também, além de ter percebido que ela não era assim com todos os pacientes, seus olhos falavam isso. Acho que nós simplesmente nos simpatizamos bastante. Estávamos destinadas a se encontrar, e talvez, mas só talvez, por mais difícil que fosse, iríamos nos encontrar novamente.

– Você quer ver um filme? - Elisa abriu a porta de meu quarto depois de bater e ouvir o meu "pode entrar" .

– Claro. Mas... Em português ou finlandês? – nós rimos.

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⏰ Última atualização: Jun 30, 2015 ⏰

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