O destino é caprichoso, e quando contrariado, pode ser cruel e ardiloso.
Em uma noite de lua azul, o destino cruzou os caminhos de Beatrice e Theodore em um acaso cheio de perigos, e o encanto que surgiu entre eles foi instantâneo, proporcionando um...
Olá meus amores... Beatrice não ficou muito feliz com o comentário que Theodore fez, como será que ele reverterá essa situação?
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Ao descer do táxi, percebo que o clima não está mais como antes, creio que meu comentário sobre a Fifi, a irritou, não era essa minha intenção, apesar de ser a pura verdade.
Após ser liberado rápido do hospital, o que creio ser devido ao nosso caso ter sido apenas hipoxemia¹ leve, e não uma descompressão mais grave. Eu estava gostando de como estava sendo a nossa conversa e esperava descobrir o porquê de seu desespero em ir para casa amanhã, pois ela contou com a sorte ao mergulhar hoje.
Andamos em silêncio por alguns minutos até que decido explicar minha fala anterior, e assim terminar com esse silêncio, pois quero saber mais sobre ela.
— Trixie, sobre o que falei antes da minha irmã, não me leve a mal, eu só falei daquele jeito dela, pois a Fifi é aquele tipo de menina que faz as coisas só porque outros estão fazendo, ou em casos piores, para agradar alguém em especial. Nas férias de verão, ela foi para uma festa e só porque o menino que ela gostava pediu, bebeu tanto que chegou carregada em casa por duas amigas.
Recordo bem daquele dia, meu pai não estava em casa e eu fui com minha mãe levá-la ao hospital. Ela estava tão mal que vomitou no carro todo. E o pior foi ela depois dizendo que só fez aquilo por querer ser descolada para o garoto.
— É, nesse caso não dá para te culpar por dizer isso, eu sempre adorei uma festa, mas nunca perdi o controle das minhas ações.
— Isso prova que você tem algum juízo. Juro que se fosse algo que pudesse beber, eu comprava para ela.
Trixie dá uma boa risada e acabo fazendo o mesmo.
— Quem sabe um dia não encontre algum lugar que venda.
— Acho difícil, a minha mãe sempre diz que juízo é bem amargo para tomar.
— De fato, tomar algo amargo, mesmo que só uma dose, é algo bem desagradável, mas pode ser que alguém faça um mais docinho. — Ela dá de ombros.
— Nunca se sabe. Agora mudando um pouco de assunto, você mergulha há muito tempo?
— Têm uns sete anos que comecei, mas no início eram apenas mergulhos mais rasos, não passava muitos dos 50 metros. Tem uns três anos que comecei a ir mais para o fundo.
— Incrível, e você já tinha ido muitas vezes à zona rarifótica?
A rarifótica é compreendida entre 130 e 300 metros de profundidade e possui muito pouca luminosidade. É uma zona ainda pouco explorada, mas rica em vida marítima.
— Essa foi minha primeira vez, o máximo que já tinha mergulhado é 120 metros.
— Está me dizendo que estava despreparada para aquela profundidade? O Tyler sabia disso?
