Capítulo 7

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Nunca seremos tão jovens como somos agora

Never be - 5 Seconds Of Summer

Por volta das onze da manhã do sábado, recebo uma mensagem de Jaqueline, a jornalista que nos entrevistou no dia anterior. A mensagem informa que a entrevista está disponível no site da cidade e é só a banda acessar para ver como ficou a matéria. Encaminho a mensagem para o grupo dos meninos e rapidamente ligo o computador para ter uma visualização maior do site e do layout da reportagem.

Acesso o link e me deparo com uma página enriquecida e chamativa. Todas as perguntas feitas e respostas dadas estão escritas na íntegra. No canto inferior direito da tela, passa um dos nossos covers com maior número de visualizações no YouTube. O vídeo está programado para tocar assim que a página for aberta.

Leio a entrevista com calma, atentando-me a todos os detalhes. No final da matéria, há um pequeno comentário da jornalista a respeito do show da banda, como imaginei que teria.

"Os garotos têm domínio sobre o palco e sabem puxar a galera para cantar todas as músicas, deixando o público preso inteiramente no show. Além de, claro, ter música para todos os gostos e estilos. Eles mandam bem nos instrumentos e nas composições.

Essa jornalista que teve o prazer de escutar duas músicas escritas pelos meninos avisa de antemão: talento e dedicação são as palavras que maior descrevem essa banda."

Logo abaixo do trecho da análise da jornalista está o endereço das nossas redes sociais para quem quiser entrar em contato e nos contratar ou ter conhecimento de quando será o nosso próximo evento. Há também algumas fotos estampando o texto. Sorrio ao ver a foto de nós quatro juntos, cada um com seu estilo e personalidade.

Michael é o primeiro da imagem. Branco, alto, magro, de olhos escuros. Logo ao seu lado está Daniel, o cara que mais fazia as garotas suspirarem na época da escola, principalmente quando estava atrás de sua bateria. Seus cabelos são cacheados, queimados pelo sol, e ele sempre está com uma bandana ou boné na cabeça. Sua pele é bronzeada, os olhos castanho-claros e, devido à bateria, os braços são definidos. Thomas é o terceiro da fila. Sua pele é negra marrom clara, os olhos são escuros e os cabelos pretos, que estão sempre impecáveis. É o mais baixo da turma — se é que 1,78 cm pode ser considerado baixo — e o único que mantém uma alimentação super saudável e frequenta academia. Por último sou eu: o mais alto do grupo.

Provavelmente os meninos terminam de ler tudo na mesma hora, pois, assim que pego o celular, ele explode em mensagens e áudios, todos comemorando o sucesso que foi a primeira conversa com uma jornalista. Eu também estou satisfeito com o resultado.

Eu: Agora precisamos esperar a reação do público.

Michael: Vou colocar o link da entrevista na página da banda.

Daniel: Só por termos o vídeo no automático na página da entrevista ajuda muito, vai gerar visualizações.

Thomas: Sim.

Thomas: Tô indo.

Thomas: A fama que ainda não tenho não vai lavar as louças do café da manhã. E preciso ir para a academia.

Daniel: Puts!!!! Minha mãe deve tá chegando e ela pediu pra eu fazer almoço.

Daniel: Quero ficar famoso logo, pra não fazer essas coisas.

Eu: Com fama ou sem fama, mãe é mãe e se ela pedir para você lavar o banheiro, você vai lavar.

Daniel: Eu sei. O que não faço por ela, né? Então, FUI!!!

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