Capítulo 42: Especial Draco Malfoy

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Hadrian estava radiante no baile. Não ui muito com a cara daquele amigo dele, mas acho que é apenas ciúmes da minha parte. Ele passou as férias de Natal praticamente inteiras com aquele cara, afinal.

Depois do baile, só fui ver hadrian dois dias antes de retornar a Hogwarts. Minha mãe o convenceu a passar algum tempo conosco. Nosso padrinho, severus, veio fazer uma visita e passamos o dia fazendo poções, conversando e voando.

Hadrian conversou com meu pai sobre política, e admito que ele esta mais bem informado do que eu. O que eu esperava, afinal? Hadrian é um gênio.

No dia seguinte, Daphine, Pansy, Adrian Pucey e Theo vieram nos visitar no período da manhã. Conversamos muito, cuidamos de alguns assuntos do conselho e jogamos alguns jogos. Foi bom, mas Hadrian parecia distante.

No período da tarde, arrumamos as nossas coisas e passamos um tempo com a mãe. Ela estava muito contente por hadrian ter vindo e o encheu de perguntas sobre tom. Ele, como sempre, só disse o que queria e escapou majestosamente das perguntas dela.
Tenho que pedir para ele me ensinar isso!

Na boca da noite, nos sentamos juntos na biblioteca. Hadrian pegou um livro sobre contos, aparentemente um livro infantil. Ele começou a ler um dos contos, sua voz reverberando na grande sala:

"Num reino onde a magia fluía como um rio de estrelas e sombras, havia uma torre perdida no tempo, sua pedra negra parecendo absorver toda a luz ao redor. Ali, Malachai, um mestre da necromancia, pairava como uma sombra sobre a terra.

Erol, um jovem dotado de uma sede insaciável por conhecimento arcano, lançou-se numa busca desesperada pelo poder proibido. Ele ansiava por desvendar os mistérios ocultos que apenas a necromancia poderia conceder.

Desafiando os conselhos dos sábios e os gritos da própria consciência, Erol adentrou a torre negra. Malachai, percebendo a chama selvagem da ambição nos olhos do jovem, acolheu-o como discípulo, pronto para moldá-lo segundo sua própria vontade.

Sob a tutela do mestre sombrio, Erol mergulhou nas profundezas da magia negra, explorando os limites entre a vida e a morte. Cada feitiço lançado, cada alma evocada, alimentava sua fome voraz por poder.

Entretanto, à medida que Erol avançava em seus estudos, as sombras que o rodeavam tornavam-se cada vez mais densas, obscurecendo sua própria alma. A magia exigia um preço alto demais, cobrando pedaços de sua essência a cada pacto feito com a morte.

Num momento de lucidez, Erol percebeu a verdade cruel por trás do véu de ilusões: Malachai não era um mestre, mas sim um carcereiro, aprisionando almas indefesas para alimentar seu próprio poder imortal.

Determinado a quebrar as correntes que o prendiam às trevas, Erol enfrentou seu mestre numa batalha de vontades e magias. As explosões de energia rasgaram o véu entre os mundos, enquanto os céus rugiam em protesto contra a profanação dos segredos ancestrais.

Com um último esforço de vontade, Erol selou a torre negra, aprisionando Malachai no abismo entre os mundos. A luz da aurora brilhou sobre o reino, dissipando as sombras que há tanto tempo o haviam envolvido.

Ao emergir dos escombros da batalha, Erol percebeu que o verdadeiro poder não residia na magia que ele tanto buscara, mas sim na escolha entre a luz e a escuridão, na capacidade de sacrificar o próprio desejo pela segurança e bem-estar dos outros. E assim, com um coração mais sábio e humilde, ele partiu em busca de uma nova jornada, determinado a usar seus dons para proteger e curar, em vez de subjugar e destruir"

Quando ele acabou, ficamos em silêncio por alguns minutos.

Ele quebrou o silêncio tenso com um suspiro.

"Você sabe o significado disso, Draco? "

"Um conto para aterrorizar criancinhas com os perigoso da magia negra?" Respondo incerto.

Ele sorriu, afiado.

"Esse conto não apenas é preconceituoso, Draco. Ele adverte sobre os perigoso reais da necromancia. Talvez aumente aqui e ali, mas a essência é verdadeira. O que eu quero chamar atenção, na verdade, é outra coisa. Erol, apesar de ser recebido por Malachai, o virou as costas assim que entendeu o que era a magia negra mais escura existente: a necromancia. A necromancia é, por falta de palavras melhores, tentadora. Ela te seduz e te atrai, momento após momento para a morte. Apenas algumas pessoas podem praticar essa magia com relativa segurança. Você sabia que malachai era um Peverell? Não, não pergunte como eu sei, eu não vou te dizer."

Fecho a boca que havia aberto justamente pata perguntar. Ele continua.

"Erol é um herói genérico. Ele percebe o erro de seus caminhos, mata o vilão e vira um cara bonzinho que só faz o bem. É isso que o mundo bruxo espera de mim, Draco. Eu só queria te mostrar como é ridículo."

Depois disso, não conversamos mais sobre necromancia. Mas eu sinto que há mais significado naquela história do que hadrian me contou.













Aquele Que Eles Não EsperavamOnde histórias criam vida. Descubra agora