CAPÍTULO 3

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SORAYA

Soraya: — Boa noite, Nicanor. Alice falou muito bem de você.

Ele é alto pra caramba! Alice e eu ficamos iguais formiguinhas perto dele.

Nicanor: — Boa noite, Soraya. Ainda bem que ela comentou sobre mim para a senhora-

Soraya: — Você, pode me chamar de você.

Nicanor: — Ah, desculpa, é por educação.

Soraya: — Entendo. Mas não se preocupe, eu não me importo caso me chame de senhora.

Alice: — Ela se importa sim.

Soraya: — Alice!

Alice: — Ela diz que se sente velha.

Ele arregalou os olhos levemente apertados com um sorriso no canto da boca.

Nicanor: — Ah — sorriu — Bom, Soraya, saiba que você não parece velha, ok?

Sorrimos e me sentei a mesa. Alice o abraçou e deu um beijinho em sua boca.

Alice: — Bom, acabei falando um pouco de você para o Nico assim como falei dele para você, mãe.

Ele parece ser muito respeitador. Isso é bom.

Nicanor: — Espero ter dado uma boa impressão de acordo com as palavras da Alice.

Soraya: — Ótima impressão.

Ele parece ser muito dedicado, estudioso e… bom, ele é bonito hein, minha filha acertou em cheio.

Nicanor: — Faz bastante tempo que eu queria marcar esse encontro, mas a Alice me enrolou um pouco — sorriu.

Soraya: — Eu conheço minha cria, Nicanor. Ela me enrola muito bem também.

Ele caiu na risada enquanto Alice sorria.

Alice: — Ah, depois podíamos marcar um com sua mãe e sua avó, Nico.

Nicanor: — Perfeito. Eu falo com elas e marcamos algo descontraído. O que você acha, Soraya?

Soraya: — Eu concordo. Até porque é sempre bom conhecer um pouco mais da família — sorri.

Até porque não adianta o menino ser incrível mas a família problemática.

Soraya: — Desculpa perguntar, mas seus pais são separados?

Nicanor: — Na verdade, meu pai faleceu pouco tempo depois do meu nascimento.

Soraya: — Nossa, sinto muito. Também perdi meu pai e sei o quanto deve ser complicado. Na verdade, minha mãe e meu pai.

Nicanor: — Sinto muito. Mas vamos falar de coisas alegres, gostaria de manter uma boa conversa.

Conversamos bem, bebemos um pouco, jantamos… Ele é muito fofo, dócil e bem carinhoso. Ele pediu a conta e pagou mesmo eu insistindo e pagar, mas tudo bem.

Nicanor: — Se incomodam de serem acompanhadas por mim? — sorriu.

Alice: — Não precisa, amor. Mas obrigada, tá?

Soraya: — Obrigada, Nicanor. Nós podemos te dar carona, se quiser.

Nicanor: — Não precisa, obrigado. Bom, até a próxima, Soraya — me abraçou — Tchau, meu bem — beijou Alice.

Que coisa, agora vou ficar refletindo do porquê não dou certo com ninguém.
Talvez por eu ser seletiva ou só querer um homem que me trate igual esse menino trata a Alice.

Alice: — Gostou dele, mamãe?

Soraya: — Respeitador e educado. Ótimo rapaz.

Alice: — Bom, eu queria saber se a senhora me permite ir a casa dele para conhecer a família dele.

Laços inesperados; o amor entre a guerra.Onde histórias criam vida. Descubra agora