"Eu estava obcecada; passava 90% do meu tempo falando: NorEmma canon, e nos outros 10% torcia para que alguém dissesse: RayAnna canon (Gildon está tão na cara que nem precisa falar)"
OI, POVO!
De novo eu tô aqui com mais um capitulo, dessa vez ao som de Looking Out for You - Joy Again.
Essa obra de arte parece ser aquele ser humano que te paga um salgado e uma coca só porque te conhece e sabe que tu gastou 400$ na Shein ou na Shopee e agora não pode pagar nem uma bala de iogurte!
Então, sejam muito bem-vindos e uma boa leitura!
<><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><>
O auditório costuma sempre ser um lugar um tanto... peculiar; ou está lotado ou não existe uma única alma viva respirando lá dentro, mas hoje, aparentemente, foi encontrado um meio-termo. Norman consegue reconhecer os rostos que sempre vê todos os dias, como o de Gillian, não parecendo empolgada, Oliver, um tanto entediado, Sonya, na primeira fileira e Vincent, roendo as unhas. A maioria das pessoas aqui estão presentes ou por terem repetido um ano escolar e necessitar desesperadamente de notas de participação ou por mera curiosidade. Mas todos parecem evaporar aos seus olhos quando ele vê uma ruiva encolhida na última fileira, sorrindo ao tapar os ouvidos pelos gritos de impaciência de todos.
Algo dentro de si ordena que vá até ela, se sente ao seu lado e diga o que tem para dizer; mas também existe o outro lado, que pede para que ele vá até alguém conhecido e a deixe em paz. Talvez deva parar, quer dizer, ela é de certa forma uma estranha, mas não consegue evitar um certo desejo de estar ali, segurando sua mão e cuidando dela; isso é estranho, não deveria ser desse jeito, ainda não! Suspira, já impaciente consigo mesmo, e caminha até o assento ao lado dela.
- Oi... Emma?
A garota se assusta por um segundo, logo substituindo a surpresa por constrangimento.
- Oi, é, sou eu sim... - Sorri, olhando para o colo, comprimindo os lábios e coçando um dos olhos, Norman não sabe ao certo o porquê de sua inquietação, mas seria um tanto indelicado perguntar.
- Sono? - questiona, o mesmo sorriso que se curvou em seus lábios naquela esquina, quando a viu pela primeira vez, se abrindo novamente, mostrando quatro covinhas fundas nos cantos das bochechas, detalhe este que deixou Emma distraída por um segundo.
- Bem... é efeito colateral de ter tomado o remédio antes de comer, sabe? O corpo está meio... vazio.
Emma ri, e não o tipo de riso que o albino sentado ao seu lado esperava, e muito menos deseja, ouvir; é algo um pouco doloroso, o que o faz questionar se esse cenário já não é familiar para ela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pouco Antes De Setembro.
RandomNorman jamais poderia se esquecer de como tudo isso havia começado, numa tarde ensolarada de domingo, pouco antes de Setembro, quando a viu pela primeira vez. Ela dançava na rua em frente à sua casa conforme a música agitada no rádio do carro do pai...