Capítulo 11: primeiro relance da verdade

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— Não acredito! — Exclamou Galaxy.

Ele largou o metal no chão. 672, ainda escondido, esperou que algo acontecesse, um grito, um pedido de socorro, sons que as pessoas fazem antes de morrer... porém nada. A morte prevista parecia não acontecer. Contudo, também não conseguiu sair do esconderijo, estava paralisado.

Tudo ficou silencioso.

672, imóvel, sentiu seu coração batendo em seus ouvidos. O tambor do medo estava ressoando a todo vapor, e ele começou a suar frio. "Ele morreu! Todos morreram, e só eu fiquei aqui, nessa sala de merda, com esse monstro de merda!" Pensou com raiva.

"Mas que caralho de situação de merdaa!"

E então:

— BUUU! — Gritou Galaxy aparecendo à sua frente.

— AI MEU CACETE! — Gritou 672 se assustando e batendo a cabeça no tampo da mesa.

— Hahahahaha! Bem feito! — Galaxy se virou para o outro lado como se falasse com alguém. — Tu já pensou que ele ia ficar escondido ali e me deixar morrer?

— Pois é meu irmão, o troço é foda mesmo. Eles deixam os outros levarem a bucha e não tão nem aí. Eu mesmo já morri por conta de você que também é um coiso e me deixou pra trás.

Ouvindo aquele jeito de falar, 672 saiu rapidamente do esconderijo, levantando e procurando por ele.

— DINO! DINOO! Não acredito! — E correu em sua direção.

Ele abraçou o colega sem ainda entender como ele poderia estar ali, inteiro e vivo. Galaxy também se uniu, esmagando os companheiros de guerra em um super abraço. O alívio era tanto que quase se tornava um objeto tangível.

— Pois é, tu também pensou que eu tava morto né? Todo mundo duvida das minhas super habilidades. — Falou enquanto era esmagado.

— Que super habilidade Dino? Você morreu duas vezes já!

— Mas uma delas não contou né?! Era a primeira vez que a gente tava em missão. — Se explicou Dino.

— E a segunda?

— A segunda foi na verdade um ato poético da minha existência. — Se esticou procurando parecer mais culto.

— Um o quê? — Soltaram o abraço, ainda em uma roda de conversa.

— Um ato poético, seus sem cultura. Porque só quando eu morri, pude renascer como Dino! O implacável! O destemido! — Fez algumas poses com os braços tentando exibir os músculos que não tinha.

— Sei, sei... e conta pra gente, senhor implacável destemido, como você se salvou daquele capiroto?

— Pra falar a verdade, foi bem simples. Primeiro pensei: ah pronto, tomei no rabo. Mas daí eu corri tão rápido, mas tão rápido que quase perdi as calças. Meu, fui assim, e fui, e fui, sabe? — Dino explicava, fazendo a todo momento, gestos com as mãos. — E quando olhei pra trás, vi que o chupa cu tava bem fraquinho, correndo devagarinho, só o pó mesmo.

— Ele se cansou mais rápido? — Perguntou 672.

— Isso! E daí meu irmão, eu virei aqui, virei ali, e me escondi em uma sala no fim do mundo. Mas olha que perigou eu me ferrar de novo.

— Mas porque você se desesperou Dino? Era só ter confiado no pai aqui. — Galaxy passou o braço sob o ombro do outro, tranquilizando-o.

— Não sei, foi tudo muito rápido! E na hora do negócio, não consegui pensar. Desculpa gente...

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⏰ Última atualização: Apr 08 ⏰

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