Capítulo 14 - A Leveza das Flores

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    Apareciam quinhentos sites diferentes naquela pesquisa, alguns dando dicas de flores, outros de doces, outros de cartas, alguns origamis, outros presentes comprados, perfumes, pelúcias, ETC, porém nenhuma daquelas sugestões casavam com a aura de Kel, provavelmente por ele ter zero porcento de romantismo com si. Passaram-se duas horas e Sunny já havia feito uma lista quilométrica de ideias para debater com Mari. 

Sunny: -Irmã, vem aqui rapidinho. 

Mari: -Oi! Diga. 

Sunny: -Eu não faço a mínima ideia do que eu estou fazendo. 

Mari: -Calma. Vai dar certo. 

Sunny: -Não vai...Que droga. -O garoto já parecia desanimado por não conseguir pensar em nada, pois estava forçando a sua mente a pensar em algo que claramente não iria sair naquele momento. 

Mari: -Olha, eu sei fazer uns bagulho de papel e o Basil entende de planta. 

Sunny: -Por que do nada o Basil?

Mari: -Porque ele é seu amigo. Ele deve ter uma forma de conseguir te ajudar com isso. 

Sunny: -Não. Melhor não.

Mari: -Não me diga que você brigou com ele. 


Sunny: -Não, não é nada disso. Eu só...Não mereço falar com ele. É isso. 

Mari: -Pfft, mas que bobagem. 

Sunny: -É sério...Eu magoei muito ele, não tenho coragem de falar com ele. -Mari dá um tapa de leve no rosto do irmão. Que a olhou incrédulo por alguns segundos. 

Sunny: -Por que você fez isso????

Mari: -Meu irmão não é um covarde. Tome vergonha nessa tua cara, você ficou tanto tempo encolhido dentro de casa e agora quando você pode finalmente sair, tu se encolhe de novo?


Sunny: -Eu...

Mari: -Você é um rato ou um homem? 

Sunny: -Um poeta. 

Mari: -Meio termo então, mas mesmo assim! Vá lá. Tenho certeza que ele vai gostar de que você buscou a ajuda dele para algo. 

Sunny: -Beleza, então...Eu acho. -O moreno sai do quarto e vai pra rua. 

  Seus passos na rua eram lentos por que a cada passo que dava pensava: "Será que eu tô fazendo o certo?". Perguntava para si se não seria no mínimo uma covardia estressar Basil com algo que ele pediu pra que Sunny resolve-se antes de falar com ele. Sua mente bagunçada não o permitia pensar nessas questões mais afundo, então optou por deixas de lado e ir em frente sem medo, afinal, só se vive e morre uma vez. 
  Chegando na casa de Basil, a porta estava aberta. Sunny entra e vai em busca do loiro. Andava cuidadosamente pela casa com medo de dar de cara com Aubrey, que aparentemente estava com raiva dele, porém ela não parecia estar ali. Andando mais um pouco pelo lugar, o garoto vê Basil pela janela, ele estava cuidando de suas flores, se desligando do resto do mundo, Sunny se aproxima lentamente do loiro que não nota sua presença, mesmo com o moreno tocando em seu ombro para chamar a sua atenção, ele não move um músculo. 

Sunny: -Basil?

Basil: -...

Sunny: -...Alô? Basil? -Sunny balança a mão na frente do rosto do loiro para ver se ele reage.

Basil: -Ah, Oi. Foi mal eu tava meio distante daqui. -Diz Basil balançando a cabeça para acordar. 

Sunny: -É, eu percebi. Bem, eu posso te pedir ajuda com um negócio?

Basil: -Se eu puder te ajudar. Oque é?

Sunny: -B-Bem é sobre o Kel. 

Basil: -D'boas, mas com oque exatamente. -Sunny fica surpreso que Basil não demonstrou nenhum sentimento extra como raiva, ódio ou tristeza. Apenas disposição para ajuda-lo. 

Sunny: -Bem, você que entende esse negócio de flores e tals-

Basil: -Já sei. Você quer que eu te dê uma flor boa pro Kel, é isso? 

Sunny: -Na mosca. 

