[II] no time to die

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Agora você nunca me verá chorar

Simplesmente não há tempo para morrer

Eu deixei queimar

Você não é mais minha preocupação.

- Para vocês, queridos irmãos, encontramos os dragões perfeitos

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- Para vocês, queridos irmãos, encontramos os dragões perfeitos. - assegurou Aegon, conduzindo os mais novos até o fosso.

Apesar de suspeitar que era uma mentira, Rhaella seguiu-os, motivada por Aemond.

O pequeno príncipe saltitava de felicidade ao seguir o irmão mais velho. Era de amplo conhecimento no reino que seu maior sonho era possuir seu próprio dragão.

- Onde os encontrou, Aegon? - perguntou de forma inocente, apertando a mão do irmão mais velho.

- Em uma floresta distante. - disse ele, enquanto chegavam à entrada do fosso. - Vocês precisarão ser muito corajosos para montá-los.

Aegon os conduziu para dentro do fosso, onde a escuridão era densa e o ar pesado, impregnado com o odor de carne queimada e dragão.

- Está logo ali na frente. - o mais velho apontou para um ponto escuro. - Não posso ir além.

Aemond avançou com hesitação até o local indicado, suas mãos tremiam levemente enquanto se aproximava. Entre a penumbra, o contorno de dois porcos gordos começaram a se definir, suas asas de papel balançando de forma ridícula.

- Aemond, Rhaella. - zombou Aegon. - Conheçam o Fumacinho e o Terror Rosa.

- Cuidado, tio Aemond. - riu Jacaerys, emergindo da escuridão com seu irmão mais novo. - São dragões bastante ferozes.

- Os únicos dragões que irão ter, tios, já que seus ovos não eclodiram. - gargalhou Lucerys, inclinando-se sobre o irmão.

Aemond sentiu-se humilhado, e seus olhos se encheram de lágrimas diante da zombaria. Rhaella, por sua vez, estava tomada pela raiva diante das palavras cruéis do irmão e sobrinhos.

Entretanto, antes que pudessem responder, uma voz firme e autoritária ecoou no fosso.

- O que está acontecendo aqui? - o guarda do fosso apareceu, atraído pelo alvoroço.

Os garotos, ainda rindo, correram para fora do fosso, deixando Aemond, Rhaella e os porcos com asas de papel para trás. Os irmãos ficaram ali, sentindo-se abandonados e humilhados, enquanto os observavam desaparecerem na escuridão. Aemond limpou as lágrimas com raiva, enquanto Rhaella cerrava os punhos, determinada a não deixar aquela humilhação passar impune.

- Não houve nada, Sor. - declarou Rhaella ao guarda, sua voz embargada pela frustração. - Por favor, saia do caminho. Estamos indo embora.

Sem esperar pela resposta do guarda, os irmãos saíram do fosso e se dirigiram diretamente para os aposentos da rainha. Determinados a relatar o incidente à mãe, buscar consolo e orientação diante da cruel zombaria para com eles.

𝘈𝘴𝘤𝘦𝘯𝘥𝘦𝘳 𝘰𝘶 𝘙𝘶𝘪𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora