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No dia seguinte...

— Estou exausto — Edward reclamou se jogando no sofá onde os amigos estavam.

— A gente teve a noite toda pra dormir. O que aconteceu? Invadiu o corredor das garotas logo no primeiro dia? — Frank questionou.

— Ah claro, até porquê eu tenho cara de quem veio aqui pra quebrar regras né? — Ed revirou os olhos — o Andrew ficou conversando com a Evy por horas no telefone. Falando um monte de merda pra ela e mentindo ainda mais.

— Casal apaixonado é a pior coisa do mundo.

— Eles não são um casal apaixonado — Edward revirou os olhos.

— Bom dia com alegria — Rachel apareceu com um sorriso animado no rosto — nossa o que é essa cara? — ela sentou ao lado de Edward.

— Você não está dividindo o quarto com a Evelyn? — Edward perguntou.

— Sim.

— Como você não ficou incomodada com ela no telefone?

— A Evy? Ela não estava no telefone. Nós vimos filmes a noite toda e ela adormeceu depois.

— Como assim vocês são amigas agora? — Frank perguntou.

— Dane-se isso. Como assim ela não estava no telefone? O Andrew tava conversando com uma menina no telefone ontem. — Edward franziu o cenho.

— Bom, essa menina não era a Evelyn — Rachel balancou a cabeça negativamente.

— Não acredito que ele está traindo ela.

Nesse momento, Andrew saiu do corredor com as mãos no bolso e uma expressão despreocupada.

— Você é muito idiota mesmo né? — Edward o confrontou.

— Com que motivação você vai brigar comigo hoje? — Andrew cruzou os braços.

— Você não estava falando com a sua namorada ontem.

— Estava. Só não era a Evelyn — ele riu — não tenho culpa se a sua amiga aceita as minhas desculpas mais estúpidas pra não fazer os deveres de casa. Ela é tão ingênua, tadinha.

— Eu te odeio — Edward rosnou.

— Eu tenho a certeza disso — Andrew bateu levemente no ombro do Edward.

Quando dava a segunda batidinha, Edward pegou na mão dela e moveu-a no sentido contrário enquanto o ex amigo tentava se livrar do toque.

— Para Edward — Evy se meteu no meio dos dois.

— Ahh Evy — Frank reclamou — eu queria ver o Edward quebrar a mão dele.

— Claro, e você também iria conseguir livrar ele do problema que seria isso? — Rachel ralhou.

— Você tá maluco? — Andrew empurrou Edward. — Você ia quebrar a minha mão.

— No outro dia, você disse arrebentaria a minha cara. Porquê não estava conseguindo se defender de um toque tão delicado? — Edward debochou — Eu vou acabar com você.

— Eu não tenho medo de você — Andrew fez frente — você não seria capaz de quebrar as regras do papaizinho, seria? — ele abriu um sorriso sarcástico.

— Andrew, para. — Evy pediu

Edward quase foi pra cima dele, mas Rachel se levantou em tempo de impedir, colocando as mãos no peito dele.

— Pensa direito no que você tá fazendo — Rachel afastou-o e levou-o pra outro canto da sala — não vale a pena Edward.

— Ele consegue me tirar do sério e faz isso de propósito.

— Ele quer fazer você negar seus princípios. Se você não se controlar, ele vai tirar mais isso de você — Rachel disse com firmeza.

Edward suspirou.

— Você tem razão — ele concordou, ainda tenso. Rachel deu-lhe um selinho.

— Eu sei que não é de mim que precisa agora. Mas você precisa se acalmar pra poder pensar com clareza — deu-lhe outro — sei lá, pensa que eu sou ela.

— Eu não posso continuar fazendo isso com você — Edward enterrou a cabeça no ombro dela.

— Eu não me incomodo. De verdade — ela levantou a cabeça dele e o beijou — não se preocupa com os meus sentimentos — ela tornou a beija-lo até ele finalmente corresponder — pensa que eu gosto de enrolados. Pensa que eu odeio usar meias, pensa que eu jogo volei. Pensa que eu sou sua melhor amiga de infância e que agora, estou correspondendo aos seus sentimentos.

— Isso não é certo — ele murmurou.

— Errado é você continuar esperando por ela parado. — ela deu outro beijo nele — e mais errado ainda é você ficar de braços cruzados enquanto sua amiga está sendo feita de idiota.

— O que você quer que eu faça? Eu já fiz de tudo.

— Você ainda não contou a verdade sobre a aposta.

— Ela não vai acreditar em mim.

- Nada te garante isso. Tenta. Se ela não acreditar, a gente procura provas e mostra pra ela — Rachel sugeriu — a gente não pode deixar ela se machucar.

— Você vai me ajudar mesmo?

— Claro que vou — ela sorriu — mas enquanto isso, eu posso ir matando a saudade que sei que vou ter quando vocês finalmente namorarem.

Edward riu. Não estava tão certo de que eles realmente namorariam.

Continua...

Um Skate, Um Sorvete e Um SorrisoOnde histórias criam vida. Descubra agora