𝟏𝟒 ━⠀" o que isso nos torna? "⠀♡

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[ ⚠️ TW: Sexo explícito. ]

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Fyodor agora estava mexendo no celular, sentado na cama com as costas apoiadas na cabeceira. Ele havia se trocado e agora estava com uma calça moletom cinza e uma blusa preta larga. Todos que iriam dormir na casa do pai do ucraniano levaram dois pares de roupa extras; um para dormir e um para voltarem para casa no dia seguinte.

Seu olhar correu para a porta do banheiro quando ouviu o chuveiro ser desligado, e então, viu Nikolai sair do local. Apenas com a calça do pijama, que estava desnecessariamente baixa, mostrando parte do V abaixo de seu abdômen. Fyodor jamais diria em voz alta, mas que vista maravilhosa.

Inconscientemente, o russo acabou analisando o corpo de Gogol, que notou o olhar e deu uma risadinha. Era como se o olhar arroxeado queimasse sua pele por si só.

━ Sabe que eu tô vendo o jeito que você me olha, né? ━ O platinado indagou, com um sorrisinho no rosto, se aproximando do rapaz sentado. ━ Você sequer se dá ao trabalho de esconder.

━ Esconder o que? ━ Dostoy perguntou, seu olhar subindo para o rosto do outro, enquanto largava seu celular na cama.

━ Nada não. ━ Ele respondeu, negando com a cabeça. ━ Anda, você prometeu. ━ Gogol se referia ao beijo que o garoto o disse que daria.

Era nítido o jeito que Fyodor comia Nikolai apenas com os olhos. Já havia pego o russo olhando seu corpo vez ou outra, tipo o dia da festa da piscina. Mas nunca olhando assim. Entretanto, aquilo não era um incômodo para ele, já que gostava de se sentir desejado, ainda mais se fosse por Dostoyevsky.

Enfim, o de olhos roxos se desencostou da cabeceira, ficando de frente para Gogol. Ele se inclinou um pouco e então os lábios se tocaram em um beijo calmo. Ao menos, foi calmo no começo.

Segundos depois do início do beijo, as mãos de Nikolai que antes seguravam o rosto do russo, agora estavam descendo o corpo deste, indo até sua cintura, segurando com firmeza. O gesto fez o corpo inteiro do de cabelos pretos se arrepiar. Talvez o sabor alcoólico em ambas as bocas aumentasse a sensação de tudo.

O que antes era um aperto, se tornou um puxão, que resultou em Dostoyevsky acabar sentado no colo do ucraniano, que descia os beijos até o pescoço do outro.

Era como se Fyodor estivesse fora do ar, e só tivesse voltado por causa da mordida de força mediana que Gogol deu em sua pele. Doeu um pouco, mas não era forte o suficiente para deixar marcas no dia seguinte.

━ Kolya... Acho que devíamos parar. ━ O russo disse. Novamente, ele tentava convencer a si mesmo. ━ Você gosta de outra pessoa, deveria se guardar para casar com ela, e eu devia fazer a mesma coisa.

━ Mas você quer parar ou acha que tem que parar por que sua religião diz tal coisa? ━ Nikolai indagou, e o silêncio de Dostoyevsky já respondia tudo. ━ Entre o certo e o errado, eu faço o que me dá vontade, você devia fazer o mesmo.

Fyodor murmurou algo em russo, mas o platinado não estava prestando tanta atenção. Entretanto, sorriu ao sentir os lábios do amigo contra os seus próprios, entendendo aquilo como um tipo de permissão para prosseguir. Suas mãos subiram e entraram por baixo da camisa do outro, o toque frio contrastando com a pele quente do russo em cima de si.

Dostoy nunca pensou em tal coisa acontecendo ━ não que ele se lembrasse, ao menos. ━ mas, nunca em toda sua vida, seria capaz de adivinhar que o ativo fosse ser Nikolai, assim como também nunca adivinharia que sua primeira vez seria com ele.

‣ Sin and Liberty.⠀ ♥︎⠀﹫ FyolaiOnde histórias criam vida. Descubra agora