12. i'm a creature of habits

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𝐃𝐎𝐙𝐄
D.H.




Quando Peter me ligou soando quase incontrolável, eu imaginei que algo muito ruim tinha acontecido no loft. A primeira visão que tive foi do mesmo andando por aí sem camisa com um machado grudado no peito, ao redor da ferida o sangue preto indicava que o machado havia sido banhado de um tipo de acônito, feito especificamente na intenção de matá-lo na primeira machadada.

Como o assassino tinha entrado ali, era um mistério. Por que Peter? Era uma pergunta com milhares de respostas, meu tio não era a pessoa favorita de muita gente, me surpreende que tenha levado tão pouco tempo para alguém tentar terminar o que não consegui anos atrás, ou, o que ele reverteu usando Lydia.

A primeira coisa que fiz foi arrancar o machado de seu peito, e encostá-lo sobre a mesa, depois de uma breve analisada no acônito, percebi que a menos que levasse ele para o Deaton, não teria o mesmo acônito em mãos para tirar o veneno de seu corpo. Pego um isqueiro e um maçarico, o jeito mais fácil seria queimar o veneno para fora de seu corpo.

— O machado foi banhado de acônito. — Informo ele, ficando de frente com o isqueiro na mão. — Não sei de qual espécie, então... — A verdade era, eu também não facilitaria para Peter. — Vou ter que queimar o ferimento. — A chama do isqueiro é tudo que Peter vê, antes de me encarar.

— Acho que aguento um pouco de fogo. — Dou um sorriso, acendendo o maçarico na outra mão. — Puta merda.

Não foi uma cena bonita, mas no final, resultou da maneira que esperávamos, com Peter caído no chão. O ferimento no tronco de Peter já se curava normalmente, entendo a mão para o mesmo, que aceita sem hesitar. Ajudo-o a se levantar, ele me olhou sério por um momento, quase sem paciência, mas Peter nunca foi muito de ter paciência, não recentemente pelo menos.

— Ele disse que estava atrás de você.

— Como um cara sem boca conseguiu falar? — Pergunto o encarando, Peter pega algo em cima da mesa, me entregando, era uma luva com um dispositivo de teclado embutido.

— Com isso. — Pego a luva, indo em direção a saída do loft. — Aonde você vai?

— Cobrar um favor.

O favor em questão ia para o xerife, que carinhosamente não me deixava mais chamá-lo de senhor ou de xerife. Noah Stilinski era quase tão teimoso quanto a filha, mas tinha um bom coração, e pediu ajuda para a pessoa certa. Definitivamente, era esquisito um assassino no hospital atrás de um wendigo e agora um assassino atrás de Peter.

Stiles costuma dizer — algo que aprendeu com o pai — que quando algo começa a acontecer de maneiras similares, mas seguindo um mesmo padrão, que uma vez é acidente, duas vezes é coincidência, e eu tentaria impedir um padrão. Ao chegar na delegacia sou muito bem recebido por Parrish, que me leva até o escritório do xerife, Noah me olhou intrigado me mandando entrar.

Explico rapidamente a situação para o mesmo. Como Peter foi atacado, sobre o assassino sem boca, o machado que usou banhado com acônito, como eram situações parecidas com a do hospital que vimos mais cedo. Stilinski observou atentamente a luva e o dispositivo do teclado, cada letra que você digitava um som saia identificando o que estava sendo escrito.

— Não entendo como esse cara não tem boca. — Dou um sorriso de lado ao perceber o quão parecida com o pai Stiles é, se ela estivesse aqui, essa com certeza seria a primeira dúvida. — Como ele se alimenta? — Ele me olhou sério, ignorando o quanto eu estava me divertindo com a situação, sem pensar muito respondo:

wolf moon: murder song ✃ sterekOnde histórias criam vida. Descubra agora