Enchanted | 𝐏𝐚𝐛𝐥𝐨 𝐆𝐚𝐯𝐢

•'~¡ Pablo Gavi's version

📍Barcelona, Spain. 🇪🇸

Os meus pensamentos foram tomados pela vontade insana de beijar Emilly, porém sabia que ela me odiava e não estou afim de tomar um murro.

Segurei a mão dela e sorri.

— Você está bem? — Aquilo parecia um tiro no escuro, sei que ela não gosta de mim, mas talvez um papo amigável poderia ser uma chance única de colocar uma aliança no dedo dela, e talvez o meu pau em sua buceta em algum dia que eu esperarei ansiosamente.

— Estou... — Ela sorriu de volta, mas não olhou nos meus olhos. Sei que se eu a beijasse, não seria apenas um beijo, porém o fato de ela estar deitada naquela cama de hospital me fazia repensar nessa ação.

Eu queria agarrá-la em qualquer oportunidade, e sei que não posso esconder isso de mim mesmo. Me perdi em meus pensamentos cabeludos, porém não pude deixar de notar o quão gostosa ela era. Mal reparei no sorriso largo estampado no meu rosto, como quem queria algo.

— E esse sorrisinho aí? — Ela me deu uma risada gostosa de ser ouvida.

— Nada! — Neguei com a cabeça.

— Ta pensando em mim! — A morena sorriu, o que me tirou um sorriso também. Na hora eu percebi que aquela mulher me deixava encantado, então eu escondi a cabeça em seu ombro, rindo.

— Em você não! Naquele lindo do Arrascaeta! — Levantei o rosto e olhei nos seus olhos castanhos, que naquele momento olhavam para mim e tirava qualquer marra minha.

— Você sabe que eu tô vendo você olhando pros meus peitos né?

Naquele momento eu gelei, eu congelei, eu travei, eu paralisei, eu não conseguia olhar pro lado, eu fiquei pasma, eu fiquei BRANCO.

Ela não mentiu, eu estava tão fora da casinha, que nem me dei conta que desviei o olhar de seus olhos e comecei a prestar atenção em cada detalhe de seus seios. Sei que naquela hora a única coisa que eu pensei em fazer era ter a cara de pau e rir levemente.

— Não mentiu... — Me afastei dela e respirei fundo, deixando o coração tomar conta. — Quero ser honesto com você. Sei que não sente o mesmo, mas desde aquele dia em que eu te dediquei um gol aleatório, eu não tenho a capacidade de parar de pensar em você! Parece que esse acidente serviu para nos unir, mas entendo a sua raiva de mim. — Falei tudo o que eu sentia como se vomitasse todas as palavras.

Ela sorriu como se ouvir aquilo fosse um alívio.

— Você que me odeia!

Isso foi como um tiro para mim, era claro que eu não chegava nem perto de conseguir odiá-la.

— Eu não te odeio! — Falei ofendido.

— Me prova! — Ela respondeu e naquele momento eu me aproximei dela, coloquei as duas mãos na sua cintura e à beijei, e para a minha surpresa, ela continuou!

Nossas línguas brigavam por espaço, e minhas mãos apertavam levemente suas curvas. Ela colocava as mãos em minha nuca e arranhava de um jeito que não me machucasse. Mesmo com a péssima posição que eu estava, eu não parei o beijo para me ajeitar.

Muito pelo o ao contrário! Fiz questão de esperar a falta de ar tomar conta de nossos corpos, e assim que se fez presente, paramos e nos olhamos ofegante, com um sorriso descomunal no rosto.

— Até que não foi tão ruim assim! — Emilly desviou o olhar, mas eu continuei a olhar para ela.

— É, mas você ainda continua sendo mimadinha! — Provoquei.

— Ah é? E o Yuri Alberto continua te colocando no bolso! — Emy cruzou os braços.

— Nem sei quem é esse cara, se fosse bom já tinha me colocado medo alguma vez. — Mostrei a língua.

— Medo é pouco, pode ter certeza que no dia em que você jogar contra o Corinthians, suas pernas vão ficar bambas, jogadorzinho!

— Parceira, aqui é Barcelona!

— E aqui é Corinthians, o maior do Brasil! Ou melhor, o país do futebol, né!? Talvez assim você entenda o nível do Corinthians, Barcelona fica no chão comparado com o Timão, isso só com a Fiel Torcida empurrando o time, viu? Aqui é um bando de louco, loucos por ti Corinthians.

— Mané cortinas, os jogadores desse seu time aí sonham em um dia poderem se igualar ao Barcelona, mas infelizmente é um sonho distante para eles.

— Você não tem noção da torcida que cê ta provocando!

— Acha que eu tenho medo de torcedor fanático? Torcedor fanático qualquer time tem!

Eu revirei os olhos e a olhei, colocando meu dedo perto da boca dela para ela ficar em silêncio.

— Xiu! Fica quietinha, fica? Aceita que o Barça é o maior do mundo, anã. — Dei risada, nossa diferença de altura não era muita, mas eu quis irritar ela.

Ela riu levemente e revirou os olhos, dando um aperto fraco na minha mão.

— Como eu te odeio. E ainda pensei que um beijo fosse me fazer mudar de ideia. — Ela falou negando com a cabeça e olhando para o nada, me fazendo sentir uma parte do meu coração sendo quebrado.

Tudo bem, irei levar isso como um desafio. 𝘌𝘭𝘢 𝘵𝘦𝘮, 𝘦 𝘷𝘢𝘪 𝘴𝘦𝘳 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢!

— E não mudou de ideia?

— Não. — Ela me respondeu com um tom SECO, ATÉ CHEGUEI A ENGASGAR DE TÃO SECO QUE FOI! Mas ela me olhou e logo fechou os olhos, se preparando para dormir.

Me levantei para apagar a luz do quarto, apertando o interruptor e voltando para a poltrona e inclinando a cabeça para trás em busca de uma posição confortável. Eu não demorei para adormecer.