capitulo 10: base humana

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Depois daquele dia, seus corpos cansados, porém felizes, se deitaram nas camas e dormiram de forma tranquila, como nunca antes tinham feito. O ato de dormir, até então julgado como algo primitivo, tornou-se um hábito. A noite, que teve duração de apenas 6 horas em Assurance, trouxe uma paz nunca antes esperada. Dino, Alan, Galaxy e 672 notaram que talvez, a confiança que era necessária para construir uma equipe forte, já existia. 

Assim, quando se levantaram, sabendo que teriam que entrar em uma base humana abandonada, onde possivelmente formas de vida não identificada habitavam, sentiram que podiam sair dali com vida. Pelo menos era o que eles pensavam. Agora tinham uns aos outros.

Alan, como sempre, se encarregou de colocar Na-64 em um ponto próximo da entrada da base, e assim, antes mesmo que essa atingisse o solo, Dino resolveu abrir a porta e pular de 5 metros de altura. 

— DINO SEU DOIDO! — Gritou Galaxy preocupado. 

Lá de baixo, o mesmo abanou as mãos em um tchauzinho. 

— Nem doeu! Vem logo! Vocês são muito enrolados. 

— Deixa ele se divertir. 

— Mas Alan, ele sempre tá se quebrando e quase indo de descarte.

— Eu sei, eu sei… mas um pouco de diversão não faz mal. — E nisso, Alan pulou da nave também. 

— Vamos logo. 

 Os outros dois, provavelmente os dois que tinham um pouco mais de juízo, esperaram a nava colar no solo antes de colocarem o pé para fora. 672 e Galaxy depois correram até a porta, pensando que os outros dois colegas já tinham adentrado a base, mas para a surpresa deles, ambos esperavam. 

— As maricotinhas chegaram? — Dino cutucou-os. 

— Vamos logo porque não quero sair daqui antes que anoiteça. 

— Pois é, quando anoitece parece que vem mais monstros… 

A porta da base estava emperrada, e Alan se agachou pegando na borda inferior para erguê-la. 672 começou a ajudá-lo ao perceber o peso da mesma, e ambos começaram a grunhir e suor para fazer o obstáculo se mover. 

— De noite realmente vem mais criaturas, porque o nível de radiação diminuí. — Explicou Alan entre grunhidos. 

— E por falar em criaturas, alguém chegou a escanear aquele dinossauro? 

— Galaxy, como é que alguém ia escanear enquanto o Dino era devorado? 

— Ah, verdade… foi mal. 

A porta abriu o suficiente para que passassem agachados, e eles se dividiram em grupos de dois para entrar. Quando dois passaram, seguraram a passagem para os outros, e depois que todos estavam dentro, soltaram a pesada porta de ferro, que caiu no chão com um enorme estrondo. 

— Espero que essa coisa abra pra gente poder voltar. 

“Bom, isso é se a gente voltar…” Galaxy pensou, mas resolveu não dizer isto em voz alta, tentando não acabar com os ânimos do time.

— Como só eu tenho lanterna, todos vocês me seguem. — Alan tomou a frente andando pela base. 

Como as outras, o estado de decrepitude  era visível pelas estruturas metálicas empoeiradas e destruídas. Dobraram à esquerda, onde uma parede tinha cedido pela metade, fazendo-os passar lentamente um a um encostados no lado oposto. 

— Olha isso! — Dino apontou algo no chão, enquanto 672 ainda passava se esgueirando. 

Ali, logo à frente de seus pés, havia uma enorme pegada com três dedos. 

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