²¹ detetive

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Aparentemente, não há como libertar o parasita sem eliminar o hospedeiro

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Aparentemente, não há como libertar o parasita sem eliminar o hospedeiro

Em termos fácies: Não há como fazer com que Neymar pare de coagir, perseguir e ameaçar a Bruna continuando vivo. Não que eu estivesse pensando em levá-lo para o buraco, mas, há algo pronto para despertar dentro de cada ser humano quando quem é importante para si é ferido, mesmo que isso custe sua carreira.

Pela milésima vez, eu olhava as fotos, vídeos e mensagens em meu celular, sendo elas enviadas do detetive em que eu havia contratado para cuidar da integridade de Bruna enquanto eu não estivesse em Atlanta. Claro, o homem sabia ser discreto, reforcei para que ficasse longe dos olhos da mulher, porque não queria desapontar Bruna com suas escolhas, por mais que eu soubesse que eram escolhas arriscadas e merda, me perdoe, mas eu seria maluco demais se a deixasse de mão, isso seria como se eu estivesse no escuro absoluto relacionado a Marquezine.

Seu trabalho era me informar imediatamente se aquele jogador chegasse perto dela novamente, porém não só chegou como a levou para outro hotel. Pelas fotos a mulher não parecia querer ter aquele encontro, evidentemente parecia estar apavorada, por mais que não demonstrasse.

Mesmo querendo o bem da Bruna e sabendo que de algum modo ela sabia se defender, eu não arriscaria deixá-la de vez, ainda mais depois que fui informado sobre outros dois seguranças e de que a coagiram entrar no carro do jogador. Então, o que o detetive fez foi segui-los e tirar foto do hotel em que haviam ido. O que me enfureceu ainda mais foi saber que ela só saiu no outro dia pela manhã, apenas quando o dia raiou.

Só de pensar no que ele pode ter feito com ela, meu sangue ferve e tenho vontade de socá-lo tantas vezes, que minhas mãos chegam a formigar, como se tivessem vida própria.

E estava longe e não pude fazer nada. Porque quis manter minha promessa de não telefonar ou enviar textos, mas quando acordei com sua ligação pela madrugada, confesso que não consegui parar de ligar e encher seu celular de mensagens, admito que às vezes eu não era bom em cumprir certas promessas.

Porque eu estava aqui. Com o carro parado em frente ao hotel que eu a hospedei, na ilusão de que toda segurança do lugar pudesse a deixar mais segura. Minha vontade era correr até ela e abraçar o mais forte que podia. Mas, eu me manteria dentro do carro, em uma distância considerável, na qual a mulher deixou claro que queria.

- Você não pode fazer isso, Lewis!- Meu irmão diz. - Já estamos no encalço dela desde o estúdio.

Não era mentira, porque desde que decidi pegar meu jatinho pela madrugada a única coisa que passava em minha cabeça era ver a mulher, mesmo que fosse de longe. Porém, eu não queria arrancar a sua privacidade, pelo contrário, só queria ter a certeza de que a veria chegar sã e salva depois de suas gravações para o filme. Porra, eu estava preocupado demais para não fazer isso.

- Eu sei que você está cansado, só mais alguns minutos e podemos ir embora!- Merda, era quase evidente o quanto eu estava desesperado para ver a mulher, mesmo que fosse de longe. Havia aquela fagulha de esperança que ela pudesse aparecer aqui fora.

THE RACES- Lewis Hamilton Onde histórias criam vida. Descubra agora