Basil: -Ok ok. Bom, eu vou ler oque você sentir por ele e escrever em forma de flor, entendeu?

Sunny: -Eu acho que não...Não entendi nada do que você disse agora.

Basil: -Eu vou encaixar os seus sentimentos em uma flor. Só me diga oque você sente por ele aleatoriamente e eu arrumo uma flor perfeita pra oque você disser. 

Sunny: -Tá...Então, posso começar? -Basil só concorda com a cabeça. 

Sunny: -Bem...Por onde eu começo? O Kel ele é uma pessoa muito pra cima, até demais. Tem uma alma que brilha mais que o sol e que aquece mais que fogo de fogueira. A companhia dele é muito boa, ele fala demais, até no silêncio ele fala, mesmo com as quinhentas palavras que saem da boca dele, ainda dá pra filtrar uma poesia genuína, sem rima, estrofe ou qualquer tipo de ordem, mas que é o bastante para tocar o coração de quem escuta. 

Basil: -Minha nossa. 

Sunny: -Eu falei demais?

Basil: -Eu achei que ia ser mais fácil. -Diz Brasil com uma voz de choro irônica. 

Sunny: -Eu também. 

Basil: -PERA JÁ SEI! -Basil corre na velocidade da luz para dentro de casa para buscar algo e volta com uma flor rosa na mão. 

Sunny: -Qual é essa?

Basil: -Bem...É uma rosa do deserto. Eu acho que ela resume tudo isso que você disse e ainda emana uma alegria. -Sunny abraça Basil.

Sunny: -Cara...Muito obrigado. Eu não sei nem se eu mereço um amigo como você. -Basil fica em choque por alguns segundos, mas logo retribui.

Basil: -Que nada...Amigo é pra isso. Depois me conta se deu certo ou se você levou um fora. -Os dois riem. 

Sunny: -Beleza, tô indo lá. 

Basil: -Se a flor morrer no meio do caminho venha aqui pegar outra que eu tenho várias dessas. 

Sunny: -Vai nada, eu sou um homem de fazer as coisas de primeira. 

  No fundo, ele não era nada disso, mas tinha que convencer a si para ter o mínimo de coragem para oque ele queria fazer. Sunny mais uma vez andou aquelas ruas agora para a casa de Kel. Chegando lá, resistiu um pouco para apertar a campainha. Enquanto decidia se apertava ou não. Hero abre a porta. 

Hero: -Sunny...? 

Sunny: -Eita pô...Eae. -Hero olha pra flor na mão de Sunny e depois olha para ele com um sorriso. 

Hero: -Boa sorte, eu vou chamar o Kel rapidinho. 

Sunny: -O-Obrigado. -Hero berra para Kel ir para a porta e assim ele vai. 

Kel: -E aí, Sunny! Precisa de algo. 

Sunny: -Eu posso falar com tu? Rapidinho, num lugar por aí. -Hero faz um sinal de "Positivo" com as mãos pelas costas de Kel para Sunny. 

Kel: -Uhm? Claro! Mas pra que?

Sunny: -L-Lá eu te falo. -Sunny estava tenso, mas não apertou suas mãos para não amassar a flor. 

Kel: -Beleza, então. Bora lá. -Sunny oferece a mão para Kel para poder guia-lo até o tal lugar e assim eles vão. 

Hero: -Ah jovens...Finalmente meu irmão tá desencalhando, vou até preparar alguma coisa bacana pra ele comer quando chegar. -Ele volta para dentro de casa e começa a preparar algo para quando seu irmão voltar do tal encontro. 




Continua...




-Nota do Autor: Eae, gente, eu não morri. Olha que lindo. Bom, eu tava mal porque eu peguei apego emocional a uma pessoa e isso me deixou péssimo, eu não tava nem conseguindo focar nos meus estudos direito, mas agora eu tô melhor e prometo focar mais aqui, talvez próximo mês saia até 2 ou 3 capítulos em vez de 1 só. 
E é isso, fiquem bem! Amo vocês que acompanham essa bomba escrita por um viado aleatório na pqp do Rio Grande do Norte :)-   





 

 



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