XIV - Daddy Issues.

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ATENÇÃO: ALERTA GATILHO (+14)
O CAPÍTULO PODERÁ CAUSAR GATILHOS DE HOMOFOBIA, VIOLÊNCIA E DADDY ISSUES. SE NÃO SE SENTE CONFORTÁVEL LENDO, PEÇO QUE PULE OS PRIMEIROS PARAGRÁFOS!

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Uma boa leitura. =[

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Jimin

Quando cheguei em casa, encontrei Soomin, minha mãe e meu pai sentados no sofá. Assim que eu atravessei a entrada da casa, meu pai se levantou e veio em minha direção com uma raiva exuberante, mas Soomin o segurou junto com mamãe.

Para! — Soomin gritou e papai se virou para ela, a dando um tapa no rosto.

Grite comigo outra vez e você vai dormir na rua, garota maldita! — Ele gritou e a empurrou, se soltando de mamãe e voltando a vir rapidamente em minha direção.

Eu fiquei paralisado. Mas que merda está acontecendo? Eu não conseguia fazer ou falar nada, não consegui proteger minha irmã, minha irmã que sempre se sacrificou por mim.

É assim que me agradece? É assim que recebo o agradecimento de tudo que fiz por você, moleque? Como pode ser tão desprezível?Tapeou meu rosto com força, fazendo que eu caísse ali no chão. — Viadinho de merda!

— Si Won, se acalme, por favor! — Mamãe pedia assustada.

— Me acalmar? Me acalmar, Ji Hyun? Como quer que eu me acalme!? Ele se virou para mamãe por um segundo, então voltou a me olhar. Seu olhar, além da raiva, havia nojo. Muito nojo. — Como pode fazer isso com a sua família? Seu inútil! — Ele começou a retirar seu cinto e antes que eu pudesse raciocinar, senti o arder do couro em minha pele.

Eu podia ver Soomin tentando vir até mim e se meter no meio, mas mamãe a segurava, provavelmente com medo que ela se machucasse.

— Para... — Eu falei baixinho entre os barulhos perturbadores daquele maldito cinto. Tudo estava doendo, fisicamente e psicologicamente. Eu não estava entendendo nada, não sabia o que estava acontecendo e muito menos como ele descobriu que eu sou gay, mas que porra!

Eu só podia sentir minha pele arder cada vez mais, as marcas tinham a cor avermelhada cada vez mais forte e eu não tinha como me defender sozinho, eu não tinha mais força alguma.

Para! Park Si Won! — Eu ouvi a voz de Soomin um pouco atrás e logo ela estava na minha frente, cara a cara com nosso pai. — Só encosta no meu irmão de novo se for por cima do meu cadáver. — Ela diz, parecendo chorosa.

— Soo min, não... — Eu falei baixo.

— Acha bonito defender uma merda dessas? O que é? Também faz parte dessa nojeira de bichinhas? Saia você e ele, então! Na minha casa não haverá pecadores como vocês, essa porra vai queimar no inferno e você está se queimando junto, Park Soomin! Ande, saia da frente se não quiser apanhar também! — Ele dizia aquilo me apontando, como se eu fosse algum tipo de animal.

— Lava essa boca maldita para falar do meu irmão, Park Si Won. Quem vai queimar no inferno aqui, é você, seu filho da puta. — Soomin diz irritada, mas outro tapa é dado em seu rosto. — Me bata o quanto quiser, eu não vou me ajoelhar diante de você nem que me torture. Jimin não é um bicho, ele é um humano como você, vocês dois vão ter o mesmo destino no final. Se realmente segue a Deus, deveria saber que ele ensinou a amar e respeitar o próximo, não odiar e massacrar o próximo por ele ser quem é. Se meu irmão é gay ou não, não é trabalho seu dizer se é pecado ou não, amar não é pecado, o que está fazendo que é o pior pecado que poderia cometer. — Ela se mantém confiante diante do mais velho, que vez ou outra deixava risadas espacarem num sopro. — Seus clientes não iriam gostar de saber que o senhor é alguém tão podre assim, não acha? O que eles achariam se soubessem que o homem que eles tanto respeitam, é violento com a mãe de seus filhos? E com os próprios filhos? Os mesmos que usou para vender a imagem de bom pai por tantos anos, Park Si Won. — Ela dava passos a frente e o mais velho ia cada vez mais para trás. — Repete essas merdas de novo, encosta nele de novo e eu juro por tudo que é mais sagrado que faço da sua vida um verdadeiro inferno. Eu não estou cursando direito atoa e você parece esquecer que seu genro é filho de policiais. — Ela parou de andar e tomou o cinto de suas mãos. — Eu tenho nojo de você, agora sei o porquê vovô te desprezava tanto, você merecia coisa muito pior do que as surras que ele te dava. — Se virou de costas e vindo até mim. Eu juro que nunca vi Soomin tão brava e tão forte dessa forma a ponto de amedrontar o nosso próprio pai.

Flores Em 𝖮𝗎𝗍𝗎𝖻𝗋𝗈 - 𝗃𝗂 𝗆𝗂𝗇 '& 𝗃𝗎𝗇𝗀 𝗄𝗈𝗈𝗄. | hiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora