O destino é caprichoso, e quando contrariado, pode ser cruel e ardiloso.
Em uma noite de lua azul, o destino cruzou os caminhos de Beatrice e Theodore em um acaso cheio de perigos, e o encanto que surgiu entre eles foi instantâneo, proporcionando um...
O dia está prestes a terminar, e a Bea a ponto de surtar.
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O restante da tarde passou de forma bem tranquila, por um tempo esquecendo a pequena bomba que explodiu em nossas vidas, até mesmo Trixie relaxou minimamente, ao menos quando me tinha por perto, e por isso evitei me afastar dela.
Como Luigi precisa trabalhar amanhã bem cedo, e os Hwang não querem dormir mais uma noite em Aspen, por estarem se sentindo mal com a altitude, os três vão pegar o voo noturno para Los Angeles, saindo logo após o jantar.
Durante a despedida, dona Yoo-na falou algo que não consigo entender, por ser em coreano, o que me chama atenção não foi Trixie responder na mesma língua, e sim ver minha pequena revirar os olhos quando a avó tornou a falar. Não me passou despercebido que Luigi e Stella estavam rindo, o que só fez minha curiosidade ser atiçada.
Vindo até mim, Yoo-na fez um sinal para que eu me abaixasse, ela consegue ser ainda menor que a neta. Curioso, logo curvei o corpo.
— Ela pode ser difícil quando quer, mas é um tesouro de menina, se tiver um pouco de paciência, vai conseguir ser muito feliz com minha neta.
— Para estar com ela, terei toda paciência do mundo. — Dei uma breve olhada para minha pequena, uma promessa que pretendo cumprir. — E tudo que mais quero é fazer a Beatrice feliz e com ela ter uma família.
— Ótimo, eu quero muitos bisnetos.
Pelo visto a cobrança por bebês vem de todos os lados, por mim tudo bem, eu também quero ter vários filhos e mal posso esperar para realizar esse desejo.
— VOVÓ!
— Bisa, eu já falei para o Theo que quero irmãozinhos. — De onde esse menino surgiu? — Ele prometeu que vai dar quando se casar com a mamma.
Quando foi que disse isso? Eu só prometi que ele pode me chamar de pai e pedi para ter calma. Pelo visto sem querer criei muitas expectativas nele. Olho para Trixie, e não sei se ela está a ponto de desmaiar ou surtar, tadinha da minha pequena, ninguém facilita para ela, nem mesmo eu. Levantei o corpo e passo o braço por sua cintura, assim posso lhe dar algum apoio.
— Amigão, já conversamos sobre ir com calma.
— Tudo tem que esperar, não dá para ser mais rápido não?
Posso notar como todos estão rindo dessa cena, e não os julgo, se fosse eu do outro lado, também acharia graça. Ou talvez seja apenas o fato que assim como ele, também não quero esperar. Como meu garoto vai reagir ao saber que sou seu pai?
— Vovó, temos que ir ou vamos perder o voo.
— Está bem, Luigi. — Yoo-na nem ao menos olhou para o neto. — E Beatrice, trate de levar seu namorado para uma visita em nossa casa.
