¹⁹ Xolo rima com tolo

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Abro meus olhos lentamente, meus cabelos desalinhados cobriam meu rosto consideravelmente, noto o quanto tenho uma certa dificuldade para levantar qualquer parte do corpo do sofá

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Abro meus olhos lentamente, meus cabelos desalinhados cobriam meu rosto consideravelmente, noto o quanto tenho uma certa dificuldade para levantar qualquer parte do corpo do sofá. Meus membros inteiros doíam, parecia ter tomado uma surra, sinto o desconforto do que uma noite mal dormida pode fazer com todo meu corpo.

Tentei ir embora noite passada, mas a porta trancada e a chave fora da maçaneta me fez sentir a derrota nos ombros, e talvez mais pesada do que eu costumava aguentar. Tentei ficar acordada, porque tive medo de dormir e ser acordada com o homem em cima de mim tentando arrancar minhas roupas novamente, porém, meu esforço foi jogado totalmente fora. Eu estava tão esgotada que sentia minhas pálpebras pesarem mais do que uma tonelada, o que foi difícil me manter acordada.

Noto a escuridão presente no ambiente, passo os dedos sobre os lençóis sentindo o macio, no mesmo instante em que noto estar deitada em uma cama e não no sofá como eu achava estar, tudo isso me faz levantar imediatamente dali, porém, péssima ideia para minha pressão que quase me faz cair entre as pernas de tão tonta que fiquei.

- Não encoste em mim!- Gritei alto, mantendo minhas mãos em frente ao meu corpo e com os punhos fechados.

Merda, talvez eu estivesse um pouco paranóica demais. Porque só depois de notar que a cama estava vazia, e de que eu provavelmente estava sozinha no quarto foi que baixei a guarda.

Passei as mãos no braço, tentando arrancar o toque do maldito jogador, porque ele havia me pegado do sofá e colocado na cama, só não sei em que momento isso aconteceu.

Mas, de qualquer forma, eu teria que tomar um banho, daqueles em que faltamos arrancar a pele com a escova para tirar sujeiras indesejadas.

Não tive tempo de repensar muito no que aconteceu, já passavam das nove horas e temo que Manu já esteja me esperando, e sendo sincera hoje não é um dia em que meus neurônios consigam formular uma desculpa esfarrapada em que ela consiga acreditar, não logo de manhã.

Vou em direção ao banheiro, jogo água em todo rosto, não quero sair com cara de derrotada, apesar de ser exatamente isso. Pego o elástico preto do pulso prendendo o cabelo em um coque apertado, passo as mãos molhadas nos fios, tentando abaixar os frizz que insistem em se manter de pé. Talvez eu devesse alisá-lo de novo...

Era uma merda, mas minhas roupas ainda estavam úmidas, aquele maldito jogador me pagaria por cada gota que me matou de frio pela madrugada, óbvio, não iria arriscar dormir nua, não com aquele maníaco no mesmo espaço quadrado que eu.

(...)

Mal entro dentro do quarto e vou em direção ao banheiro, tiro as peças de roupas enquanto adentro o box, deixando os jatos de água me banharem, queria que de certa forma toda energia ruim, toques sujos e beijos repulsivos fossem ralo a baixo, mas a realidade não era bem essa.

Encosto a cabeça no azulejo e coloco as mãos no rosto. Meu estômago revira, sinto minha visão turva, minhas pernas falham por um momento e preciso fechar os olhos e me concentrar para não cair no chão. Isso era porque não tomei café da manhã ainda?!

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