Agora você nunca me verá chorar
Simplesmente não há tempo para morrer
Eu deixei queimar
Você não é mais minha preocupação.
- Para vocês, queridos irmãos, encontramos os dragões perfeitos. - assegurou Aegon, conduzindo os mais novos até o fosso.
Apesar de suspeitar que era uma mentira, Rhaella seguiu-os, motivada por Aemond.
O pequeno príncipe saltitava de felicidade ao seguir o irmão mais velho. Era de amplo conhecimento no reino que seu maior sonho era possuir seu próprio dragão.
- Onde os encontrou, Aegon? - perguntou de forma inocente, apertando a mão do irmão mais velho.
- Em uma floresta distante. - disse ele, enquanto chegavam à entrada do fosso. - Vocês precisarão ser muito corajosos para montá-los.
Aegon os conduziu para dentro do fosso, onde a escuridão era densa e o ar pesado, impregnado com o odor de carne queimada e dragão.
- Está logo ali na frente. - o mais velho apontou para um ponto escuro. - Não posso ir além.
Aemond avançou com hesitação até o local indicado, suas mãos tremiam levemente enquanto se aproximava. Entre a penumbra, o contorno de dois porcos gordos começaram a se definir, suas asas de papel balançando de forma ridícula.
- Aemond, Rhaella. - zombou Aegon. - Conheçam o Fumacinho e o Terror Rosa.
- Cuidado, tio Aemond. - riu Jacaerys, emergindo da escuridão com seu irmão mais novo. - São dragões bastante ferozes.
- Os únicos dragões que irão ter, tios, já que seus ovos não eclodiram. - gargalhou Lucerys, inclinando-se sobre o irmão.
Aemond sentiu-se humilhado, e seus olhos se encheram de lágrimas diante da zombaria. Rhaella, por sua vez, estava tomada pela raiva diante das palavras cruéis do irmão e sobrinhos.
Entretanto, antes que pudessem responder, uma voz firme e autoritária ecoou no fosso.
- O que está acontecendo aqui? - o guarda do fosso apareceu, atraído pelo alvoroço.
Os garotos, ainda rindo, correram para fora do fosso, deixando Aemond, Rhaella e os porcos com asas de papel para trás. Os irmãos ficaram ali, sentindo-se abandonados e humilhados, enquanto os observavam desaparecerem na escuridão. Aemond limpou as lágrimas com raiva, enquanto Rhaella cerrava os punhos, determinada a não deixar aquela humilhação passar impune.
- Não houve nada, Sor. - declarou Rhaella ao guarda, sua voz embargada pela frustração. - Por favor, saia do caminho. Estamos indo embora.
Sem esperar pela resposta do guarda, os irmãos saíram do fosso e se dirigiram diretamente para os aposentos da rainha. Determinados a relatar o incidente à mãe, buscar consolo e orientação diante da cruel zombaria para com eles.
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𝐀𝐒𝐂𝐄𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐎𝐔 𝐑𝐔𝐈𝐑
FanficA ideia de que um lado não pode viver enquanto o outro existir reflete uma dualidade fundamental na natureza humana e nas relações de poder. Essa filosofia sugere que a existência de dois adversários irreconciliáveis cria uma condição de constante c...