"É doce a espera
quando temos certeza
do reencontro."
- Joelma Siqueira
- "Eloisaa. Acorde!!" - Grita um ser barulhento.Abro os olhos com dificuldade. O sono ainda está pesado. Olho no relógio que está ao lado da minha cama na escrivaninha. São 06:00 horas.
- Mãe, ainda são seis horas. Tenho que estar lá às oito. Deixe eu dormir mais um pouquinho, por favor. - Respondo, ainda sonolenta.
- Acho que você esqueceu onde está. Minha querida, aqui as aulas começam às 07:30. É melhor agilizarmos, senão vou trazer um balde de água para jogar em você. - Ela me olha com um ar sério, mas sei que minha mãe é tão doce que jamais faria isso.
- Ok, ok. - Respondo, virando para o outro lado da cama.
Só mais um cochilo de uns 15 minutinhos não vai matar ninguém.
Acordo toda molhada. Abro os olhos e minha mãe está com um balde de água nas mãos.
- Eu te avisei. - Diz ela, lançando mais água em minha direção.
- A senhora tá ficando louca mesmo. - Digo, encharcada.
- É melhor você ficar quieta e arrumar essa bagunça e ir logo tomar café, ou eu pego uma mangueira pra molhar esse quarto todo. - Ela me olha com os olhos arregalados, mas segurando o riso.
Levanto marchando de raiva. Ela deve tá tirando onda com a minha cara. Amanheceu toda gracejando. Minha mãe é divertida e engraçada, mas é a primeira vez que ela dá uma de louca. Vou atrás de uma clínica psiquiátrica pra ela. Tento secar o que posso da bagunça de água que minha mãe fez e vou logo me arrumando. Após um bom banho, vou até a cozinha onde encontro Lola com a mamãe.
- Oi, meu bem. Fiquei sabendo que você tomou dois banhos. - Diz Lola com um sorriso nos lábios, morrendo de rir.
- Isso, Lola. Agora temos uma louca solta nessa casa, cuidado. - Digo num tom sério, mas sarcástico.
Ela me olha sério.
- Esses adolescentes de hoje não têm noção do que é loucura, Lola. - Diz ela.
- Termine logo esse café, quero que antes de você sair, leve a forma de bolo do Albert para ele. A Lola vai deixar você na escola. - Diz mamãe.
- Ok. - Respondo.
Termino o meu café da manhã, pego minha mochila e a bendita forma. Abro a porta e vou até a casa do Albert. Antes de bater na porta, me abaixo rapidinho para amarrar meu cadarço que soltou. De repente, alguém abre a porta e não consigo levantar a tempo. Um corpo tropeça em mim e cai. O corpo estirado no chão parece o do Alex. Ele levanta rápido e me olha de modo frio.
- Desculpa, foi sem querer. - Digo meio gaguejando.
Ele nem me olha, apenas dá uma limpadinha na roupa. Que é uma camisa preta, calça preta e bota preta. Meu Deus, esse garoto é gótico ou só revoltado mesmo? Albert surge no meio da confusão enquanto Alex já está saindo.
- Albert, aqui está sua forma. Amamos o bolo, obrigada. - Digo, entregando a forma.
- De nada, querida. - Diz ele.
- Alex, você pode deixar a Eloisa na escola. - Ele continua.
- Vi que vocês ainda estão sem carro. - Conclui ele, olhando para mim.
- Nãooo, não precisa. Lola vai me deixar na escola hoje. - Digo apressadamente, antes do Alex abrir a boca.
- Tá bom, mas precisando, é só ir atrás do Alex. - Diz ele.
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Passos do amor
RomansaUm amor pode nascer de uma amizade? Essa história descreve os passos de uma amizade até o amor. "Eloise é uma garota de 16 que retorna a sua cidade natal após ter fugido de lá há 6 anos atrás. Ela precisa lidar com o seu passado assustador, tentado...