Diego Souza
- As pessoas deveriam ter chips implantados na cabeça, que explodem quando fazem algo estupido - Max estava no telefone reclamando pela décima vez em três minutos de ligação, e eu estava à beira de uma explosão.
- Me desculpe por interromper, princesa, mas você está reclamando há três minutos e ainda não me disse por que está me procurando novamente - Respirei fundo. - NO MEU DIA DE FOLGA.
- Está ficando louco, Souza? - Ele respondeu, sua voz carregada de irritação.
- Não estou em horário de serviço - eu disse, engolindo em seco.
- Qualquer hora é seu horário de serviço - Ivy murmurou, rindo.
- O que precisa, senhor White? - perguntei, quase choramingando.
- Às vezes é muito difícil ter mais neurônios que o resto da humanidade - ele murmurou irritado do outro lado da linha, como se tivesse encontrado outro problema, enquanto eu sentia meu dia de folga escapando mais uma vez entre meus dedos - Preciso de alguém da equipe de design gráfico e um programador da Rubi, fizeram uma enorme besteira no site da loja. O banner está horrível aos olhos e o zoom das imagens não está funcionando.
- Eu posso arrumar isso - respondi, sabendo que esses pobres coitados certamente seriam demitidos. Rubi era uma boutique muito famosa na Califórnia, suas roupas eram altamente desejadas, e o ponto forte da marca eram as vendas online.
- Se fosse para você arrumar, eu não teria pessoas contratadas para isso, Souza, ou eu mesmo faria. Se precisar, dobre a hora extra, mas eles vão consertar essa bagunça que fizeram.
- Irei entrar em contato - Respirei fundo, segurando a má resposta na ponta da língua, mas pegando o meu telefone para entrar em contato com o designer gráfico e o programador - Ainda está na empresa?
- Estarei até às 20:00 - respondeu.
- Certo, tenha um bom fim de semana, senhor White - disse por fim, desligando o telefone sem esperar por uma resposta, mas entrando em outra ligação em seguida, pedindo um almoço para Max, pois com certeza ele teria se alimentado ainda. Sempre que estava irritado ou concentrado demais, ele se esquecia de se alimentar.
- Que gracinha ele pedindo almoço para o maridinho - Oliver disse rindo ao ver que desliguei a ligação com o restaurante.
- Me jogando praga uma hora dessas? - respondi fazendo careta. - Só estou fazendo meu trabalho. Ele não consegue nem mesmo lembrar de se alimentar quando está atolado no trabalho!
- Ah, claro, porque o Maximilian é o tipo de cara que precisa de alguém para cuidar dele - meu pai riu, tomando um gole de seu vinho. - Ele provavelmente se alimenta de ego, não sei porque se preocupa.
- Mas temos que admitir que ele ficaria uma gracinha usando um babador - Ivy brincou, arrancando risadas de todos.
- Não diga isso, Diego vai querer dar na boquinha dele - completou Oliver.
- Me erra, Oliver! - respondi com uma careta.
- Se precisar de conselhos amorosos, estou à disposição - disse Oliver, provocando risos na sala.
- Aí é que está o problema, o fundo do poço, oferecendo ajuda para o subsolo - Ivy riu alto, fazendo meu pai rir junto enquanto eu e Oliver os encaramos com cara feia.
- A única coisa que preciso é de dois litros de um pérgola, e talvez de um feitiço para fazer o Maximilian sumir por um tempo.
- Está com uma taça de vinho branco cheia na mão, e está pensando em pérgola - meu pai riu - Estou começando a achar que está doente de amor ou é vício.
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Arrogância
HumorDiego Souza, um brasileiro de 28 anos, dedicou uma década à White's Corp, sob a liderança do infame CEO, Maximilian White, conhecido como "Senhor Arrogância". Na ensolarada Califórnia, Diego, o secretário, enfrenta as tempestades diárias da empresa...