Você pode caminhar direto pelo inferno com um sorriso
Você pode ser um herói, você pode conseguir o ouro
Quebrando todos os recordes que eles pensavam que nunca seriam quebrados
Sim, faça isso pelo seu povo, faça isso pelo seu orgulho
Como você vai saber se nem sequer tenta?
No vasto jardim florido, Helaena estava concentrada em duas esguias borboletas que pousaram em seus dedos. Sua mãe, Alicent, ouvia atentamente cada palavra que ela dizia.
— São borboletas-monarcas. — Helaena sorriu, levantando a mão devagar para mostrá-las à sua mãe.
— Como podemos identificá-las? — perguntou Alicent, contente por ver sua filha tomar a iniciativa de conversar.
— Pelas asas, elas possuem um tom laranja vibrante, com bordas pretas e pequenas manchas brancas. — ela apontou com a mão livre. — Ou pelo corpo, essa espécie é maior que as outras e apresenta manchas por todo lado.
— Não existem outras variações de cores para esta espécie? — comentou intrigada.
— Todas nascem com a mesma aparência, mas seus hábitos, deformações ou ambiente podem causar variações. — explicou pacientemente. — Não é vantajoso destacar-se nesta espécie; apenas aqueles que nascem ou vivem de forma errada são notados.
Isso me soa familiar, pensou Alicent.
— É reconfortante que a maioria nasça como deveria, não é? — disse solenemente, acariciando os cabelos da filha.
— Em certas espécies, apenas os exemplares normais e corretos são considerados dignos de sobrevivência. — afirmou com seriedade. — Se os errôneos e anômalos tomarem conta, toda a beleza e a herança pacífica dos originais serão comprometidas.
— E como elas resolveriam isso? — indagou, franzindo levemente a testa. — As borboletas normais, quero dizer.
— No mundo animal, quando uma cria nasce fora dos padrões, geralmente é morta e devorada pela própria mãe. — ela chacoalhou a mão, fazendo as borboletas voarem. — Mas os humanos não seriam capazes disso, mesmo que tentassem.
— Os problemas simplesmente não existiriam se fôssemos assim. — respondeu, sorrindo com um toque brincalhão. — Sem divergências, sem equívocos.
— Talvez. — Helaena ponderou.
— Majestade. — o homem se aproximou sorrindo em direção a elas. — Princesa.
— Sor. Criston. — cumprimentou Helaena, acomodando-se ao lado dos dois.
— Algum problema? — perguntou a rainha, com uma expressão preocupada.
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𝐀𝐒𝐂𝐄𝐍𝐃𝐄𝐑 𝐎𝐔 𝐑𝐔𝐈𝐑
FanfictionA ideia de que um lado não pode viver enquanto o outro existir reflete uma dualidade fundamental na natureza humana e nas relações de poder. Essa filosofia sugere que a existência de dois adversários irreconciliáveis cria uma condição de constante c...