Laura Miller
Saio do escritório de Steffano com o cartão pesando quase dez quilos. A sensação de que ele esteja fazendo isso apenas para me sentir agradecida e vá para a cama com ele com mais facilidade.
Mas ele não me conhece e quando me conhecer provavelmente será quando tirarei sangue dele, por tirar de mim uma parte do meu coração, a melhor parte de mim.
Olho para a secretária que me lança um sorriso de pena, talvez por achar que não darei conta do pequeno menino que me abraçou e beijou em um momento que estava tão feliz que nem deve ter se tocado com o gesto que fez.
Vittorio é um menininho lindo, seus olhos claros serão um charme e tanto nele quando alcançar a idade para suas conquistas e sabendo como funciona a vida de seu pai ele provavelmente terá que casar com uma mulher sem ser por amor, apenas para unificar e aumentar.
— O motorista a aguarda no subsolo! — A secretária diz com o mesmo sorriso.
Retribuo o sorriso e caminho em direção ao elevador que havia acabado de se abrir, saindo um homem que me olha dos pés a cabeça de uma forma que me incomoda. Talvez seja um possível problema em algum momento.
Entro no elevador e assim que as portas se fecham olho para o meu reflexo e percebo o quanto estou chamativa com essa legging marcando mais que deveria, graças a Deus que a camisa é um pouco mais comprida e consegue esconder a minha buceta e parte da minha bunda. Provavelmente foi por isso que aquele homem me olhou daquela forma.
Assim que chego ao subsolo vejo o motorista que havia nos trazido em pé na frente do carro, ele fala no comunicado em seu pulso o que chegar ser engraçado, não se usa esses comunicadores a pelo menos uns cinco anos.
O motorista se aproxima da porta de trás do carro e a abre para mim, mas o surpreendo e dou a volta no carro e entro no banco do passageiro e sento ao lado do motorista. Sorrio ao notar que ele não esperava que fizesse isso.
— Desculpa, senhorita, mas o patrão prefere que você ande atrás... — Abano a mão na sua frente e o calo.
— Qual o seu nome? Me chamo Laura e aqui sou empregada assim como você, agora entre de uma vez homem, preciso ir fazer algumas compras.
Digo e o vejo relutante para entrar no carro, talvez tenha recebido alguma ordem que ainda não é de meu conhecimento.
— Faremos o seguinte... — Estico a mão na intenção que ele se apresente.
— Tommaso, senhorita! — Ele diz ainda preocupado.
— Quando nosso patrão ou Vittorio estiverem no carro, ou por perto sentarei atrás, mas quando for apenas nós dois, sentarei ao seu lado, o que me diz? — Peço com carinho.
Quero fazer amizade com todos eles, só conseguirei informações se eles confiarem em mim, para isso preciso me mostrar confiável e trazer segurança a eles.
— Tudo bem, mas se o senhor Romano quiser me matar direi que a ideia foi sua! — Começo a rir e concordo com a cabeça.
O vejo abrir o terno que estava usando e entra no carro com elegância, claro que consigo ver as duas pistolas que ele estava usando, uma escondida em suas costas e outra em sua cintura. Finjo que não havia visto nada e passo o cinto por meu corpo enquanto Tommaso nos leva em direção o shopping.
Um percurso feito em pouco minutos e praticamente em silêncio, não disse muita coisa para não levantar questionamentos desnecessários, confiança se adquire com calma e paciência e o que mais tenho nessa missão é paciência.
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SEDUÇÃO EM VERONA
Roman d'amourNo frio norte da Rússia, Bianca Collins, uma ex-espiã com uma vida de segredos, é forçada a abandonar sua identidade após uma missão perigosa. Decidida a escapar do passado, ela se reinventa como Laura Miller, uma mulher em busca de paz. Fixando res...