Eu sinto o frio que desce por minha coluna empurrar-me à frente, mas por tanto tempo me acomodei nas paredes de pedra bruta que me pareceram um encosto macio de um toque gentil.
Todos sabem que é hora de partir, todos os meus sentidos me avisam, e eu quero ouvi-los e correr para o mais longe, mas as pedras me abraçam e eu teimo em sentir suas carícias sob os ossos que me têm quebrado.
Sob meus pés há faíscas prestes a me alcançarem e, apesar de amar os duros apertos das rochas geladas, eu mal vejo a hora do fogo me alcançar e me explodir, me libertando do que eu sempre soube que seria o meu fim.
Bruna Leonne
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Narrativas de uma Poetisa
Historia CortaNão há uma memória que eu guarde sobre quem sou que não inclua a escrita como a minha maior paixão desde que eu me entendo por gente. No decorrer dos anos pude notar a minha evolução e a minha fome voraz por escrever sobre qualquer coisa que me fize...