O céu era nublado, e o vento frio na cidade balançava as folhas das árvores do belo parque onde um lobo lia um livro de aventuras com um sorriso no rosto e os olhos brilhantes enquanto observava as páginas. Era seu livro favorito e já estava lendo pela décima primeira vez nesse mês.
O rapaz se chama Boris.
Fechou a capa do livro delicadamente antes de respirar fundo e olhar para o céu nublado, que não lhe permitia ver o azul que tanto gostava.
Mais um dia triste e monótono em sua vida, nada novo, nada de interessante. Apenas a mesma vida pacata, dura, e recheada pelo pavor no arquipélago de Inkwell.
Abraçou seu livro, era seu escape, e no fundo queria um pouco de aventura ou qualquer uma esperança em meio à aquele lugar amaldiçoado.
Então seu outro escape chegou, com seu sorriso radiante naquele dia cinzento e sem graça se sentou imediatamente ao seu lado.
— Bom dia, Boris!
— Bom dia, Mugman — respondeu feliz, mas não com tanta empolgação quanto seu companheiro.
O outro percebe seu desgosto daquele dia tão entediante como sempre. Não tinha nada para fazer naquela cidade além de trabalho, e mais trabalho.
— Não faz essa cara, lobinho. Que tal a gente fazer alguma coisa de interessante? — disse o caneca que se ajeitava sua compostura ao lado de seu companheiro.
— Não tem nada de interessante... Além de ler livros... — mostrou o livro que estava em sua mão para seu amigo, aquele mesmo livro que já leu várias, e varias vezes.
Mugman pôs a mão em seu ombro, sempre com um sorriso reconfortante. A única coisa alegre naquele dia cinzento, e a única que poderia tirá-lo do aborrecimento que era aquela vida apenas com sua companhia habitual.
— Que tal um sorvete? — o rapaz de porcelana sugeriu.
— Não acha que está um pouco frio?
— É só um pouquinho de vento, não está nevando.
— Então por que você está vestindo três quilos de agasalho?
— Meu avô ainda acha que eu sou uma criança de cinco anos que se bater um vento fica resfriada.
O garoto lobo sorriu. Achava engraçado como o amigo sempre se deixava ser tratado como criança pelo avô mesmo que não gostasse muito.
— Vamos logo tomar esse sorvete, eu tô derretendo aqui Boris.
— Tudo bem.
Bastou concordar e seu braço foi agarrado pelo outro, que animadamente o puxou da praça até a sorveteria.
Após conseguir seu almejado sorvete, os dois passaram a vagar sem rumo por aí, conversando sobre qualquer coisa.
[• • •]A tarde sem graça se abriu um pouco ao anoitecer, abrindo um pouco de espaço para ver os tons rosados e alaranjados do céu.
Os dois rapazes andaram até chegarem em um lago onde podiam ver pôr do sol atrás das árvores.
— Eu estou meio preocupado com meu irmão — comentou o garoto caneca, observando a paisagem.
— Como assim? O que o Cuphead tem?
— Ele anda meio pensativo, não está prestando muita atenção nas coisas e parece que está fumando menos do que o normal. Isso é bem raro, tô preocupado.
— Ficou preocupado por que ele está parando de fumar? Sério?
— Ele vai todo dia a tarde na varanda fumar um cigarro, é uma preocupação válida.
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ᖇᗩTÆᒪ O ᗪᗴՏᗴᖇTO ᗪᗴ IᑎKᗯᗴᒪᒪ _ 𝐂𝐮𝐩𝐡𝐞𝐚𝐝 𝐗 𝐁𝐞𝐧𝐝𝐲
FanfictionEm meio a monotonia de Inkwell e o anseio de fazer qualquer loucura que viesse a cabeça, Cuphead resolve ir atrás de uma lenda que cercava as redondas de Inkwell. Um artefato que seria capaz de quebrar a maldição de um deserto estranho que a tempos...