Um momento
Logo antes de toda a música e dança
Não tive coragem de te contar
Mas não haverá outra chance.
Lordes e senhores se reuniram em fileiras solenes, vestindo roupas escuras e rostos pesarosos, suas expressões refletindo a tristeza pela perda da nobre dama. Criados discretos circulavam, oferecendo bebidas e aperitivos aos enlutados, enquanto o som suave dos cânticos do Septão ecoava pelo ar.
- Amados irmãos e irmãs. - começou ele, sua voz carregada de reverência. - Hoje nos reunimos para prestar homenagem a uma alma querida que partiu deste mundo. Laena Velaryon partiu para os braços dos Sete, deixando para trás um legado de bondade, nobreza e coragem.
A rainha Alicent Hightower, acompanhada por seus filhos e membros proeminentes da corte, estava posicionada próxima ao caixão de Laena, coberto por um pano de seda azul com o brasão da Casa Velaryon bordado em fios dourados.
- Que possamos nos consolar na certeza de que seu espírito está em paz, e que sua memória permanecerá viva. - o Septão se calou por um instante, seu olhar compassivo passou pela multidão até encontrar Lord Corlys Velaryon, o patriarca da Casa Velaryon e pai de Laena. - Que os Sete a recebam em seu seio e concedam-lhe paz eterna.
Após as preces finais, os presentes se reuniram silenciosamente nas margens de Driftmark, onde o caixão de Laena Velaryon foi colocado.
Lord Corlys Velaryon, com uma expressão solene, dirigiu-se ao caixão de pedra de Laena, pressionando as palmas contra ele.
- Do mar viemos. - começou ele, sua voz carregada de emoção contida. - E a ele retornaremos.
Ele respirou fundo, reunindo toda a sua força interior enquanto empurrava o caixão de Laena para as profundezas do mar. Seus músculos tensos, seu coração pesado com o peso da despedida, ele observou em silêncio enquanto o caixão afundava lentamente abaixo da superfície.
Atrás dele, Rhaenys Targaryen soluçava alto, sendo amparada pelas netas que também choravam.
Em meio ao soluço de Rhaenys e ao silêncio que envolvia os outros presentes, a cerimônia de despedida chegou ao seu fim.
Alicent, com um gesto suave, chamou seus filhos para seguir adiante. - Vamos entrar, queridos. - disse ela, sua voz tingida de uma calma reconfortante.
As crianças assentiram em silêncio. Juntos, eles seguiram Alicent de volta para o interior do castelo, sem perceber os dois pares de olhos lilases que os observavam de longe, cheios de curiosidade.
Rhaenyra, incapaz de encontrar paz na quietude da noite, sentiu-se impelida a sair de seus aposentos. Com passos determinados, ela atravessou os corredores silenciosos do castelo, seu coração pesado com os pensamentos turbulentos que a assombravam.
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𝐀𝐒𝐂𝐄𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐎𝐔 𝐑𝐔𝐈𝐑
FanfictionA ideia de que um lado não pode viver enquanto o outro existir reflete uma dualidade fundamental na natureza humana e nas relações de poder. Essa filosofia sugere que a existência de dois adversários irreconciliáveis cria uma condição de constante c...