08. Stronger

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Olá meus amores...
Bea não poderá voltar para casa,
mas será que é algo realmente ruim?

Bea não poderá voltar para casa, mas será que é algo realmente ruim?

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Beatrice

Em meio às lágrimas não derramadas, limpo os olhos, notando que ambos me olham com pena.

— Senhorita Conti não precisa chorar, é apenas um dia a mais que ficará em Nassau, não é tão ruim assim.

Entendo que o médico apenas está tentando me acalentar, mas nesse momento é algo impossível.

— Será muito ruim sim, eu preciso estar em casa amanhã à noite, realmente preciso estar lá.

Percebo que o médico olha para minha ficha, porém sei que ele não pode fazer nada.

— Eu sinto muito, senhorita. Por mais que seu quadro seja estável no momento, pode ocorrer efeitos tardios, e apesar de não ter sofrido uma grande descompressão, os gases corporais não mantiveram níveis normais. Não sabemos quais efeitos poderá causar em seu corpo, mas podem trazer riscos a sua saúde.

— Entendo, doutor. — Respondo cabisbaixa.

— Como seu médico, não posso lhe dizer para fazer seu voo como é de sua vontade, no entanto, amanhã a senhorita deve voltar ao hospital para que todos os seus exames sejam refeitos. E no caso de os resultados permanecerem positivos, ainda que eu não aconselhe a isso, poderá assinar um termo dizendo que está ciente sobre os riscos de voar e viajar como deseja.

Eu sempre ouvi que não se deve mergulhar um dia antes de fazer um voo, e por isso não se recomenda deixar os mergulhos para o último dia de uma viagem, pois se deve esperar no mínimo 12 horas antes de voar, ainda que o mais recomendado seja 24 horas.

Por mais que deseje estar com meus pais, jamais vou colocar minha vida em risco, eles não iriam me querer em casa sabendo disso, transformando seu aniversário em um dia de desespero comigo em um hospital. Portanto, não irei para casa amanhã, só não sei o que farei ainda.

— De qualquer forma, obrigada, doutor.

— É meu trabalho e de toda forma, por hoje a senhorita está liberada para voltar ao seu hotel e descansar.

— Está bem, mais uma vez, obrigada.

Ele acena com a cabeça e saí do quarto. E inevitavelmente meu olhar vai para o Theo.

— É a minha vez de agradecer, obrigado por me deixar ficar no quarto.

— Você salvou minha vida, era justo que ficasse.

A enfermeira Lima entra no quart e vem até mim, me auxiliando a descer da cama e após ela pegar minha bolsa, seguimos até o banheiro para que eu possa me trocar com privacidade. Ela sai na minha frente, pois preciso usar o banheiro, e ao sair, o Theo já está vestido, usando uma bermuda jeans e camisa regata. Noto que a enfermeira não está mais no quarto. Nós vamos juntos até a recepção onde preencho todos os papéis necessários por conta da internação.

Destinos Cruzados na Lua AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora