SEDUÇÃO EM VERONA

16 - Laura Miller

Laura Miller
Saio do quarto usando um vestido quadriculado e com a mente voando em diversos cenários, com Steffano descobrindo quem realmente sou e provavelmente me levando para aquele quartinho destinado aos traidores de sua casa.
Caminho até as escadas com o meu peito trepidando com o medo de muitas coisas, não deveria ter me envolvido de nenhuma forma dentro dessa casa, mas ver o olhar de Vittorio caindo em meu colo e pedindo que o protegesse me desmontou naquela manhã. Piorou tudo ainda mais quando o olhar quente de Steffano me fez desejá-lo.
Saber que ele não estava lá foi o que me fez responder a sua pergunta, dizer a ele com todas as letras o que havia acontecido na noite anterior e que ainda o sentia em minha carne. Mesmo vendo em seu olhar o desejo e o tesão, fiquei receosa como qualquer mulher normal ficaria.
Senti o medo da rejeição...
Assim que meus pés tocaram o último degrau, vi Vittorio correndo em minha direção.
— Laura, tio Enrico disse que vamos passear!!! — Ele saltitava eufórico à minha frente.
— Sim, seu pai nos convidou, vamos trocar de roupa? — Pergunto retirando sua mochila das costas.
Subo a escada novamente sorrindo para o pequeno traquina a minha frente, via como ele estava feliz, acredito que ele não faz um passeio com seu pai há bastante tempo. E o ver feliz de alguma forma me deixou feliz, acho que quando tiver meu filho é assim que quero vê-lo o tempo todo.
A única diferença será a escolha do pai, talvez nunca, escolhesse alguém com o que Steffano mexe, não suportaria ver meu filho enfrentar o treinamento para se tornar o que o pai é.
Farei o meu melhor enquanto estiver nessa casa para cuidar dele, mas assim que conseguir todas as informações que preciso, irei me afastar para não sofrer vendo Vittorio passar pelo mesmo tipo de treinamento que passei quando era um pouco mais velha que ele.
— Para onde iremos papai? — Ele perguntou e só então vi Steffano saindo do seu quarto.
Observo o olhar de Steffano, ele parecia irritado e pela forma que ele passou por Vittorio algo sério deve ter acontecido.
— Cuide dele, por favor, preciso resolver um problema! — Ele diz se aproximando e logo em seguida se afasta.
— Que tal irmos em um parque? — Tento animá-lo.
Mas seu rosto ganha um olhar triste e melancólico ao ver o pai se afastando, algo que vi sempre em seu rosto desde que cheguei aqui, suspiro e entro com ele em seu quarto, talvez conversar um pouco ajude que ele se sinta melhor.
Deixo a sua mochila na poltrona em forma de carro e me aproximo dele que se senta na cama e começa a choramingar.
— Odeio o meu pai, ele nunca tem tempo para mim, só tem tempo para a máfia e para todos os outros... — Ele diz chorando.
— Acho que ele nem me queria dentro dessa casa, acho que vou fugir daqui Laura... — Ele me olha com seus olhos cheios de lágrimas. — Se eu fugir, você viria comigo?
Meu peito se despedaça naquele momento e o puxo para o meu colo, como um filho que precisa de um carinho de mãe, passo os meus braços por sua cintura e cuido de seus sentimentos.
— Vittorio meu querido, estou aqui para você, para quando se sentir triste ou deixado de lado, uma coisa que não é... — Afago a sua cabecinha enquanto ele chora em meu vestido.
— Seu pai pode ser isso que você disse e quero pedir que nunca mais repita, principalmente fora de casa e prometo que nunca contarei a ninguém, quero que faça o mesmo! — Peço e seguro o seu rosto pelas bochechas.
— Eu pro... meto... — Ele choramingou.
— Agora me escute, fique aqui um instante que vou lá embaixo ver se Tommaso pode nos levar ao zoológico! — Digo e deixo que ele sente em sua cama. — Não saia do quarto!
Digo lhe olhado sério, na esperança que ele me obedeça. O vejo concordar e desço rápido para o andar de baixo, vou até a cozinha e vejo se Tommaso ainda estava por lá.
— Oi, Tommaso, sabe me dizer se o senhor Romano continua na mansão? — Cruzo os dedos.
Ele me olha desconfiado, mas dou o meu melhor sorriso e espero que o tenha convencido a me dizer, até que ele sorri e confirma com a cabeça.
— No escritório com o senhor Enrico! — Ele diz e viro de costas.
Se ele pensa que tratará o filho como uma pessoa que pode ficar esperando um horário em sua agenda apertada da máfia e da vinícola é porque ele não conhece Bianca Collins, a órfã que sempre desejou ter um pai para brincar sempre que chegasse da escola, ou uma mãe que a recebesse com um bolo de chocolate.
Marcho em direção o escritório esquecendo quem sou nessa casa, nesse momento sou apenas uma babá que defenderá a sua criança do idiota do pai que está deixando o próprio filho acreditar que não é amado.
Paro na frente da porta e bato três vezes antes de ouvir a permissão para entrar no lugar. Estava bufando de raiva, quando vejo que Steffano e seu irmão não estavam sozinhos, havia outro homem que me lembrava alguém.
Mudo o meu olhar para Steffano e estreito os olhos em sua direção e tento controlar a minha língua para não despejar todas as minhas acusações nele ali mesmo.
— Diga senhorita Miller, o que precisa? — Ele pergunta e vejo Enrico olhar em minha direção.
— Apenas dois minutos em uma conversa particular! — Digo com a voz elevada.
— Senhor Caccini, que tal uma taça de vinho enquanto meu irmão resolve o problema com Laura! — Ouço Enrico o convidar.
Mas estava com meus olhos fixos em Steffano, desejando fazer com que ele subisse aquela escada e pedir perdão ao filho que estava se sentindo uma criança não amada.
— Não precisam, sei do que se trata, volto em pouco minutos. — Steffano sorri para todos e olha para mim.
Seu olhar era tão falso como todas as falsificações que deve produzir para ganhar dinheiro, um bandido desse que não serve nem para ser pai, apenas para uma boa foda. Ele se ergue de trás da mesa e fecha um dos botões de seu terno preto, o deixando ainda mais desejoso, sexy e tremendamente atraente...
Foco Bianca... Laura...
Mantenho nosso contato visual por todo o tempo até que ele me retira do escritório e me puxa pelo corredor e entramos em um pequeno cômodo embaixo da escada, olho ao redor assim que ele liga a luz e vejo ser um quarto.
— Adorei o seu vest... — O acerto um tapa antes mesmo que ele terminasse.
— Você é um monstro, sabia que seu filho acredita que não ama, que não o deseja? — Digo com o indicador enfiado no meio de sua cara.
Steffano ainda estava em choque com a minha reação e dentro de mim sentia o meu coração sendo partido.
— Ele é apenas uma criança Steffano, mesmo que você esteja ensinando a ele o seu lugar, porque ele me contou o que vocês são, ele não merece se sentir um lixo. — Limpo uma lágrima que estava escorrendo por meu rosto.
Ver o olhar de Vittorio enquanto colocava os seus sentimentos para fora, me fez lembrar quando estava no orfanato com Angela e chorava sempre quando não eramos escolhidas para sermos adotadas por sermos irmãs.
De repente sinto o chão sumindo e sendo erguida no colo do homem e caímos sobre a cama, suas mãos prendem as minhas ao lado da minha cintura.
— Não nego que estou louco para corta a sua mão por ter me dado um tapa, já que meu filho disse quem sou, sabe o que posso fazer... — Ele diz e ergue meus pulsos acima da cabeça.
Olho para observar enquanto ele abre o zíper de sua calça e põe sua ereção para fora.
— Sua determinação apenas me atiçou a te foder, enquanto me livro do idiota que a deseja morta. — Ele diz puxando a minha calcinha para o lado.
— Steffanooo... — Fecho os olhos no instante que sinto a sua invasão.
— O que Laura? — Ele empurra com mais força.
Viro o rosto tentando controlar o desejo enlouquecedor de pedir que ele fosse mais bruto. Abro ainda mais as minhas pernas.
— Deixe-me tocá-lo. — Imploro.
— Não, ainda vou te punir por ter me estapeado... — Ele afunda dentro de mim mais rápido. — Não goze...
Ele me olha irritado e solta o meu pulso, sua mão grande vem para o meu pescoço e sinto o seu pau inchando dentro de mim.
— Se me tocar vou te comer a noite inteira sem deixar você gozar. — Fecho os olhos e seguro na colcha.
— Ahhh... — Gemo sentindo o meu orgasmo fluindo.
Abro os olhos e vejo Steffano me olhando irritado.
— Suba para o quarto de Vittorio assim que resolver o que preciso, prometo que sentaremos e conversaremos. — Ele diz.
— Ele te ama Steffano, e está acreditando que você não se importa com ele! — Digo e seguro em seu rosto.
— Eu o amo Laura, mas preciso criá-lo de forma que seja cruel. — Puxo o seu rosto para próximo do meu e o vejo relaxando.
— Farei o meu melhor, mas ele precisa saber que o pai o ama e o desejou! — Digo com carinho.
Steffano beija os meus lábios e encosta as nossas testas.
— Está linda nesse vestido, vou terminar aquela reunião e iremos passear...
Sorrio em saber que consegui convencer o homem e ainda ganhei uma foda.
— Veio de plano pensado não é? — Nego com cabeça.
— Meu desejo era apenas que visse o quanto magoou o seu filho, sobre o tapa me desculpe. — Recebo um novo beijo.
— Vamos, preciso dar fim naquele idiota que a tocou! — Ele diz e levanta da cama.
O vejo arrumando a roupa e mesmo fatigada me ergo e arrumo a minha calcinha, com o pensamento de um novo banho.
— Nem pense tomar um banho, quero que sinta o meu cheiro em você, sou a porra de um homem possessivo! — Steffano se aproxima e me beija.
Saímos do quartinho e subo para o quarto de Vittorio, alegre por ter entrando em um leve acordo com o pai dele. Assim que abro a porto, meu pequeno traquina estava com o olhar triste para a janela.
— Ainda com o uniforme, vamos nos arrumar, seu pai daqui a pouco sobe para nos levar para passear! — Digo e vejo a alegria surgindo em seu rosto novamente.

Meus amores, esse é o último capítulo aqui na plataforma, espero encontrar vocês nos próximos capítulos.
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Em um futuro talvez na Amazon.
Não deixem de continuar a leitura.

Com carinho Anne Vaz.