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Lá nas montanhas. As pessoas ansiosas esperando ajuda. Enquanto os outros dormiam, depois de muita luta, Javier e Adolfo conseguiram colocar Camily pra dormir, já que nesses dez dias Camily não estava conseguindo dormir, por que tinha pesadelos com Numa morrendo, todos os dias. Daniel estava com o rádio na mão, esperando uma notícia que agradaria todos. Todos então acordaram, e foram ficar do lado de Daniel.

-interrompemos a transmissão, amigos, para passar uma informação que adiantamos há alguns minutos. Já se conhece a identidade dos dois jovens sobreviventes do avião uruguaio que caiu há 72 dias nos Andes. Tratam-se de Fernando Parrado e Roberto Canessa.

Dia 71
22 de dezembro de 1972

Nando estava entrando dentro de um helicóptero, pronto pra ir atrás de seus amigos e sua irmã. Roberto deve que ficar para esperar.

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Nós, sobreviventes, que estavam nos Andes começamos a "se arrumar", uns lavavam os rostos, as mãos. Outro escovavam os dentes.

-empresta? Passa pra mim. - pedi Roy a escova para escovar os dentes.

Outros escovavam os cabelos. Ou pelo menos tentavam.

-ops! - Camily diz depois do pente de cabelo quebrar enquanto ela tentava pentear o cabelo de seu amigo. O jovem riu, o que tirou uma risada leve de Camily. Javier que estava do lado, ficou feliz quando viu que depois de 10 dias, Camily deu seu primeiro riso.

Outros passavam gel no cabelo, na sobrancelha, para aparecer mais "apresentável" para os jornais.

-bonito, hein? - Coche dizia rindo enquanto passava gel de cabelo no cabelo de Pancho.

-ah!

Outros faziam suas malas,se preparando pra finalmente ir embora.

No fundo do avião, Adolfo e Daniel olhava os ossos.

-o que a gente faz com tudo isso? - Daniel pergunta.

Zerbino arrumava com carinho as coisas de seus falecidos amigos em uma mala, pra quando voltar, entregar para seus familiares.

Lá no Chile, Roberto esterrava as carnes de seus falecidos amigos. Que infelizmente não conseguiram sobreviver.

E eu, bom, não tentava me arrumar, mas depois de tanta existência dos meninos, eles tentaram pentear meu cabelo.

-aí Dani! - Camily reclama após Daniel ter puxado seu cabelo com o pente.

-desculpa - Daniel fala rindo e os outros meninos também.

Eu tentava ficar feliz, por finalmente sair daqui, mas, não conseguia. Parte de mim sempre vai ficar aqui, pra sempre, com meus amigos, com Gastón, com minha mãe, com susy, e com Numa. Eu nunca vou ser mais a mesma, nenhum daqui vai ser, é impossível ir embora daqui e esquecer tudo o que aconteceu, a fome, a sede, a dor, a angústia, a ansiedade, várias sentimentos. Mas, no fundo eu sei que todos esses que se foram estariam orgulhosos de nós, de temos conseguido, temos enfrentados todos os obstáculos. Mas eu gostaria que todos estivem juntos, ir embora juntos. Entramos nessas juntos, Deveríamos ter que sair juntos.

Lá na força aérea.

-bom, meu querido. Eu vou te dizer o nome dos sobreviventes. Você me escuta? - pergunta. - repita duas vezes cada nome, por favor. Duas vezes cada nome. - iria começar. - Roberto Canessa.

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