•'~¡ Pablo Gavi's version

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📍Barcelona, Spain. 🇪🇸

Algum maldito carro tinha se colidido com o meu, me fazendo ficar desacordado por alguns segundos, mas graças a Deus eu acordem logo. Pedri estava comigo como carona, já que fazia um bom tempo que não andávamos juntos de carro. Ele acordou primeiro que eu, o que o fez tentar me acordar de qualquer maneira.

— Pablo? Pablo! Por favor cara, acorda! — Ele falava me balançando, o que me fez abrir os olhos e me dar conta da merda que tinha acontecido.

— Oi... — Disse ainda acordando.

— Porra, cê ta sangrando!

— Eu tô!? — Eu falei olhando pro meu corpo, que de fato estava sangrando na maioria das partes. Olhei pro meu amigo e percebi que ele estava na mesma situação que eu. — Você também tá! — O avisei e o mesmo também olhou para o seu próprio corpo.

— Quem foi o doente que fez isso!? — Pedri falou com uma certa raiva.

— Acho que consigo ver quem foi... — Falei tentando tirar o cinto.

— Tem certeza? — Ele falou preocupado.

— Tenho! — Consegui tirar o cinto e abri a porta com cuidado, saindo devagar do veículo. Assim que saí, embora com uma certa dificuldade de andar, eu fui até o outro carro batido, para ver quem foi e resolver a situação. Honestamente, esperei ver qualquer outra pessoa no volante, mas para o meu espanto, era ela, Emilly Rio. A menina ainda estava desacordada, juntamente ao homem ao lado dela, que eu nem fiz questão de tentar distinguir se era o seu namorado ou outra pessoa. O plano seria primeiro tentar acordar ela, e depois ajudar o rapaz.

— Moça? Oi, você consegue me ouvir? — Mesmo com dor, eu me abaixei um pouco para ver ela, passando uma das minhas mãos sobre o seu rosto para limpar um pouco do sangue, já que o vidro do carro da garota tinha quebrado e a cortando. — Eu sou o Pablo, oi? — Eu tentei fazer de tudo para acordá-la, de verdade, já estava me desesperando ver ela daquela maneira. — Por favor, acorda! — Eu falei, ainda preocupado.

Eu fiquei um bom tempo ali, até que finalmente, ela acordou.

— Oi! Você ta viva! — Abri um sorriso ao ver os seus olhos castanhos, dando um suspiro de alívio em saber que ela estava "bem". — Você ta bem? — Questionei.

— Quem é você? Que merda que aconteceu? — Ela falou com uma certa raiva, tentando me afastar dela, mas não conseguiu por causa da dor. Obviamente eu fiz o que ela queria, me afastei um pouco, mas continuei preocupado.

— Eu sou o Gavi, e você? — Mesmo ela estando nervosa, eu queria ajudá-la.

— Vaza daqui! — Ela revirou o olho. — Eu não ligo se eu quebrei o seu carrinho caro.

— Não vim falar do meu carro! Eu quero saber se você esta bem. — A garota olhou pro seu próprio colo, e viu que estava sangrando e olhou para mim espantada.

— Ta doendo? — Eu falei. — Seu rosto ta sangrando!

— Pra caralho! — Ela falou e logo o rapaz do lado acordou.

— Emy!? — Ele falou olhando pra garota, tentando ir abraçá-la, mas também não conseguiu. — Puta merda... Não sei se fico feliz em te ver, ou fico bravo porquê... Ah, não tem motivo pra ficar bravo! — Ele falou em espanhol. — QUEM BATEU FOI A EMILLY MESMO! — Parecia que ele falava alguma coisa para a menina, mas falou em outro idioma, talvez português?

— EU NÃO FIZ NADA! — A garota respondeu no mesmo idioma, rindo.

— Ta bom, ta bom! O casal está bem? — Eu tinha alguma esperança de Emilly estar solteira, mesmo com 0 probabilidades.

— Casal? — Ela riu. — Ele é meu irmão! Mas isso não muda o fato de que eu ainda estou puta contigo. — Ela cruzou os braços e virou o rosto.

— Da pra parar de me tratar assim? Eu tô tentando te ajudar porra! Você podia estar morta agora. — Mesmo sabendo que eu estava louco pra dar uns beijos nela a qualquer momento, mas se ela vai me tratar assim, acho justo eu à tratar da mesma forma.

— Ta bravinho agora? — Ela riu e eu me afastei totalmente do carro dela.

— Eu vou te levar pro hospital, anda.

— E se eu não quiser? — Ela me olhou.

— O problema será todo seu. Eu estou indo pra lá agora, se você e seu irmão quiserem permanecer vivos, aconselho a irem também. — Respirei fundo. — Não, acho que seu irmão ainda pode sobreviver sem problema algum, mas você, com toda essa sua ignorância, acho bem difícil. — Naquele ponto eu já tinha me irritado com ela, mesmo que eu não quisesse. — Pega meu número, se precisar de ajuda é só ligar. — Eu falei o meu número ali mesmo, sem me importar sobre a maneira em que eles iriam lembrar em uma emergência. Eu fui até o meu carro e olhei pro Pedri.

— Era a Emilly. — Falei entrando no carro, mesmo com o veículo completamente detonado, talvez ele ainda possa andar até o hospital.

— Não é aquela menina que você queria pegar? — Pedri falou e acentiu com a cabeça.

— Era, mas do jeito que ela falou comigo, nem vale mais a pena. — Falei e tentei ligar o automóvel.

— Será que ainda liga?

— Posso tentar. — Eu disse tentando ligar e por sorte, o carro ligou.

Enchanted | 𝐏𝐚𝐛𝐥𝐨 𝐆𝐚𝐯𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora