Capítulo 7 - Descobertas

130 4 0
                                    

A noite passou e eu nem ao menos sei que horas dormi.
Acordei e tentei me mexer porém senti algo pesado entre minhas pernas, ao perceber eu fico incrédula de que aquilo não foi um sonho.

Mas ao mesmo tempo sorri vendo a mais velha dormindo calmamente entre minhas pernas.
Mexi em seu cabelo e em seguida ela acordou, ficou sentada por um tempo e me olhou, parecia processar tudo.
Sorriu para mim e foi me abraçar, mexi em seus cabelos, eu amava aquilo.

-Bom dia princesa.
Ela diz me dando um selinho.

Eu apenas sorri e me levantei indo em direção a cozinha.

-Irei pegar somente um copo de água, tenho que ir para casa me arrumar para a escola, e você também.

Disse isso e ela me encarou com cansaço ao ouvir a palavra "escola".

-Posso pelo menos te dar uma carona para meu dia ser melhor?
Eu acabo rindo e engasgo levemente com a água, após lavar o copo eu me direciono aonde Belmonte está.

-Eu já volto viu?
Lhe dou um selinho, que faz a mais velha sorrir levemente e passar sua mão pela minha cintura relutando para não me deixar ir, mas acaba cedendo.

Cheguei em casa e fui direto para o banho, tive que lavar cabelo agora de manhã afinal estava uma palha por causa dos orgasmos.

A água fria caindo sobre mim, a calmaria na parte da manhã, mas minha cabeça não parava de pensar em Laís..principalmente na noite de ontem.
Eu sorri para mim mesma após lembrar de certas cenas de ontem, mesmo ainda estando incrédula.

Após tomar banho fui para meu quarto me arrumar, coloquei o uniforme e alguns acessórios, passei uma maquiagem totalmente básica e desci para encontrar Laís.

Após trancar a porta de casa, sinto alguém por trás me puxando pela cintura, sorri ao ouvir a voz familiar.

-Vamos?
Eu fiz que sim com a cabeça e acompanhei até o carro entrando no mesmo.

No meio do caminho paramos na cafeteria para pegar algo para bebermos, afinal não deu tempo de tomar em casa.

-Toma, comprei um bolo para você também.
Laís disse me entregando o copo assinado por ela.

Eu soltei um riso levemente e agradeci ela dando um beijo em sua bochecha.

-Quem disse que eu queria isso?
Ela diz me encarando com os braços cruzados, fazendo birra.

Me aproximo e beijo sua boca lentamente.
Nos afastamos e ela continuou dirigindo até a escola, chegando lá descemos do carro juntas e entramos uma ao lado da outra.

Após entrar na sala juntas e rindo uma para a outra, Laís se recompõe e eu vou até minha mesa e me aproximo lentamente até o ouvido de Raquel.

-Preciso te contar, aconteceu muita coisa.
Dou ênfase ao "muita", após isso Raquel vira rapidamente e me encara com o olho arregalado e a mão na boca.

Comecei a contar tudo baixo, desde ontem a noite até hoje na parte da manhã.

-Vocês o que? Eu sabia! Essa mulher tava querendo era você!
Ela diz baixo se dando por vitoriosa.

Eu apenas ri e confirmei tudo, até mostrei o copo de café como prova, afinal estava assinado por ela.

-Somente você sabe disso tá Raquel?
Ela me olha e faz que sim com a cabeça,  após virar rapidamente para frente depois de Laís chamar sua atenção por estar conversando.

A aula passou e Laís nem ao menos sabia disfarçar que estava me encarando, eu a olhava de vez em quando, porém não igual a ela para não dar motivos para alguém sair falando merda por aí.

Sinal do intervalo bateu, todos saíram correndo para ir comer e eu fiquei na sala com Raquel, achei que Laís sairia após ver que Raquel estava comigo e íamos sair juntas da sala, mas eu estava totalmente enganada em relação a isso.

Laís veio até mim e parou em minha frente, creio eu que ela já imaginava que eu havia contado tudo para Raquel.

-Vai querer carona na volta para casa?
Ela diz aproximando o rosto do meu e me encarando.

-Se puder, sim.
Digo e ela sorri de canto.

Após me dar um beijo na bochecha e testa, ela se afasta e diz olhando para a Raquel.

-Eu imagino que Lia contou tudo sobre ontem a você, então bico calado. Se não acabo com sua carreira escolar.

Raquel arregalou o olho e fez um sim com a cabeça, ela tava cheia de medo e eu ri, afinal Laís estava brincando com ela.

-Ela só tá brincando com você quel, não é Laís?
A mesma deu os ombros e saiu da sala rindo.

-Mas o que..aconteceu?

Eu ri e me levantei dando as mãos para Raquel fazer o mesmo, saímos da sala e não comentamos sobre o que havia acontecido.

O resto do dia como sempre foi insuportável na escola, aula de português nos dois últimos horários, e finalmente hora de ir embora.

Esperei Laís na frente da escola, a mesma chega e entramos em seu carro.
Ela liga o mesmo e coloca sua mão direto em minha coxa.

-Não preciso ficar mais tentada.
Ela diz rindo, se dando por satisfeita.

Eu apenas rio junto a ela e seguimos viagem rumo a casa.
Após chegarmos foi a mesma coisa de sempre, agradecimentos, entrar e tomar um banho bem gelado.

Me joguei na cama e liguei meu computador para poder ver filme.
Parei o filme na metade após ver notificação de uma mensagem da Raquel.

A mesma me chamou para irmos em uma balada que iria ficar aberta hoje até a madrugada.
Como não teríamos aula amanhã por falta de professor, decidi aceitar a ir.

Fiquei na cama vendo filme até umas 22h da noite, que foi o horário que me levantei e fui tomar outro banho para me arrumar.

Coloquei um vestido que possuía uma abertura na perna, ele era colado e de coloração vinho.
Estava de salto médio e cabelo feito, minha maquiagem era um olho preto esfumado com um delineado, batom vermelho e um gloss.

Tirei uma foto e postei, após isso fui direto lá para fora encontrar com Raquel.
Olhei para o lado e Laís estava com a casa toda apagada, provavelmente estaria dormindo após a semana cansativa de prova.

Raquel veio me buscar com o carro e fomos até a balada, não era tão perto da cidade, era mais para o final dela em si.
Raquel dirigia numa velocidade que fazia eu me sentir viva, música alta tocando e nós duas gritando enquanto tentávamos cantar.

A sensação de estar com ela era incrível, após chegarmos descemos do carro e fomos para a entrada, que precisava de um papel para poder entrar, podemos dizer que era o ingresso.

Entregamos ao segurança da portaria e entramos na balada, uma música alta ecoava, luzes vermelhas fortes piscando, pessoas por todo canto, umas dançando, outras beijando, e o resto bebendo.

Proibidas? Onde histórias criam vida. Descubra agora