Capitulo 38

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Hadrian on

Estou profundamente perturbado.

Sinto minhas dúvidas praticamente rugirem na minha cabeça. Veja bem, não me arrependo de trazer tom de volta. Faria isso novamente sem qualquer hesitação. Mas a culpa se recusa firmemente a me deixar em paz.

A causa de tudo isso? Sirius Black teve a ótima ideia de deixar alguns diários jogados por aí. Entrei em seu quarto, apenas por curiosidade, e encontrei três diários, desde seus dias de escola a até poucos dias antes de sua morte. Ele nunca escrevia muito, e sua letra não era a mais legível, mas deu para conhecer ao menos um pouco de meus pais.

Com um suspiro, abro a porta do quarto. Me encontro absoluta e totalmente confuso.

Meu pai não é como todos o viam. Ele era alguém mimado e muitas vezes mesquinho. Ele perturbou a vida do professor Snape e sem duvida causou mais e mais estragos em um menino já traumatizado. Me surpreende que o professor não guarde um enorme rancor contra mim. Claro, sei que não é algo lógico, mas algumas coisas doem muito para esquecer ou ignorar. Acredito que ele já amou minha mãe em algum momento. Outro motivo para odiar mais ainda meu pai.

Severus Snape sempre terá minha gratidão enquanto for fiel a mim. Entretanto, não permitirei nenhuma traição e não oferecerei nenhum tipo de piedade se algo assim acontecer.

Minha mãe era alguém inteligente e astuta. Me surpreendi que ela não estivesse na sonserina. Alguém como ela daria uma ótima princesa da sonserina. Somente algo tão inaplicável como o amor para ela ter se casado com meu pai. Mas o que posso dizer sobre isso?

Me jogo na cama e cubro os olhos com o braço.

Tom... Tom.

O que eu faço a seu respeito, tom? Não me recinto dele. Mas meu espírito não terá paz enquanto não ter a aprovação de meus pais. Dumbledore pode os ter manipulado, mas não posso usar isso como justificativa para sempre. Eles teriam se juntado a escuridão sem a interferência do velho diretor? Minha mãe? Talvez. Meu pai? Não, provavelmente não. Ele cresceu cercado de preconceitos. Ele não poderia aceitar algo assim.

Sirius Black. Ele está em azkaban. Black é inocente. Ele é inocente e passou onze anos em azkaban. Eu sei disso. Alem de ter lido no diário que Pettigrewera era o Fiel do segredo, Black... Aquele homem jamais trairia meus pais. Ele era muito apegado a eles para fazer algo assim. A essa hora já deve estar louco. Os dementadores já o devem ter destruído, mas seria bom tirá-lode azkaban. Ou talvez não. E se ele estiver em condições adequadas por algum golpe de sorte? Eu poderia tirá-lo de azkaban. Mas não, ainda não poderia. Não posso ter um Guardião adequado até os quinze anos para poder me emancipar. E Black provavelmente iria querer minha custódia. Merlin! Malditos diários!

Deixo escapar um gemido frustrado.

"Morte" Chamo.

"Oi, hadrian. Como vão as coisas com seu ilustre convidado?"

"Da minha parte? Complicadas. Sabe, morte? Não me arrependo de trazer tom de volta. Faria isso novamente sem quaisquer dúvidas. Entretanto, me sinto culpado. Meus pais morreram pelas mãos dele. E também há Sirius Black, que está em azkaban apodrecendo, mesmo sendo inocente, e eu não posso tirá-lo de lá pois irá atrapalhar os meus planos. Estou mal, morte. Mal como nunca antes. Os sentimentos adormecidos a tempos vem me perturbando como nunca."

Sinto morte suspirar. Isso é possível?

"Sinto muito, hadrian. Não posso resolver seus problemas. Já intervi muito na sua história. Mas posso lhe apontar uma direção. Há algum tempo, lhe perguntei se gostaria que eu te ensinasse necromancia. Você me pediu para esperar. Quer reconsiderar sua decisão?"

Sim... necromancia me permitirá falar com meus pais. Entretanto, gostaria de manter meu plano original. Não sei o que fazer. Digo isso para morte.

"Não me responda agora. Tem tempo. Comemore o yule, conheça melhor tom riddle. Use sua oclumencia para trancar esses sentimentos por enquanto. Relaxe um pouco. Irá fazer bem para você. E... Sírius Black é um assunto complicado. Esqueça por agora."

E ainda fala como se fosse fácil! Dou outro suspiro resignado e me despeço da morte.

Me arrasto para fora da cama e desço as escadas até o andar da biblioteca. Ao chegar lá, vejo tom sentado meditando. Assim que adentro no local ele abre os olhos e me encara.

"Você está bem, hadrian? Parece estressado."

"Não é..." Deixo a frase morrer. Talvez o pensamento frio de tom me ajude com a situação de Sirius.

"Tom, Sírius Black não entregou meus pais para você, não é?"

"Black? Não, ele era um apoiador ferrenho de Dumbledore. Li que ele foi condenado por trair seus pais. Hazz, dói Pettigrew. Deve ter sido Dumbledore que armou para que Black fosse jogado em azkaban. Talvez algo tenha acontecido e ele foi silenciado. Ou talvez ele quisesse sua guarde e a velha cabra queria te por num orfanato. Sim, há muitas explicações."

"Eu não sei o que fazer. Estava pensando em soltá-lo, mas..." Diante do olhar indagador, esclareço. "Eu já esperava que ele fosse inocente. Recentemente encontrei alguns diários de Sirius."

"Entendo..."

"O que acha que eu devo fazer? Se eu o soltar, meus planos estarão em risco."

"Isso vai depender do que você quer, hazz. Se quiser realmente soltá-lo, pode tentar conversar com ele e traze-lo para nosso lado. Mas deve estar ciente que se ele se recusar a cooperar, ele deverá morrer. Não me importaria de tentar, mas esteja certo do caráter do bruxo."

"Eu não tenho certeza. Ele é um Black. Sua essência é escura. Mas... depois de tanta influência de Dumbledore... não posso ter certeza."

"Não se preocupe com isso agora, hazz. De tempo ao tempo. Em breve as coisas se organizarão. Sei disso."

"É... espero que sim"




N/A: foto do nosso Tommy na mídia galerinha, só imagine ele de gravata verde. Semana de provas chegando e eu escrevendo em vez de estudar, mas né... essa sou eu.

Aquele Que Eles Não EsperavamOnde histórias criam vida. Descubra agora