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Faziam dias que Minho não falava com Jisung. Todas suas tentativas falhavam, já que era ignorado na maior parte do tempo. Até Mark tentou lhe ajudar, mas foi em vão.

- cara, só vai na casa dele.

- ele não vai atender.

- então pede para um dos amigos do Jisung abrir, eles não moram juntos?

- você acha mesmo que vão me deixar entrar depois do que eu falei?

-era só não ter mentido e ficado calado. _ Changbin rebateu.

- eu só não te meto o murro porque somos amigos. _ Minho se levantou _ eu vou indo.

- boa sorte. _ Bang Chan desejou.

Aflito, era isso que Minho estava sentindo do caminho de sua casa até o caminho da casa de Jisung. Obviamente ele e nem os amigos abririam a porta, mas não custava tentar. Gostava muito do cacheado para deixa- ló ir.

Encostou seu carro na frente da casa, e desceu do veiculo, suspirando logo em seguida. Andou em direção a porta e bateu uma vez. Iria bater uma segunda vez, até que a porta foi aberta, revelando Haechan e Jisung atrás dela

- a gente se fala depois Ji _ avisou o amigo _ resolve isso. _ sussurrou Haechan quando passou ao lado de Minho.

Quando Haechan saiu de perto, Jisung rapidamente tentou fechar a porta, mas Minho a segurou com força, impedindo-a de ser fechada.

- solta Minho.

- não, eu quero que me escute primeiro.

- acho que já escutei o suficiente nesses últimos dias.

- sobre aquilo...

- o que? vai me dizer que foi no automático? ou que queria me "proteger"? Me poupe Minho.

- era só que eu não queria que você sofresse de novo.

- para isso, teria sido melhor ter ficado calado. Eu não ligo para o que os outros falam, tudo o que você diz faz mais efeitos do que pensamentos de terceiros. Confiei em você, confiei nas suas palavras. Falou aquilo por diversão? alguma aposta? Gostou de ver a minha cara de idiota ao escutar as palavras vindo de você?

- não foi isso... Me deixa explicar o que aconteceu.

- Eu vou te falar o que aconteceu. Todas as vezes, eu me encontrava perdido em pensamentos, refletindo sobre a vida que eu escolhi viver, acontecimentos que ocorreram durante esses meses, e sobre sobre as pessoas que fazem parte da minha vida. Em uma dessas reflexões, eu percebi o quanto você foi especial pra mim.
Em um mundo como esse, cheio de altos e baixos, foi muito reconfortante ter você ao meu lado. Sua presença trouxe luz aos meus dias sombrios naquela faculdade, e esperanças quando meu caminho pareceu incerto. Você foi como uma âncora em meio uma tempestade, me mantendo firme e seguro.
Mesmo diante de vários desafios, nossa conexão permaneceu forte e inabalável. Eu achei que teríamos um ao outro para apoiar e amar, mas você me provou o contrário dias atrás.
Mesmo estando sozinho, sempre que eu olhava pra você, percebia um verdadeiro companheiro ao meu lado. Eu gosto de você Minho. Você me ajudou tanto quando eu precisei. O que ouve com o Minho que me abraçou quando eu tive duas crises de ansiedade? O que ouve com o garoto que me levou para um lugar afastado, apenas para dizer que gostava de mim?
Eu sinto muita falta desse Minho, mas acho que ele era apenas um personagem fictício da minha cabeça.

Han estava lacrimejando enquanto dizia todas aquelas palavras. Já Minho, se sentiu triste e culpado pelo que fez, ele realmente não havia pensado direito no momento em que disse aquelas palavras, mas estava começando a aceitar as palavras de Chang.

Em toda sua vida, nunca sequer pensou em se assumir assim do nada para todo mundo, queria terminar o segundo ano da faculdade antes. Mesmo tendo se formado no ensino médio, o Minho adolescente ainda estava dentro de si, o fazendo dizer coisas que só o Minho de dezesseis anos diria na frente de todo mundo. Se sentiu arrependido de ter machucado seu garoto, precisava pensar uma maneira de provar para Jisung que realmente o amava.

- por favor, saia da minha casa. Eu preciso de um tempo...

- Ji por favor...

- Minho, só vai embora e me dá espaço _ viu Jisung ir até a porta da frente e abri-la, esperando que ele saísse de lá.

.

.

.

- o Ji vai conversar com você, eu acho. _ Mark tentou lhe acalmar.

- você acha?

- eu nunca vi ele assim Minho, não posso te confirmar que ele realmente vá te perdoar.

Estavam reunidos na casa do Lee, após fazer uma ligação para os amigos avisando que deu tudo errado. Agora estava ali, deitado em sua cama, recebendo sermão e conselhos de quem ele chamava de amigo.

- só tem uma maneira de você se resolver com ele. _ Minho levantou a cabeça, esperando que Haechan lhe desse uma resposta _ contando a verdade sobre vocês.

- não existe saída Lee, ou você assume o Jisung, ou ele nunca mais vai olhar na sua cara.

Os presentes no quarto viram Minho pensar um pouco. Estava cansado de tudo aquilo, fingir ser alguém que ele não é, afinal seu pai não estava mais lhe controlando como antes.

- acho que sei o que fazer.

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𝙸𝚗  𝙰  𝚆𝚘𝚛𝚕𝚍  𝙻𝚒𝚔𝚎  𝚃𝚑𝚒𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora