Prólogo

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Eu olho, mas não consigo acreditar no que vejo, é impossível que seja real, só pode ser uma alucinação.

No entanto, a marca está bem ali no mesmo local do corpo, nítida e clara, como um dia a minha também foi, e como a de meu pai e avô ainda são. Não sou capaz de desviar o olhar e por mais que eu tente, não consigo compreender como isso é possível.

Como pode o garoto ter uma marca idêntica a marca de nascença de minha família?

Existe apenas uma explicação que faz sentido nesse momento e que justifique o porquê de ele ter a minha marca, bem como a razão dessa ligação tão forte que tenho com o baixinho.

Eu sou o seu pai legítimo.

Essa constatação me enche de alegria, pois o amo demais, desde a primeira vez que o vi, é como se ele fosse parte de mim. E agora vejo que realmente é. O meu sangue corre em suas veias.

Minha alegria, logo dá lugar à dúvida, e com ela a aflição ao perceber que posso ter sido enganado esse tempo todo. Se for assim, como ela foi capaz de algo tão cruel e sórdido?

Não... não é possível, eu vi a verdade em seus olhos quando me contou sua história, e por isso, tenho toda certeza do mundo que minha pequena não mentiu para mim, e que jamais seria capaz de tal coisa.

Mas será que ela ao menos suspeita da verdade? E se suspeitar, por que nunca se abriu comigo e me deixou saber dessa possibilidade?

O que deu errado lá atrás que me impediu de estar ao lado de meu filho desde o início de sua vida? Qual a explicação para tudo isso?

Só existe uma pessoa que pode esclarecer tudo e é atrás dela que irei.


Amo vocês!
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Destinos Cruzados na Lua AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora