XV

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cause I feel so comfortable with you...

– Sim, eu me lembro de tudo que aconteceu ontem. Eu não estava bêbada  esse ponto!  – eu respondi, cruzando os braços sobre meus peitos, que denunciavam a forma com que aquele tom firme tinha me atingido.

– Então porque está agindo como se não tivesse acontecido? – ele prosseguiu muito sério, com o maxilar tenso e um olhar duro que tentava se manter fixo em meu rosto, para longe do meu corpo.

– Porque você não foi dormir na cama comigo ontem? – eu devolvi. Não sabia como responder àquela pergunta uma vez que havia levantado naquela manhã disposta a puxá-lo para mim, mas não vê-lo ao meu lado e tê-lo agindo como se nada tivesse acontecido, me fizera entrar no mesmo modo.

E naquele momento, com a sua pergunta, eu via que na verdade ele apenas havia agido daquela forma justamente em resposta a minha reação. Não sabíamos exatamente como lidar um com o outro depois do quase sexo no meio da balada, principalmente porque os dois queriam poder continuar com aquilo. Só que sóbrios e sozinhos daquela vez.

– Estávamos os dois muito bêbados e você já estava dormindo quando sai do banho. Não queria criar qualquer desconforto em você ao acordar ou até mesmo no meio da noite. – ele respondeu e eu balancei a cabeça positivamente, vendo que era um motivo completamente plausível. Eu entendia seu lado, mesmo que não concordasse.

O ar estava pesado entre nós, tenso, e eu me obriguei a virar para a janela aberta com o intuito de conseguir voltar a respirar.

– E ontem, quando o rapaz derramou bebida em nós... você começou a agir estranho, o que foi que aconteceu?

– Eu estava frustrado e irritado porque toda vez que começamos a ficar íntimos, alguma coisa sempre nos atrapalha. Desculpe, Annie, não foi minha intenção deixá-la desconfortável. Tanto que quando perguntou se estava tudo bem entre nós, eu fui honesto.

– Desculpe, eu não pensei por esse lado.

– Eu não quero mais que nossos beijos sejam escondidos e quando tivermos bebido demais, Anahí. Eu quero você, quero muito você. A não ser que eu realmente tenha entrado em sua friend zone.

Eu balancei negativamente a cabeça com um riso descrente. Não era possível que ele acreditasse que eu o via apenas como um amigo... ou que duvidasse do tanto que também o queria.

– Anahí! – Alfonso instigou com aquela voz rouca e deliciosa, que me fez morder o lábio inferior de olhos fechados.

Não demorou meio instante para que meu corpo se movesse, sendo conscientemente comandado tão e puramente por aquela vontade que há dias me incomodava.

Alfonso olhava para o outro lado da sala, na direção oposta a mim, de pernas abertas no sofá e com uma carranca mal humorada na testa que eu só conseguia pensar que queria jogar para longe aquela feição insatisfeita de seu rosto. Em silêncio eu retirei a regata larga de pijama, ficando com nada mais que apenas a calcinha preta de renda em sua frente... o vento que vinha da janela aberta arrepiava minha pele em chamas e meus mamilos sensíveis, que não esperavam a hora de receber o tratamento que há dias eu vinha imaginando receber.

Eu segurei aquele queixo bem demarcado com delicadeza, virando seu rosto para mim e assim que seus olhos fitaram meu corpo seminu em sua frente, eu pude ver o momento em que Alfonso suspirou fundo, arregalando os olhos enquanto me analisava da cabeça aos pés, se demorando em meus seios e mergulhando no V de minha peça íntima.

O sobe e desce de seu peito passou a ficar mais acelerado e seus ombros se endireitaram conforme ele se dava conta do que eu estava fazendo.

– Estou desde ontem para dizer isso. Eu preciso de você na minha cama...

Let me love youWhere stories live. Discover now